domingo, 29 de janeiro de 2012

Coluna 102- publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 25JAN2012

Onde se deve fazer sentir a iniciativa da população, onde ela deve influir para que o fermento da prosperidade faça crescer a massa? Em todas as estruturas que compõe o intrincado xadrez da sociedade organizada

O crescimento de um município é pautado no aumento da população – mas não só; tem como fator bons governos – mas não só; tem a ver com sua localização e sua estrutura – mas não só. O desenvolvimento de uma terra soma a população, o governo e a boa estrutura à vocação de sua gente. É o protagonismo da população, o que faz e como faz, que dá consistência e dita a pulsação do avanço da comunidade.
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Onde se deve fazer sentir a iniciativa da população, onde ela deve influir para que o fermento da prosperidade faça crescer a massa? Em todas as estruturas que compõe o intrincado xadrez da sociedade organizada. Os governos poderão ser bons se a população eleger políticos comprometidos. Haverá políticos comprometidos se os partidos – a única porta de entrada para o concurso eleitoral – atraírem pessoas que saibam dar de si e contribuir para o bem coletivo e menos se preocupem em receber. Se a forma de ascensão ao poder não for a das urnas – como o é no judiciário, por exemplo – esta instância só será qualificada se a ela se habilitarem, na forma proposta, pessoas íntegras e com domínio de sua messe. As entidades (associações, sindicatos, clubes, órgãos de classe e de representação) contribuirão se forem proativos, sérios e dotados de iniciativa e pensamento inclusivo seus dirigentes e membros. Mas governos e entidades prescindirão da qualidade, do volume e da saúde da atividade econômica de todos os setores. Não há investimento público que se justifique onde o privado não demandar. Não tem muita razão de ser (e sequer se sustentam) as entidades se não houver suporte econômico na comunidade. E quem produz a riqueza econômica? É a iniciativa privada, criativa, sólida e sintonizada com as variantes do mercado e do momento.
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Saúde-se, em todos os momentos, a iniciativa das pessoas que, de forma individual ou associada, empreendem as atividades que fazem o desenvolvimento. Louve-se quem se propõe à carreira política com olhos e mente voltados ao bem-estar. Reconheça-se o desprendimento de quem de dispõe às entidades com a gratuidade do agir e com a responsabilidade do coletivo. São sempre pessoas... nada mais do que pessoas. Governos, entidades e empresas são abstrações, são entes que dependem exclusivamente de gente para existir e para cumprir seu papel.
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Agudo tem, já há 21 anos, seu Centro Administrativo, onde funciona praticamente toda a estrutura do governo municipal – Executivo e Legislativo. Agudo tem, agora, o Fórum da Comarca instalado em sede própria, com a funcionalidade e estrutura necessários. A obra de construção do edifício sede da Câmara Municipal avança na segunda das quatro etapas previstas. A Delegacia de Polícia e a Brigada Militar respondem em edificações próprias dessas corporações (a Brigada herdou o esqueleto do que foi o antigo Tiro de Guerra, com as limitações de espaço e logística também herdadas). O Ministério Público também que deitar alicerce de sua sede. A Defensoria Pública, soube-se, também postula área para erguer paredes.
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Tudo indica que quando o Brasil receber as seleções para a Copa do Mundo, Agudo seja visto com suas estruturas públicas principais que sedia em dependências próprias, aptas ao bom desempenho das funções institucionais de cada uma delas, podendo retribuir com uma ainda melhor prestação de serviços à sociedade.
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Depois de mais de vinte anos à frente do Museu Histórico Pastor Rudolf Brauer, o historiador William Werlang deixa esta estrutura cultural para voltar a lecionar história na Escola Professor Willy Roos. Busca novos horizontes para sua vida profissional. Decisão pessoal inatacável. Para seu lugar a SMEC deverá convidar a Professora Regina Siegrid Brauer, filha do patrono.
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Sem mais, torcendo para a chuva derrame sobre todo o Rio Grande, lhes desejo... Paz e Bem!

Coluna 101 - publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 18JAN2012

Esta situação climática (...) fará retirantes da colônia, com certeza. Haverá situações em que o desespero com o presente e a desesperança com o futuro afetarão a condição emocional das pessoas e acenderão o farol de alerta para a solidez dos laços de muitas famílias

O calendário começou a despetalar 2012. Já avançamos na terceira das cinquenta e duas semanas do ano. Pela sensação térmica e climática do início e pelo que está agendado para frente, por certo viveremos uma sucessão de fatos que manterão o ano acelerado, sem lugar e tempo para a monotonia.
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Enfileiro alguns fatos que darão a tônica da opinião pública, ocuparão as prosas à sombra e preencherão pautas da imprensa na recém iniciada fração de século.
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A inclemente seca torra a terra, seca a planta, evapora a água do açude, esgota a vertente, faz cessar o fio d’água da sanga que brotava do ventre da terra, madura precocemente o fumo, aniquila a grama, estorrica a roça e (quem há de dizer em contrário) começa a atingir o metabolismo humano. Esta situação climática, prenunciada pelo menos desde setembro do ano passado para durar todo o verão e invadir o outono, fará retirantes da colônia, com certeza. Haverá situações em que o desespero com o presente e a desesperança com o futuro afetarão a condição emocional das pessoas e acenderão o farol de alerta para a solidez dos laços de muitas famílias, sinalizando ser chegada a hora de procurar novo horizonte, onde realizar a vida sonhada e tida por merecida (como pais para si e para seus filhos e como filhos para si mesmos e para seu futuro). Esta migração se dará, com muita probabilidade, para a cidade. A cidade receberá o grupo que morará onde? Uma vez instalada no teto/chão possível e disponível a família viverá com qual renda? Quem puder trabalhará no quê?
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A seca tem efeito também na cidade. Ainda não há (como até agora não me lembro de já ter havido) racionamento de água. No entanto, os reservatórios são sangrados dia a dia e, se não houver reposição hídrica, poderão secar. Antes de isso acontecer será prudente contingenciar o que resta, instalando rodízio, e incentivar a economia de água – poupar enquanto tem para ter por mais tempo.
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A cidade – criação humana para autodefesa e melhor estrutura social – tem sua existência e crescimento regrados de modo a viabilizar o viver e assegurar o bem-estar. Em seu primeiro meio século a cidade de Agudo absorveu sua expansão no traçado urbano concebido lá no crepúsculo. Foi um tempo de rédeas bastante frouxas. Nas barbas do governo foram surgindo núcleos, quadras inteiras – regulares ou nem tanto. Instalada a realidade, correu-se atrás de adequar esta ao que a lei ditava. Algumas vezes mudando a realidade, outras, aliás, na maioria das situações, mudando a lei.
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Mas as coisas mudaram e essa onda de migração que poderá grassar sobre Agudo encontrará a sociedade disciplinada pela Lei Complementar 10/2011 – o novo Plano Diretor, que atualizou o regramento de ocupação e a destinação dada aos dos espaços, tanto urbanos como rurais. Por enquanto ainda um compêndio desconhecido até pelo governo – que se familiariza à medida em que as demandas se apresentam – o Plano Diretor está em pleno vigor, para o bem, se assim entendermos que seja algo que proposto para harmonizar a vida entre as pessoas e destas para com seu ecossistema.
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A política e os temas periféricos nela atrelados ficam para a próxima semana.
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Sem mais, no meio do turbilhão da vida, lhes desejo... Paz e Bem!

