domingo, 16 de setembro de 2012

Coluna 131 - publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 22AGO2012

A campanha começou definitivamente. Candidatos e candidatas cumprem roteiros gastando a sola do sapato e fazendo calo nas mãos


CARDÁPIO – A população está sendo apresentada ao banquete eleitoral. A campanha começou definitivamente. Candidatos e candidatas cumprem roteiros gastando a sola do sapato e fazendo calo nas mãos (a melhor forma de buscar o voto, na opinião do ex-vereador agudense Hasso Harras Bräunig). Ontem a campanha ganhou um novo adereço; aos baneres, adesivos e santinhos se juntou o horário eleitoral gratuito no rádio e TV. Os programas de rádio disseminarão as propostas e mostrarão potencialidades e limitações para todos os eleitores. O ajuste dos programas é, hoje, milimétrico, tanto no tempo quanto no conteúdo. O eleitor é exigente e informado. Conversa bonita, frases de efeito e montagens espetaculares são esteticamente interessantes, mas se no fundo não se perceber credibilidade e seriedade, entrarão por um ouvido e sairão pelo outro. Se os primeiros programas políticos não forem bons, os eleitores optarão por (clic) desligar o rádio. Os jovens ouvirão música no celular, os demais se ocuparão de algo que entenderem ser mais útil. Em alguns dias iniciarão, também, os comícios – uma festa para quem gosta da política-espetáculo.
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O espaço gratuito no rádio e na TV é a mass media eleitoral mais eficiente. Privilégio de eleições em municípios que têm rádio, Agudo, Restinga Sêca e Faxinal do Soturno já contam com esta forma de campanha pelo menos, nas últimas sete eleições municipais. Com a abertura de rádios comunitárias em praticamente todos os municípios da região, também os franciscanos, paraisenses, ibaramenses, novapalmenses e polesinenses terão, nesta eleição, como ouvir seus candidatos. As comunidades evoluem e este crescimento trás na garupa novos mecanismos de interação. Salve a democracia! Que se elejam os melhores.
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ALIMENTAÇÃO – Na coluna da semana passada escrevi sobre fome, excesso e desperdício alimentar e o fiz a partir das conclusões do Congresso Mundial de Nutrição, realizado no Rio de Janeiro, em abril deste ano. Amplio o horizonte da observação, citando o que se discutiu sobre os excessos e o mal que faz para a população. Nos Estados Unidos dois terços das calorias ingeridas vêm de alimentos ultraprocessados, isto é, produzidos a partir de extratos de alimentos, que recebem, no fabrico, aditivos que os tornam mais palatáveis, saborosos e os conservam. Carlos Augusto Monteiro, da Universidade de São Paulo foi taxativo: estamos consumindo menos arroz, feijão, carne e leite e mais alimentos ultraprocessados como pães industrializados, biscoitos, refrigerantes, doces, salsichas e refeições prontas, pobres em fibras e com reduzido valor nutricional.
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O Brasil é considerado um país em transição nutricional, onda ainda vale a pena intervir. A obesidade e o sobrepeso vêm crescendo regularmente um ponto percentual/ano, desde 2006. Se nada acontecer em 13 anos nossa qualidade alimentar será igual à dos americanos. O consumo exagerado de alimentos industrializados, gordurosos, com dosagem de açúcar, carboidratos ou sal acima do recomendado – e do necessário- para o organismo, e a ingestão de aditivos sintéticos, já são hoje e serão muito mais em seguida, fatores de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão e todas as patologias que a estas se associam.
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Menos guloseimas, menos gorduras, menos bebidas gaseificadas, menos álcool, menos fast foods, menos sal, menos açúcar. Se quisermos viver mais e melhor, devemos comer menos e melhor.
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Li, ouvi ou vi...
Vi, que a a reforma do Largo Aldo Berger começou. Tomara que não pare no meio do caminho. Além de engenheiros do Município e da empresa contratada com pranchetas e trena na mão, já se percebe movimentação de material. Ainda que o projeto não seja o ideal será melhor do que o que tínhamos.  O Largo Aldo Berger nasceu, com o espaço público, em 1991, sobre um gramado, quase capoeirão – antigamente até um açude havia. Passados mais de vinte anos, merece ser verschönert (embelezado). A propósito: a placa de denominação permanecerá relegada a um segundo plano ou ganhará canteiro próprio e será alinhada.

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Paz e Bem!

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