LEGALIDADE – Hoje é sete de setembro – Dia da Pátria! Tambores rufam, cadenciando desfiles que (ainda) emocionam a quem se importa com este país, no qual a providência divina quis nascesse. Neste ano à comemoração dos 189 anos do brado do Ipiranga, somasse a comemoração dos 50 anos da emposse de João Goulart no cargo de Presidente da República – ato previsto na constituição mas só realizado depois de quase duas semanas de resistência cívica, no Movimento da Legalidade.
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Estou convencido de que o Brasil teve, nesse Movimento da Legalidade, um acontecimento que mexeu com as instituições nacionais e interesses de governos e estruturas privadas de muitos países, parelho com as lutas por libertação e conquistas que hoje travam povos e nações e que conhecemos com instantaneidade e fidelidade. Um homem, movido por convicções inarredáveis, armado com o poder de fogo da palavra, microfone na mão, defendeu a manutenção da ordem constitucional e foi vitorioso sem que um gatilho sequer fosse acionado. Este Movimento da Legalidade precisa ser conhecido. O levante cívico patrocinado por Leonel Brizola como Governador do Rio Grande do Sul, em 1961 deve ser contado e recontado. Os brasileiros, principalmente os que têm menos de 60 anos (os maiores de 60 foram contemporâneos e puderam aprender a lição) devem buscar no brio deste caudilho da constitucionalidade, a inspiração para desacomodar-se da mesmice e do conformismo.
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Na quinta-feira passada, tardinha, atravessava a Praça da Matriz de nossa capital, rumo à Catedral Metropolitana, quando, atraído por retreta de uma banda militar, dei com um ato comemorativo dos cinqüenta anos da Legalidade, na Assembleia Legislativa. Tomei lugar no Teatro Dante Barone, e, na carona do 5º Congresso Nacional do PDT, assisti a um documentário completo sobre este episódio de nossa história, que causou emoção. O dito congresso, por ser nacional, reuniu filiados àquele partido de muitos estados brasileiros, onde o Movimento da Legalidade é uma mera citação cronológica. Era perceptível a reverência ao acontecimento e o reconhecimento à coragem do Brizola de Carazinho, Engenheiro e Governador do Estado.
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O Movimento da Legalidade como fato histórico se inscreveu nos anais da nação. É, portanto, patrimônio do povo brasileiro. Reconheçamos, contudo, que seus personagens e o legado para as gerações sejam de legítima memória e posse do PDT, partido que se confunde com o próprio criador: Leonel Brizola – o arauto da legalidade. É dos pedetistas, portanto, que se deve esperar iniciativas de contar e mostrar como se deu esta façanha patriótica. O tempo é agora! O ano é este, por ser jubilar! Se tardar terá sido desperdiçada uma oportunidade singular de dar significado a um fato tão significante quanto desconhecido.
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Em homenagem ao aniversário (?) do Brasil, que amadureceu muito com a Legalidade, reproduzo cenas do Movimento da Legalidade, publicadas pelo Museu da Comunicação Hipólito José da Costa.
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CARPE DIEM!!!