Coluna 100 - publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 28DEZ2011

A primeira interface que é aprendida, já na família, ensinada pelas mães, é a oração. Por ela acionam-se mecanismos mentais que sensibilizam a compreensão, deixando entrever o Criador antes das criaturas

A partícula de Deus – Você tem a impressão de já ter lido este título nos últimos dias? Acertou. Está em Zero Hora, edição de 24/25 de dezembro, página 13. Com este título o Engenheiro José Luiz Lopes Alves, muito iluminado, oferece ao debate um texto no qual apresenta a tese de que Deus esta no interior de cada um. O jornal convida a opinar. Valho-me do núcleo central do texto e, inclusive, da linha de raciocínio do autor para o tema central desta última coluna de 2011.
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A evolução humana, por criação ou por seleção natural, descortina exemplos de grande variabilidade. Nos limites inferior e superior desses processos encontramos pessoas conhecidas. Em um extremo coloquemos pessoas como Hitler, Gengis Khan, os Serial Killers (matadores em série) – o Maníaco do Parque e o atirador de Realengo, os carrascos dos regimes de exceção brasileiro e argentino, para não alastrar. Inclua-se neste extrato os corruptos e os corruptores que, sadicamente, se locupletam do dinheiro e do direito de todos. No limite superior coloquemos Madre Tereza, São Francisco, Pastor Brauer, Gandhi, os reais grandes personagens da pátria, as anônimas mães e pais que dão a vida pelos filhos e outros. Apesar de todos possuírem DNA quase igual são pessoas com personalidades muito diferentes. Todos nós, seres comuns, nos encontramos dentro desses limites, alguns mais próximos do limites superior ou inferior e alguns mais próximos do centro dessa escala.
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Sabe-se muito sobre o extremo inferior. Caracteriza o ser humano que ali se situa a ausência de remorso, o sadismo, a crueldade. Não sentem absolutamente nada com relação à vida humana. O outro é apenas um objeto de realização de seus desejos.
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Sobre os que estão no extremo superior sabe-se serem dotados de natureza doadora. Se ainda não são santos, estão a caminho da consagração na constelação das pessoas que inspiram Deus entre os homens. E, na sucessão de gestos praticados e mensagens proferidas (às vezes sem palavra, só pelo olhar ou pelo exemplo) sequer tem noção do bem que fazem. Apenas fazem. Naturalmente, sem esforço.
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Mas o que diferencia os indivíduos é, na verdade, mais do que simplesmente a falta de remorso e a doação inconsciente, respectivamente. A seleção se dá entre estes pela evolução do espírito. Os santos e tantos outros estão mais acima na cadeia da espiritualidade; eles já encontraram Deus. No meio da escala, em volta da média, os nem tão bons e os nem tão maus gastam a vida procurando Deus. E o fazem em rituais religiosos, por experiências místicas e/ou, procurando explicá-Lo e compreendê-Lo acelerando partículas, tentando identificar a “partícula de Deus”.
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Os santos já encontraram Deus. Os evangelhos são fartos em afirmar “Eu estou no meio de vos”. “Eu estarei convosco!” diz Jesus, o Deus vivo, que habitou a terra, nascido de mulher. Quem o procura e não o encontrou ainda, não evoluiu o suficiente.
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A primeira interface que é aprendida, já na família, ensinada pelas mães, é a oração. Por ela acionam-se mecanismos mentais que sensibilizam a compreensão, deixando entrever o Criador antes das criaturas. Com aguçada espiritualidade, desenvolvida na contemplação, na ação e na oração, se percebe que Ele é, antes, durante e depois de tudo!
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O tema é espiritualidade. Um difusor do Santo Espírito em Agudo vai apascentar outro rebanho. O Pastor Henrique Guilherme Scherer deixa a Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Agudo para assumir novo desafio. Agudo lhe rende tributos de convivência e de espírito comunitário e ecumênico. As grandes afinidades permanecem, ainda que distantes. Que Deus lhe inspire. Viva bem com a estimada Lizete, com a jovem Martina e com sua missão.   
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Sem mais, no meio do turbilhão da vida, lhes desejo... Paz e Bem e Feliz entrada de Ano Novo!

 

Coluna 99 - publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 21DEZ2011

Para ser fiel ao que penso hoje, já tendo vivido alguns tantos natais, teria que fazer uma contabilidade com as devidas correções de atualização e depreciações. Só assim talvez consiga fugir do rótulo comum de atribuir à data tudo de bom

NATAL – Se ocorrer de alguém perguntar o que é bonito no Natal teria que pensar. Para ser fiel ao que penso hoje, já tendo vivido alguns tantos natais, teria que fazer uma contabilidade com as devidas correções de atualização e depreciações. Só assim talvez consiga fugir do rótulo comum de atribuir à data tudo de bom, que nela as imperfeições são apagadas, que a partir dela o mundo é perfeito e ninguém mais sofre, e blábláblá... É natal! Feliz Natal! Basta dizer isto, mesmo que nada sinta, mesmo que não mova o minguinho sequer para fazer melhor e ser melhor. Feliz Natal passa a ser a fórmula mágica que tudo transforma. Não é assim. O natal por si só nada faz, é um dia como os outros, com dia para estar acordado e noite par dormir (tomara que no dia 25 já tenha chovido ou esteja chovendo – seria o presente esperado por tantos). Eu é que posso fazer no natal e do natal um tempo de passagem para uma situação mais iluminada, mais inspirada, mas santa. Eu é que posso tirar lições das emoções que vivencio, das mensagens e dos abraços que recebo – e que dou. Eu posso mudar no natal e por causa do natal. Eu devo me olhar no espelho e ver o que meus olhos denunciam – espero o Cristo renascido ou o Papai Noel.
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Na contabilidade dos natais depreciaria algumas atitudes fruto de momentos em que, sugestionado, sucumbi à mídia e ao que “todo mundo” estava fazendo. Depreciaria os votos de Feliz Natal que pronunciei no piloto automático, sem sentimento, sem ter amado com devia, sem ter perdoado como devia. Depreciaria os natais em que mais me preocupei com o que comer e com o que dar de presente, do que com o preparar o espírito para saudar e proclamar-me seguidor dos ensinamentos do Cristo aniversariante.
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Na contabilidade dos natais atualizaria e aplicaria ainda uma boa correção de valores nos encontros de família, quando ela era numerosa, quando todos estavam aí e juntos riamos e nos alegrávamos. Atualizaria, para valer ainda mais, o olhar de alegria da filhota quando, de volta da Missa do Galo na Matriz, encontrava um presente – novo ou não. Corrigiria os valores – pois sinto não serem mais os mesmos – dos esforços coletivos para preparar as belas celebrações e os inspirados e admirados presépios temáticos na Matriz. Colocaria o fermento que atualizasse o valor dos Weihnachtscracker (bolachas de natal), menos até pelo sabor, que nunca me atraiu muito, mas pelo ritual de mães, avós, fornos, formas, lenha, aventais, calor, massa, cheiro de baunilha e manteiga, tudo junto para cumprir a tradição do natal.
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Você pode estar a achar que não tenho alegrias no natal! Tenho-as, e são muitas. Entusiasma ver a motivação da Rosa em preparar a recepção, que ela já trata que seja tradição, depois da Missa da Matriz, quando a casa se enche de gente querida, animada, sem pressa – é bom estar junto. É bom sentir o entusiasmo do casal Fábio/Iolanda suando na instalação das luzes – cada ano algumas mais. Faz bem aos olhos e ao sentimento ver a cidade enfeitada, cada ano mais bela, cada ano diferente. Faz bem poder participar das confraternizações e nelas poder sentir alegria fraterna, amor incondicional.
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Façamos o Natal ser feliz sendo felizes e alegres neste Natal! Sintamos a alegria que Maria sentiu ao lhe ser anunciado que fora escolhida para ser o primeiro lar, o primeiro templo do Messias Salvador. O anjo disse “Alegra-te, rejubila, ó cheia de graça. O Senhor está contigo!” Ele não trouxe alegria de fora para dentro. Ele desejou que a Mão do Redentor sentisse alegria interna, pessoal. É isso! O Natal é alegria e felicidade do coração. Nada pode substituir este sentimento! Bem, havendo condições, a partilha de um presente alimenta sentimentos humanos de afeição, que também fazem bem.

