sábado, 15 de setembro de 2012

Coluna 132 - Publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 29AGO2012

Tem gente que adora furar a fila de assuntos que estão em curso e, em poucos instantes, assumir a palavra (...), fazendo dos outros meros ouvintes


COMO TEM CHATOS! JÁ SEREI UM DELES? – Ordinariamente o CA publica a coluna do Psicólogo agudense Lucas Lüdtke (também pode-se chamá-lo Jung, denominação com que homenageia Carl Gustag Jung, o patrono dos estudos da mente). Elaboradas a partir de alicerces da psicologia suas reflexões são dosadas para provocar efeito imediato – desconfio perceber nisso nuanças genéticas do pai, o Doutor Landri. Dotado de mente inteligente ele contribui para a elevação do parâmetro de formatação do pensamento da sociedade. Na velocidade como os fatos da vida se empilham, uma comunidade pequena tem que ter gente que propõe a elevação das RPM’s das pessoas e instituições. O tempo em que vive(u) sua juventude, a quantidade de informações que recolheu no meio acadêmico e o estímulo recebido do lar, lhe fizeram mais racional do que passional. Pensa e opina – concorda quem quiser. Todavia, para aplainar a aspereza que mostra ao contato – pessoal ou com o texto – seu coração carrega um tanto de sua mãe, a Tia Laurinha – e isto dispensa comentários.
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Não têm estas palavras a intenção de incensar este agudense, até porque ele não se deixaria empavonar. Quero sim aplaudir o que Lucas Lüdtke escreveu na semana passada. Quem leu a coluna Respeite o meu direito de não querer te ouvir ou ver decerto pensou: tem muita gente que devia saber disso. Eu tive a mesma reação. Aliás, eu me preocupei em identificar em mim mesmo atitudes que selam o rótulo de chato na minha testa. Como tem chatos que se arvoram arautos do certo e portadores da última boa nova. Tem gente que adora furar a fila de assuntos que estão em curso e, em poucos instantes, assumir a palavra e deitar verborragia, fazendo dos outros meros ouvintes do que eles acham ser realmente importante, do que viram (como se sua experiência fosse única e mais excitante) ou do que (pretensamente) sabem.
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Como ser gregário, estabeleço convívio em grupos diversos. Tem alguns nos quais não é preciso falar, basta ter a disposição de ouvir. É dose. Dias atrás, em aprazível conversa entre A, B e C, não tardou em D chegar e, “provando” conhecer mais do que nos todos sobre o que dominava nossa despretensiosa conversa devaneios de amigos, fazendo da prosa um monologo. Alguém havia convidado D para a roda? Alguém havia solicitado que opinasse? Todos estavam dispostos a só ouvir e concordar? A descrição não é retórica. Mas, em respeito aos envolvidos (sim, alguns o merecem), preservo a data, o lugar e as pessoas.
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Estas situações se multiplicam em tempos eleitorais. Deflagrada a campanha Agudo teria, agora, por baixo uns quarenta candidatos à Prefeito e uns duzentos para vereador; e todos muito melhores do que os que se dispuseram às urnas. É só atentar para o que ilustres figuras “sabem” fazer e “fariam” se eleitas. Mas, caros chatos, porque não se propuseram ao rito de filiação partidária, convenção, e então, em campanha por voto, dizer o que é certo e o que é errado?
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Tenho que lustrar a lente de observação de minha própria maneira de agir e me expressar; corro o risco ficar chato em casa, no trabalho, nos grupos sociais, com meus amigos e, também com quem me dá o crédito da leitura. Ou já serei um? Oh, dúvida cruel, que nenhum espelho revela a tempo de evitar o estrago.
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Lucas, permita a metáfora: você acertou no queixo. Parabéns!
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Li, ouvi ou vi...
Vi, que a todas as sextas-feiras o governo municipal se reúne em primeiro escalão. Sobre a mesa a chave do cofre, só acionada em casos essenciais. Não há novidade nisso. O pessoal da fazenda municipal já acionou o botão amarelo faz tempo. A receita municipal não tem o volume esperado. Destra vez Dona Dilma está levando a culpa. Por conta das tantas isenções e reduções de IPI, quem paga a conta são os municípios que veem sua principal receita, o Fundo de Participação dos Municípios minguar.
Ouvi a campanha pelo voto veiculada pelo TSE, onde é enaltecida a Lei da Ficha Limpa. Reconhecendo a oportunidade e o bem que produz a vigência dessa lei, entendo que a decência na política – que deve vir das pessoas, passar pelos partidos e desembocar nos processos eleitorais – não deveria prescindir de uma lei. Ela deve ser intrínseca do sistema de escolha democrática de um país que se quer em franco desenvolvimento.
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Paz e Bem!

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