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Sem mais palavras, no meio do turbilhão da vida, lhes desejo... Paz e Bem e Feliz Natal!

Coluna 98 - publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 14DEZ2011

Mesmo que as convenções que ditarão a participação dos partidos na eleição (...) sejam somente lá no segundo trimestre do ano que vem, as cartas já estão sendo dadas e dá para perceber que algumas mãos de baralho tem bons trunfos, ases e até coringas


O ano de 2012 já começou para as prefeituras e promete não ser monótono. Os partidos políticos já conjecturam candidaturas e alianças. Coligações são articuladas. Dirigentes partidários ou porta vozes dos partidos se encarregam de fazer experimentos: jogam nomes de possíveis candidatos (sem distinção de gênero, apenas para facilitar a narração uso o masculino) na mídia e se riem da repercussão, torcendo, muitas vezes, para que seja frito rapidamente, pois a frigideira precisa ficar quente para o próximo. É do jogo político. Não que este achincalhe seja regra, evidentemente. Há quem tem por este momento pré-eleitoral e pela própria eleição reverência e respeito, dignificando este momento em que o cidadão expressa seu sonho de ver a vida ser sempre melhor.
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Mesmo que as convenções que ditarão a participação dos partidos na eleição de 7 de outubro de 2012 sejam somente lá no segundo trimestre do ano que vem, as cartas já estão sendo dadas e dá para perceber que algumas mãos de baralho tem bons trunfos, ases e até coringas. Mas em todas elas há as cartas baixas, que serão descartadas já na primeira rodada.
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Um outro dado que permite dizer que o ano que vem já começou foi a divulgação recente, pela Secretaria da Fazenda do Estado, dos índices de retorno do ICMS para 2012. As Secretarias da Fazenda dos municípios correram para conferir se sua projeção orçamentária (outro assunto de 2012 que está na ordem do dia das prefeituras e câmaras agora) bate com a realidade da receita que será repassada pelo tesouro do estado. Os dados não animam a maioria dos municípios e também não causaram foguetório em Agudo, onde se verifica uma queda de 2,5% de 2011, quando o incide foi de 0,144642, para 2012, quando o incide será de 0,14098. Perdemos, sim, mas Agudo é o município da região que teve a menor queda no cálculo. Faxinal do Soturno perdeu 3,8% (de 0,047424 para 0,04561); Dona Francisca terá menos 5,5% (de 0,035826 para 0,03386); Paraíso do Sul diminuiu em 6,9% (veio 2011 com índice de 0,071374 e terá, em 2012 0,06644 do bolo rateado). Quem mais perdeu foi Restinga Sêca. A terra e Iberê Camargo tinha coeficiente de 0,156459 e diminuiu em 8,1% ficando em 0,14372.
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O que terá causado esta diferença para menor? Com certeza a safra menor e os baixos preços de comercialização dos produtos que fazem a base econômica dos municípios da região – o arroz e o fumo – nos últimos anos. Também contribui a pouca diversificação da atividade econômica e a ainda incipiente cultura tributária.
No ranking dos 496 municípios gaúchos – liderados por Porto Alegre e Caxias do Sul respectivamente, Agudo está na posição 129 e Faxinal do Soturno na 379; Dona Francisca ocupa o 449º lugar, Paraíso do Sul o degrau 254 e Restinga Sêca é o 127º.
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Criatividade para governar com menos dinheiro do que o desejado e necessário em um ano exigente como o são anos de eleições municipais e criatividade para alavancar o desenvolvimento dos Municípios – esta deverá ser a estratégia de ação no novo ano daqueles que detém a chave do cofre das burras municipais.
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Por estar com 2012 em manchete, um fato deverá causar impacto ainda nos primeiros meses do ano em Agudo. Ao que tudo indica e por declarações já ditas e já ouvidas deixará a cena de Agudo um empreendimento mais do que cinqüentenário. Deixará órfãos paladares e olfatos. Faz parte da vida das pessoas administrar situações de agregar mais atividades e de também deixar ao destino ditar o dia de amanhã. Ah, esclareço – não se trata de fazer bancarrota, apenas de fazer sair de cena.
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Calendários do novo ano são distribuídos à farta como brinde de agrado das empresas aos clientes. Porém a coleção de folhinhas não estará completa se na parede da cozinha ou da biblioteca não tiver o Calendário do ICBAA, lançado no Adveniat Abend, sexta passada. Esmerada produção de Arte Impressa Tipografia, o Calendário do ICBAA para 2012 é bonito e informativo e está disposição na secretaria da entidade (3265-3103) e com a diretoria. Para valorizar o gesto o ICBAA agradece a contribuição de R$ 3,00 pela unidade ou R$ 5,00 por um par.
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Sem mais palavras, no meio do turbilhão da vida, lhes desejo... Paz e Bem!

Coluna 97 - publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 7DEZ2011

Uma vez postado na web, um arquivo pode ser apenas visto; pode também ser copiado, armazenado e editado. Este poder multiplicador e a possibilidade de manipulação de dados é ferramenta perigosa na mão de quem nela emprega má fé.


A INTERNET tem influência avassaladora na vida das pessoas e instituições. Se usada para o bem faz terra arrasada da ignorância, pois com critério e acuidade é possível obter informações sobre praticamente tudo o que se quiser. Uma informação se multiplica pelo número de vezes que é acessada em qualquer lugar do mundo. Uma vez postado na web, um arquivo pode ser apenas visto; pode também ser copiado, armazenado e editado. Este poder multiplicador e a possibilidade de manipulação de dados é ferramenta perigosa na mão de quem nela emprega má fé. Portanto, se usada para o mal, a internet pode fazer um grande estrago. Exemplos disso a grande imprensa trás de sobra.
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O bem que faz a rede mundial de computadores é perceptível no dia a dia. O mundo é uma comunidade onde, com exceções poucas, os povos se comunicam em tempo real. Isto é positivo, sem dúvida. Esta ferramenta está entranhada na vida de tal forma que um minuto de web fora do ar no mundo causaria uma tremenda dor de cabeça.
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Preocupa o que de mal ou mau pode suceder do emprego inescrupuloso da internet. Este raciocínio ganha contorno de realidade em circunstâncias que podem parecer inofensivas e até totalmente desprovidas de intenções subjacentes. Permitir que uma imagem sua seja inserida na web, por exemplo, é uma gratuita forma de partilhar um estado de espírito ou uma situação particular e nisso não reside nenhum problema. Pode, entretanto, constranger no presente ou no futuro.
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Um flagrante resulta em uma imagem que retrata a espontaneidade do momento em que foi captada. Fora deste contexto pode ser risível ou prestar-se à chacota.
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No sábado, acompanhado de minha esposa Rosa, participei de um evento social no qual um paparrazzi dos pampas se ocupou de tirar fotos de cenas e pessoas com o objetivo de postá-las em um portal www.taletal.com.br. Por amizade fomos clicados. No domingo fui conferir (o narcisismo incomoda e a gente quer se ver na internet, não?) e lá estávamos. Tudo bem, estávamos bem compostos; não comprometemos – nada de mais. Mas, passando pelas demais fotos vi gente que foi flagrada em cena que pode não ser a mais desejada. E está na internet, onde pode ser vista e copiada por quem quiser. Imagino o estrago que poderá fazer se alguma destas fotos for utilizada em contexto diferente.
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Lembro da preocupação da diretora da Escola Prof. Willy Roos, Janete Boeck, em proteger a integridade dos adolescentes que estão sob cuidados de sua escola. Na consulta popular de 2010 ela defendeu nas duas instâncias de concepção dos investimentos do governo para a região – o Comude local e o Corede – a inscrição de recursos para a construção de muros nas escolas estaduais. Defendeu esta obra com o argumento de que pessoas de fora da escola, com manifesta intenção de se aproveitar da situação, usavam de chantagem para obter imagens de alunas e alunos, valendo-se de aparelhos celulares com câmera.
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Sabia a professora que mesmo dentro da escola circulam celulares e máquinas digitais; sabia e sabe a professora – e o sabem todos os dirigentes de escolas – que fotos são tiradas, que intimidades podem estar sendo devassadas. Isto é inevitável e também preocupa. No entanto, o que ocorre dentro da escola é possível de ser detectado e administrado com os mecanismos de abordagem e disciplina próprios do meio. Já uma ação que ocorre dentro da escola para fora, não está ao alcance da direção, se não houver barreira que impeça o iniba.
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A internet é, de fato, poderosa. Ela pode edificar, ou fazer desmoronar. É apenas uma questão de bom senso, caráter, valores e decência.
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Sem mais palavras, no meio do turbilhão da vida, lhes desejo... Paz e Bem!

Coluna 96 - publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 30NOVZ2011

Quero comentar sobre a descoberta deste animal que aqui estava antes mesmo do bodegueiro que vendeu víveres para os recém chegados à Colônia Santo Ângelo.


ELE JÁ ESTAVA AQUI – Quando criança ouvia a leitura do livro do Gênese e fazia interpretação literal da descrição da criação: o homem (Adão) fora moldado do barro pela mão de Deus e a mulher (Eva) surgira de tecidos de uma costela de Adão, extraída quando este dormia profundo sono. Mais tarde foi-me mostrado que o lido deve ser interpretado e contextualizado. Devia levar em conta, o tempo em que o fato foi concebido e narrado – quem o narrou, para quem, em que circunstância. Isto me ajudou muito!
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Deus é o autor da criação – sentença proferida com motivação na fé e cada vez mais fortemente fundada também em quem a proclama alçado na razão e na ciência!
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Não me ocupo, todavia, em debater sobre a origem do mundo e da máquina de debulhar milho. A intenção desta introdução é remeter para um tempo bem mais recente ao da grande explosão que fez existir o que existe. Quero comentar sobre a descoberta deste animal que aqui estava antes mesmo do bodegueiro que vendeu víveres para os recém chegados à Colônia Santo Ângelo. O dinossauro de penas encontrado em Agudo em 2004 e agora mostrado aos olhos de leigos e de cientistas – o Pampadromaeus barberenai.
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Já em março deste ano o paleontólogo e dentista Sérgio Cabreira, que participou da expedição exploratória, vibrava com a perspectiva de que a descoberta de Agudo em 2004 fosse acolhida na reunião anual de uma entidade credenciadora americana, a Society of Vertebrate Paleontology. Dizia que se tal acontecesse o feito científico estaria reconhecido. Na ocasião devia ter escrito isto. Não aproveitei a fonte, azar.
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A espera foi compensada. Recentemente houve esta recepção do feito, reconhecidos como legítimos e corretos os procedimentos de manuseio e datação. O Pampadromaeus barberenai existiu e em Agudo e há 228 milhões de anos atrás.
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Nesta edição do CA, aliás, nesta mesma página, encontra-se uma matéria bem completa. O CA e eu não queremos que passe sem registro este fato único e que, por hora, faz Agudo berço do fóssil do ser animado mais antigo do mundo. Combinado está que hajam duas imagens diferentes na página. Serão dois ângulos diferentes, para que os leitores tenham uma ideia mais clara de como foi este animal que viu este mesmo sol que nos torra na primavera com cara de verão nascer e se por muito antes de nós.


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Sem mais palavras, no meio do turbilhão da vida, lhes desejo... Paz e Bem!

Coluna 95 - publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 23NOV2011

O estado brasileiro (...) deve prover a que as estruturas públicas de que a pessoa faz uso atendam a este requisito – proteger sua integridade e incolumidade.

ATÉ QUANDO? – A interseção das rodovias ERS-348 e RST-287, em Rincão do Mosquito, Agudo, esta muito perigosa, tendo feito mais duas vítimas fatais na madrugada de segunda-feira, dia 21. O levantamento do número de acidentes ocorridos no local nos últimos dez anos, enquadra aquela interseção como ponto de trânsito perigoso na região central do RS. E o Governo do Estado que tem a jurisdição das duas rodovias que ali se encontram, não atenta para estes dados. A região está à mercê da própria sorte.
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A RST-287 é uma rodovia estratégica da malha rodoviária do Rio Grande do Sul, fazendo a ligação do pólo rodoviário de Santa Maria com a capital e o litoral. O governo gaúcho demonstrou ter ciência disso pela rapidez com que fez erguer a Ponte Hilberto Boeck, sobre o Rio Jacuí, em 2010.
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Uma rodovia é essencialmente um espaço de circulação de pessoas que nele se deslocam com diferentes objetivos e usando de diversos meios – caminhão, ônibus, automóvel, motocicleta, bicicleta ou a pé e, dependendo da região, com máquinas e, também, com veículos de tração animal. É grande a diversidade. Considerando que por tratado pétreo o estado brasileiro protege a vida da pessoa, deve prover a que as estruturas públicas de que esta faz uso atendam a este requisito – proteger sua integridade e incolumidade.
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A RST-287 é uma via de trânsito eficiente, porém não eficaz. Ela é eficiente pois nela se trafega com celeridade, atualmente está em bom estado de conservação, é dotada de muitas vias alimentadoras (rodovias ou estradas que nela derivam) entre outros fatores que contam à favor. O que ela não consegue é ser eficaz em toda sua extensão. Eficácia é a característica de fazer o que deve ser feito de forma excelente. Uma rodovia eficaz deve ter boas soluções de engenharia, com curvas e topografia bem dimensionadas, pista de rolamento e acostamento bem conservados, competente sinalização (para que quem nela trafegue seja avisado do que está à frente e para onde está indo), e deve oferecer, sobretudo, segurança para seu usuário.
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Uma rodovia será, portanto, eficaz, quando propiciar a que seu fim se cumpra integralmente e da melhor forma possível. Não basta que tenha um asfalto primoroso, por onde passam carros cada vez mais velozes e caminhões cada vez maiores; ela precisa assegurar que todos os fatores se conjuguem em ambiente que ofereça segurança ao usuário.
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As interseções das vias – a que chamamos de trevos, devem ser instalados de tal forma que não ofereçam tanto risco a quem nelas trafega. A engenharia de trânsito desenvolve complexas estruturas para o bom fluxo – vejam-se os sistemas de elevadas, viadutos e túneis nas regiões de grande densidade de trânsito. Isto é, para cada situação existe uma solução adequada. Assim sendo, não se compreende a razão de serem empregadas estruturas diferentes para situações iguais. Trocando em miúdos: por que o encontro da RST-287 com a ERS-438, em Rincão do Mosquito, tem desenho diferente do encontro da mesma rodovia com a ERS-149, em São Miguel; diferente, também do encontro com a BR-153, em Rincão dos Cabrais; diferente, ainda, do encontro com a ERS-511, no acesso à Silveira Martins onde, aliás, o fluxo é bem menor? Observe-se o número de acidentes (conte-se as vítimas fatais, os feridos, os mutilados e os prejuízos materiais arcados) em cada interseção e se terá a constatação de que a esquina de Rincão do Mosquito é uma roleta russa – uns passam; outros ficam. A razão maior é a forma como se dá esta integração viária.
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A angústia das pessoas envolvidas (já passei uma madrugada acompanhando envolvidos em estúpido ainda que leve acidente, e senti a aflição de todos – e a minha) e o pranto de quem chora as mortes, estão sendo um preço muito alto pago pela inércia do governo em resolver um problema que as autoridades conhecem do qual sabem muito bem a solução.  
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Sem mais palavras, no meio do turbilhão da vida ... Paz e Bem!

Coluna 94 - publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 16NOV2011

Louvado seja Deus, pela Igreja Matriz de São Bonifácio que é, também e, sobretudo, um templo de inspiração espiritual

O MELHOR QUE SE CONSEGUE SER – É natural e inerente ao homem sensato que, se uma atitude ou ação for assumida com responsabilidade, a ela se dedique com empenho, para que o resultado seja do agrado dele próprio – pois foi sua vontade de fazer que o moveu à empreitada – e  positivo para quem desta ação ou atitude fizer proveito. O agricultor tudo fará para que a colheita seja boa. O empregado tratará de prestar bom serviço. O dirigente conduzirá uma entidade com ânimo para que esta se desenvolva. O governante primará para bem governar. O marido e a esposa, que se casaram por livre expressão mútua, se entregarão a esta relação com propósito de serem felizes e produzir felicidade. Porém, o resultado das atitudes e ações será o melhor que seu agente conseguir obter e deve ser avaliado a partir desta premissa. Não será, provável nem necessariamente, o ápice da perfeição.
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Não gosto do ufanismo! Esta mania de dizer Ich bin der Beste! (Eu sou o melhor!) é perigoso e...  não verdadeiro.
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Se outro alguém tivesse sido convidado a escrever na página 2 do CA, faria outro texto, outras abordagens. Agradaria e desagradaria. Não faço a melhor coluna. Faço, sim, o melhor texto que eu consigo fazer. Pode alguém concluir haverem boas sacadas de ideias e redação; outro pode concluir que sequer vale a pena ler.
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Um governante, por mais dias de mandato que tenha fará, em cada um deles, o melhor governo que souber fazer. Isto é o melhor governo possível para aquela comunidade? Bem, para uns sim, para outros pode ser que não.
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Pode ocorrer que em torno das atitudes e ações de alguém haja certa unanimidade. Então se tende a afirmar que “foi – ou é – o melhor”, o que, repito, não é verdadeiro. Temos em Agudo o exemplo a atuação do Pastor Brauer. Ele foi a personalidade desta terra escolhida para ser a primeira eternizada em estátua instalada em memorial no jardim do Instituto Cultural Brasileiro Alemão. Não se lhe retire nenhuma das virtudes. Na contabilidade de sua vida e obra o saldo é muito positivo. No entanto, o Pastor Brauer foi o melhor pastor que pôde ser. Dadas as circunstâncias e os desafios que a missão que assumiu se lhe apresentaram, aliados à suas potencialidades, talento, inspiração e limitações, entendeu ele agir da forma como agiu, dizer o que disse; fazer o que fez. Outro pastor, àquele tempo e naquela situação diferente faria.
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Um acontecimento que, por sua relevância ou conotação, virá a ser inscrito como fato histórico, carregará consigo a matiz de quem o realizou. Na depuração que o tempo fará, restarão realçados os aspectos positivos. As mazelas se perdem na bruma dos dias. Tenha-se presente, todavia, que para aquele fato concorreram talentos, limitações, implicâncias, inspirações, consensos e dissensos, imposições e concessões. Seus personagens se mostraram integral e inteiramente; fizeram o melhor que cada um sabia ou conseguia fazer.
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A Igreja Matriz de São Bonifácio completa, neste sábado, 50 anos do lançamento de sua pedra fundamental. Foi erguida no centro da cidade para ser a Igreja mestra do povo católico desta jurisdição paroquial, que tinha, nos primeiros anos de Agudo, como Igreja Matriz, o que fora, antes, a Capela de Nossa Senhora das Graças, na Vila Agudo, quando a sede paroquial era no Canto Católico, d’onde a Igreja já havia sido demolida antes. Do projeto original consta, ainda, uma torre, com 20 a 25 metros de altura, que ganharia o céu no lado Leste, até hoje não erguida.
De traços arquitetônicos sem clara definição de estilo, a Matriz de São Bonifácio tem em suas paredes, seu altar, seus vitrais, sinos, bancos, imagens e objetos litúrgicos, a inspiração de todas as pessoas – religiosos e leigos – que se dedicaram a ser sal da terra e luz do mundo na fração sãobonifaciana da Igreja Apostólica Romana. O povo católico de Agudo e a cidade do Torrão Amigo têm a Igreja Mãe que puderam e conseguiram fazer! Ela é, para estes, a única! Não medem se é a melhor, a mais bela ou a mais confortável. Nela se encontram com Deus; nela o Espírito Santo ilumina suas vidas, nela Nossa Senhora, São Bonifácio, São Francisco, o Beato João Paulo II e todos os santos e santas de Deus apresentam maneiras de viver como Ele e mostrar o rosto de Cristo. Louvado seja Deus, pela Igreja Matriz de São Bonifácio que é, também e sobretudo, um templo de inspiração espiritual.
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Sem mais palavras, no meio do turbilhão da vida, lhes desejo, mais uma vez e sempre Paz e Bem!

Coluna 93 - publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 9NOV2011

O gorjeio ou o chilrear do passaredo é uma aquarela de sons a colorir os ares em sinfonia que atrevidas gargantas executam na hora de acordar, levantar e dar ode à vida que se renova em cada manhã.

PRIMAVERA AGRADÁVEL E INSPIRADORA esta de 2011. Ela nos atravessa a vida com temperaturas amenas, matizes coloridas na relva, nos jardins, nas paragens. Está, de fato, uma bela estação. Os pássaros nela se reencontram e enchem os ninhos de famintos bicos abertos. O gorjeio ou o chilrear do passaredo (sim, sei que melhor seria escrever simplesmente o canto do passaredo, mas eu quis complicar mesmo) é uma aquarela de sons a colorir os ares em sinfonia que atrevidas gargantas executam debochando de quem não sabe cantar – nem bem assoviar – na hora de acordar, levantar e dar ode à vida que se renova em cada manhã. Assim é a primavera deste ano, a estação que inspira poesia.
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A observação da singularidade da estação do equinócio de setembro no hemisfério Sul vai além do que a visão, a audição e o olfato nos oferecem à percepção, atingindo gente que, já tendo encontrado a sua outra metade da maçã se dispõem, ainda, ao solene matrimônio.
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Trago hoje à partilha peculiaridades de alguns casamentos que encontrarão o altar nesta primavera – e que, torço, durem para sempre. Por afetividade e relacionamento, como convidado ou observador, acabo por saber de detalhes que dizem da singularidade destas festas.
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Um convite houve que imitou a capa de um jornal, com a manchete devida, onde os noivos foram estampados em caricatura, o namoro foi relatado em reportagens e o convite como anúncio.
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Um convite circulou que, pela originalidade da cultura do povo onde foi confeccionado, chamou a atenção das autoridades, ficando retido por alguns dias na Receita Federal. Só depois de provar que aquilo não tinha lá dentro não era aquilo os de farda pensavam, tratando-se apenas de um inofensivo e aguardado convite de casamento, é que pode ser distribuído.
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Um casamento desta primavera será muito especial para convidados não acostumados a necessários esquemas de segurança: junto com o convite um cartão com código de barras – passaporte para acessar os ambientes em que será festejado.
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Uma festa primaveril exigiu a restauração de um ambiente familiar de bela memória para quem tem mais de quarenta. Na decoração serão aproveitados adornos confeccionados com material reciclado, por talentoso artesão da comunidade. Bom gosto não precisa ser caro.
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Não posso ir; posso repassar o convite? Diálogo que teria sido dado, em tentativa de terceirizar a afeição do convite. Tudo é possível. Difícil é identificar a madeira: será cara de angico, da canjerana ou de álamo.
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Para os nubentes desta primavera e para todos os que ousaram comprometer-se mutuamente e zelam por seu matrimônio, votos fortes de que o casal continue sendo promessa ao construir a felicidade; que sejam um para o outro, manhã de primavera, não de outono; que continuem sendo sorriso, não deixando que prevaleça uma amarga seriedade; que sejam ...sempre esperança; ...chuva fresca, não torrente de mau humor e egoísmo; ...fonte de água a saciar a sede, para que não haja vontade de buscar água alheia. Que na constância da vida a dois haja fogo que aqueça, não frio que congela; que um para o outro seja violão de alegria a cantar a vida, ainda que haja noites de dor; que continuem sendo horizontes um para o outro, para que novos horizontes não sejam desejados.
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Sem mais palavras, no meio do turbilhão da vida, lhes desejo, mais uma vez e sempre Paz e Bem!

Coluna 92 - publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 3NOV2011

Cento e cinquenta e quatro anos da Colônia Santo Ângelo [1ºNOV1857 - 1ºNOV2011] – A Coragem de muitos, hoje vivida por todos!

LUTERO não pretendia romper com o Vaticano. Sua intenção era alertar sobre os rumos que a Igreja tomara. Entendia que muitas práticas e questões doutrinárias da Igreja Romana diferiam muito do que compreendia ser sua missão – levar a mensagem de Jesus Cristo a todos os corações e, com isso, propagar o cristianismo. Como não foi ouvido, tomou a iniciativa de escrever, em alemão, as ideias que defendia sobre como devia ser interpretada a Sagrada Escritura; defendia que o povo cristão devia ter o direito de também conhecer os escritos bíblicos – até então de domínio restrito ao clero – e que a salvação do homem vinha pela Fé em JC, não havendo condicionantes ao amor e ao perdão divinos. A este conjunto denominou teses e eram 95 e ele as fez afixar na porta da capela do Castelo de Wittenberg, na Alemanha. Era o dia 31 de outubro de 1517.
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Não imaginava o monge agostiniano de 34 anos que sua proposta de reforma provocaria a maior cisão na Igreja de Roma. Condenado a desmentir seus escritos, Lutero manteve-se fiel. Esta atitude resoluta fez o Papa Leão X excomungá-lo. Declarado fora da lei passou a ser seguido pelos que o admiravam e perseguido por quem queria aniquilá-lo.
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Refugiado e protegido por um príncipe de grande benevolência, Lutero aprofundou-se ainda mais nos mistérios da Bíblia, traduzindo-a para o Alemão. O movimento que desencadeara cresceu na Alemanha e na Europa. Em 25 de junho de 1530, a Confissão de Augsburgo, tornou oficial a igreja que resultara da ruptura com a Igreja Católica. Nascia a Igreja Evangélica de Confissão Luterana – Igreja pois reclamava para si a também possibilidade de levar a salvação prometida por Deus; Evangélica pois se fundava na estrita observância ao Evangelho de JC; e de Confissão Luterana, por seguir os preceitos refletidos e inspirados por Martinho Lutero.
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O surgimento da Igreja Luterana mudou o cristianismo. Deu novo entendimento teológico aos primados vigentes e quebrou paradigmas educacionais, filosóficos e de ética ao seu tempo. O mundo ocidental conheceu uma nova realidade. A própria Igreja Católica reviu conceitos, depois de ser atingida em sua unidade.
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O dia 31 de outubro ficou consagrado como o Dia da Reforma Protestante, donde surgiu a Igreja Luterana.
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Segunda-feira foi 31 de outubro. Dia feriado em Agudo – o primeiro feriado municipal, aliás – e, a partir deste ano, também em Paraíso do Sul. A data se justifica absolutamente.
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A contribuição dos Luteranos imigrantes alemães na constituição de Agudo como Município foi vital; e a de seus descendentes é de mesma medida no presente.
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Preparando a comemoração do jubileu dos 500 anos da Igreja, o Pastor Presidente da IECLB, P. Dr. Nestor Paulo Friedrich (agudense nato e Agudense Brilhante por concessão honrosa) lançou, junto com o Pastor Egon Kopereck – Presidente da Igreja Evangélica Luterana no Brasil – IELB, o selo que identificará as comemorações jubilares, em 2017.
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Pela admiração e respeito a todos os Luteranos, apresento o selo, conforme apresentado no portal www.luteranos.org.br. Criado pelo P. Claudio Kupka, o selo está estruturado em duas cores contrastantes (azul escuro e cor de laranja), representando tanto a ruptura que a Reforma ensejou no pensar teológico, social e cultural quanto pólos entre os quais dialeticamente se articula o posicionamento luterano. A Rosa de Lutero aponta para o centro da Teologia luterana. A imagem de Lutero apresenta um rosto sereno e olhar fixo no horizonte”, explicou o autor, no ato de lançamento, recentemente realizado em Porto Alegre.
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Cento e cinquenta e quatro anos da Colônia Santo Ângelo [1ºNOV1857 - 1ºNOV2011] – A Coragem de muitos, hoje vivida por todos!
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Sem mais palavras, no meio do turbilhão da vida, lhes desejo, mais uma vez e sempre Paz e Bem!


 

Coluna 91 - publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 26OUT2011

UMA VISITA SAUDADA – a visita de Jorge Gerdau Johannpeter à Agudo, ocorrida em 2001


UMA VISITA SAUDADA – Na coluna da semana passada fiz memória da visita de Jorge Gerdau Johannpeter à Agudo, ocorrida em 2001. Continuo no tema.
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No final da tarde daquele 17 de outubro, na visita ao Museu Histórico do ICBAA a segunda manifestação do visitante – a primeira havia se dado no descerramento da placa alusiva, no Monumento ao Imigrante. O pronunciamento foi pautado na visão cultural sua e do Grupo Gerdau e no sentimento despertado pelo momento. Louvou o trabalho de pesquisa do Professor William Werlang para a família Gerdau, reconhecendo o pioneirismo deste na compilação de dados e levantamento de sítios históricos de sua família. Olhou em torno de si e viu pessoas de boa vontade, reunidas em um espaço rico de significado e conteúdo, mas de limitada estrutura física. Esta percepção lhe motivou a declarar que desejava ajudar Agudo e via no Instituto Cultural Brasileiro Alemão a entidade onde os propósitos da comunidade se sintonizavam com a visão dos Gerdau: uma estrutura que cuida da memória e da história do povo, aspecto que ele preconizava como primordial. Autorizou a diretoria casa de cultura agudense a elaborar um projeto de revitalização e ampliação do prédio.
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Disposta a empreender, a Presidente do Instituto Cultural Brasileiro Alemão na época, Dila Clara Poetter Pfeifer, reuniu os dirigentes, convidou aos engenheiros Aldo Ito Paul e Carlos Henrique Roggia para desenvolver o projeto técnico e convidou a mim para montar o processo com os argumentos cabíveis. Em sua pureza de pensar, dona Dila Clara tinha pudores de que um projeto mais audacioso ofendesse o Dr. Jorge - como se passou a referir o descendente de Agudo – e relutou em cogitar mais do que uma reforma no prédio existente; algo orçado em dez ou onze mil reais. Foi necessário que o Diretor do Instituto Gerdau, José Soares Martins, interviesse para que a intenção manifesta de custear a remodelação total do prédio ganhasse viso. Resumindo a ópera, em 22 de julho de 2005 Agudo recebeu um novo Instituto Cultural Brasileiro Alemão, onde foram investidos exatos R$ 189.948,16, recursos originados do enquadramento do projeto no sistema LIC – Lei de Incentivo à Cultura, do Governo do Estado, e captados, até o último centavo, dentro do Grupo Gerdau. Isto significa dizer que o Grupo Gerdau se valeu de uma possibilidade legal de destinar parte dos impostos que deviam recolher ao erário estadual diretamente para a obra de ampliação do Instituto.
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O tema não se esgotou; volto a ele.
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O Instituto Cultural Brasileiro Alemão de Agudo fechou a agenda para o ano e já pensa na comemoração de seus 30 anos, em 2012.
- Dias 6 e 13 de novembro – domingos, acontecerá a segunda edição do Torneio de Devagar – evento lúdico que alcançou sucesso na edição de 2010 e merece ser repetida e ampliada. Já tgem premiação assegurada.
- No feriado de 15 de novembro, às 20h00, o Auditório João Gerdau será palco da exposição da vida e obra do Pastor Brauer, um projeto do historiador William Werlang, que encerra as comemorações do centenário de nascimento do reverendo e patrono do Museu Histórico que funciona no ICBAA, em co-gestão do Município com a entidade.
- Em 9 de dezembro o Natal de Luz de Agudo será organizado pelo ICBAA em ação conjunta com o Município.
- Para comemorar os 30 anos de fundação, em 5 de maio de 2012, cogita-se em trazer novamente o pianista Mateus Costa, para repetir o aplaudido recital do advento do ano passado.
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O Instituto Cultural Brasileiro Alemão agradece a quem contribuiu adquirindo cartelas de sua rifa lançada em abril. O sorteio foi realizado na sexta-feira passada. Foram premiados os seguintes colaboradores: 1º prêmio – Rosangela Marilene Rohde Wilhelm; 2º prêmio – Madalena Schieck; 3º prêmio – Jessy Berger; 4º prêmio – Janaina Strassburger e 5º prêmio – Wipasa. A rifa rendeu, descontada a premiação, R$ 2.695,00, investidos na complementação do custo de instalação do Memorial Pastor Brauer (R$ 1.347,00) e na aquisição de equipamentos necessários à manutenção da entidade.
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Sem mais palavras, no meio do turbilhão da vida, lhes desejo, mais uma vez e sempre Paz e Bem!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Coluna 90 - publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 19OUT2011

UMA VISITA SAUDADA – Segunda-feira fez 10 anos da visita de Jorge Gerdau Johannpeter à Agudo. Um descendente repisou os passos de João Gerdau na Colônia Santo Ângelo. O 17 de outubro deste ano foi de igual luminosidade e frescor primaveril ao de 2001. Naquele dia a expectativa da visita do antão ainda Diretor Presidente do Grupo Gerdau – a maior empresa do Sul do Brasil – absorveu a atenção de Agudo inteiro, fez preocupado quem devia cuidar de que tudo desse certo e coroou o êxito de quem a havia pensado.
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Os Gerdau Johannpeter souberam de suas raízes agudenses (na verdade cravadas na Colônia Santo Ângelo, então ainda Cachoeira do Sul) a partir das pesquisas do historiador William Werlang. A fidedignidade das informações compiladas pelo agudense Mestre em História desfez a equivocada impressão de que tivessem partido para a capital, passando por Cachoeira do Sul, saídos de Santo Ângelo, município do Planalto Médio gaúcho.
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Envolvido nas metas e resolvido em difundir o Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade – PGQP – em Agudo, o empresário Airton Leonardo Wilhelm, com atilada visão de futuro, aproximou-se de Jorge Gerdau – liderança absoluta do programa no RS (e depois também no país) – e torpedeou: o senhor tem que visitar a terra de seus antepassados! Atraído pela curiosidade de saber como seria o lugar d’onde vinham seus predecessores, o convite foi aceito. A visita teria um caráter particular, pois o Grupo Gerdau comemorava o Centenário de existência.
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A Câmara Municipal, consciente da relevância da visita, aprovou conceder ao visitante o título honorífico Cidadão Agudense. O Prefeito Reetz devia conduzir o neto da terra do aeroporto até o Monumento ao Imigrante, em Cerro Chato (a Esplanada do Monumento foi inaugurada apenas em 2007). O PGQP já obtivera a adesão de mentes brilhantes em Agudo e o patrono da Qualidade Total apadrinharia a instalação formal do Comitê Regional da Qualidade de Agudo – CRQA. Estes seriam os atores que oportunizariam a Jorge Gerdau momentos de encontro com o presente de uma terra onde a família vivera um passado que não conhecia.
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No roteiro foram visitados o túmulo de sua tia-avó, Sophie, no Cemitério Luterano, a Igreja Luterana, a residência Alfonso Luther (em Linha Teutônia), a ponte do Rio Jacuí (Várzea do Agudo), o lote onde a família residiu (onde hoje é a Metalúrgica de Romeu Binder). O café da tarde foi degustado na residência de Elisabetha Roos, (com Móveis Gerdau), e, mais tarde a comitiva estacionou  no Instituto Cultural Brasileiro Alemão de Agudo – ICBAA. Já noite, a Sessão Solene foi instalada no Clube Centenário, onde também se deu a assinatura da instalação do CRQA. Honrando a terra que o acolheu, hospedou-se no Bel Recanto e, na manhã seguinte, antes das 6 horas, recebeu convidados para o café da manhã de despedida.
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Na visita ao ICBAA, dentro do Museu Histórico, mostrou-se comovido por conhecer a gente e pisar esta terra que não sabia existir. Disse que desejava ajudar Agudo.
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Cumprindo a promessa, Jorge Gerdau Johannpeter cuidou de que houvesse ações concretas. E foram muitas – porém, me atrevo a afirmar, certamente menos do que desejava. O que já aconteceu relatarei em próximas colunas.
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Um momento singular para todos – a audiência no ICBAA, em foto de Marci Drescher.


 
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Sem mais palavras, no meio do turbilhão da vida, lhes desejo, mais uma vez e sempre Paz e Bem!

Coluna 89 - publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 12OUT2011

Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná são comparados e mostrados. (...) Das 500 maiores empresas, 201 estão no RS, 179 no PR e 120 em SC.

PRIMEIRO, SEGUNDO, TERCEIRO – Na semana passada Agudo foi surpreendido com a divulgação do Ranking Transparência, do Tribunal de Contas  do Estado (TCE) (www.tce.rs.gov.br/Ranking Transparência), onde estão enfileirados Prefeituras e Câmaras Municipais do RS segundo seu grau de transparência, assim medida pelo nível e quantidade de informações disponibilizadas em seus portais na Internet. Entre as Câmaras Municipais a de Agudo aparece em 7º lugar, junto com a de Nova Petrópolis. Os Legislativos que o TCE conclui terem melhor índice de transparência são de Porto Alegre, Arambaré e Carazinho. As Câmaras de Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Garibaldi e Uruguaiana estão entre a 1ª e a 7ª colocação.
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A Câmara de Agudo[Digite uma citação do documento ou o resumo de uma questão interessante. Você pode posicionar a caixa de texto em qualquer lugar do documento. Use a guia Ferramentas de Caixa de Texto para alterar a formatação da caixa de texto da citação.]
 é a sétima mais transparente do Estado. Esta informação é positiva. A realidade digital e virtual permite que se acompanhe a dinâmica das ações de pessoas, empresas, órgãos e governos, desde que haja disposição para pesquisar e para mostrar. Na Câmara Municipal de Agudo as sucessivas Mesas Diretoras e a estrutura administrativa e operacional permanentes entendem que o portal www.camaraagudo.rs.gov.br deve ser uma fonte de dados onde se pode acessar o que tramita  e o que é notícia na Câmara, a legislação municipal, estadual e federal, e onde se possa saber como são investidos os recursos de seu orçamento. Um exemplo de ser transparente é a informação sobre uma das despesas públicas mais polêmicas – as diárias, que a Câmara de Agudo mostra, com detalhes, desde 2008.
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Agudo pode orgulhar-se de seu legislativo, ao menos neste aspecto. Avaliações outras, normalmente instadas com subjetivismo, não servem para medir com isenção – são avaliadas pela opinião pública e pelas urnas.
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O Executivo de Agudo, embora avaliado, não consta no ranking, onde foram listados apenas os situados até a 20ª posição.
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Neste mês foi dado a conhecer, também, o ranking Grandes & Líderes, apontando as 500 maiores empresas do Sul do Brasil, na avaliação da Revista Amanhã. Grandes & Líderes é o maior levantamento regional de empresas do país e obedece a rigorosa auditoria das informações que embasam a classificação – o balanço das empresas, publicado na forma da lei ou fornecido.
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Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná são comparados e mostrados. Partilho algumas das informações.
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 Das 500 maiores empresas, 201 estão no RS, 179 no PR e 120 em SC. Das empresas gaúchas, 87 (43%) estão em Porto Alegre, 27 (13,4%) em Caxias do Sul, 7 em Bento Gonçalves e 6 em Novo Hamburgo. Os municípios de Canoas, Erechim e Passo Fundo tem 5 cada. As demais estão distribuídas pelo Estado. Na região central estão instaladas 6 das maiores:  Metalúrgica Mor S/A (223ª) e Hoelzel Participações e Empreendimentos S/A (369ª) estão em Santa Cruz do Sul, Camnpal (320ª) em Nova Palma, Unifra (249ª) em Santa Maria, Cotrisel (257ª) em São Sepé e CTA – Continental Tobbacos Alliance S/A (97ª) em Venâncio Aires.
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Liderando o levantamento Grandes & Líderes está o grupo Grupo Gerdau, gaúcho com tênue rastro em Agudo. A única outra empresa gaúcha das 10 maiores é a Refap S/A – Refinaria Alberto Pasqualini, de Canoas, em 7º lugar; das outras 8 empresas são 5 paranaenses e 3 catarinenses.
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A dupla Grenal também foi classificada. Os dados dos clubes enquanto empresa instalam o Sport Clube Internacional em 155º lugar e o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense em 452º.
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UM ANO SE PASSOU do resgate dos 33 mineiros chilenos, que ficaram 87 dias soterrados a mais se 700 metros de profundidade – os Aparecidos do Atacama, como os denominei na coluna da edição daquela data. Os sobreviventes ganharam fama, viagens e presentes. Hoje são, de novo, sobreviventes, mas da insônia e da falta de dinheiro, pois a estatal chilena recém começou a pagar as indenizações.
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Paz e Bem!