sábado, 15 de setembro de 2012

Coluna 129 - Publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 8AGO2012

DE FILHA PARA PAI


Inicialmente peço licença ao colunista deste espaço para escrever algumas palavras. Sei que é atrevimento meu ocupar um espaço sem pedir permissão, mas explicarei a intenção mais adiante. Uma questão que pode pesar é o fato de ser uma tremenda responsabilidade tentar compor algo nos mesmos moldes como vem sendo escrita esta coluna nas outras edições do CA.
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Aproveito o ensejo dos acontecimentos em nosso Município para provocar reflexão sobre a legislação penal brasileira que deveria servir para organizar e proteger os cidadãos.
Algumas pessoas da comunidade ficaram estarrecidas ao serem informadas de que, o principal suspeito pelo desaparecimento da menina Daniela Ferreira, tratava-se de um preso no regime semiaberto que usufruía do benefício de saída temporária. A indignação vinha de o preso estar livre, antítese esta que a nossa legislação permite e defende, claro que são necessários alguns requisitos para a concessão do benefício, mas sabe-se que ele existe e que seu deferimento é cuidadosamente analisado pelos agentes do Poder Judiciário.
No mesmo sentido, vale lembrar que aos membros da OAB, Defensoria Pública, Ministério Público e Juízes cabe cumprir e zelar pela Lei que lhes é apresentada por nós. Sim, por nós! Somos nós que elegemos os legisladores e o executivo. Digo isto, pois estes dois Poderes é que, basicamente, têm competência para inovar ou alterar as Leis mediante projetos elaborados, votados e, após, sancionados ou vetados. Portanto, nós temos “a faca e o queijo nas mãos”.
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Esta coluna foi escrita para ser publicada exatamente nesta semana, visto que se aproxima o dia dos pais. Por conseguinte, pensei em dar uma folga ao meu pai nesta semana, mas, propositadamente, não o comuniquei. Não vou “rasgar seda” para homenageá-lo, até porque ele não permitiria, vou apenas mostrar como este personagem (pai) é importante na vida de uma família. Tanto é que, segundo crêem algumas religiões, inclusive a de minha família, o criador de tudo e todos é denominado como Pai.
A figura do pai é imprescindível no seio familiar. Primeiro, pelo auxílio na concepção em razão de sua contribuição genética. Segundo, pela bela capacidade de ser homem forte, carinhoso e tolerante ao mesmo tempo. Terceiro, por ser o que, muitas vezes, é incumbido de dizer não ao(s) filho(s) e filha(s), resposta que inicialmente não é compreendida, e sim entendida anos após ter sido proferida, quando aparecem as recompensas por ela deixadas. Quarto... (não terei espaço para citar todas as importantes benesses dos pais)
Esta forma de assimilar a relação entre pai e filho(a) é percebida e aplicada, inclusive, nas decisões das ações judiciais onde se observa que, quando em uma família está ausente a figura do pai e o filho busca o ressarcimento financeiro por esta ausência, a jurisprudência pende pelo não arbitramento de valor para esta questão, com a alegação de que a falta de um pai para o filho não tem preço. Concordo com esta visão, até porque não pretendo discordar dos estudiosos Desembargadores que proferiram os acórdãos, mas penso que nesta oportunidade possa existir uma tentativa de harmonizar a convivência com carinho por parte do pai ao(à) filho(a) e receptividade por parte do filho(a) ao pai.
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Ouso em não cumprir com a palavra perante inúmeros leitores, mas não posso deixar passar in albis esta oportunidade de explanar o carinho que sinto pelo meu pai que, apesar do extenso trabalho desenvolvido em várias entidades, não deixa de cumprir com competência o seu papel de pai. Obrigada e parabéns PAI!!
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Li, ouvi ou vi ...
O que está em evidência na mídia nacional é o início da votação da “ação penal 470” (modo como querem que a mídia chame o “mensalão”), fato que deve ser atentado por todos, afinal foram desviados mais de R$ 140.000.000,00 dos cofres públicos. Quem quer que sejam os culpados, queiramos que eles sejam devidamente condenados.
A censura atribuída ao termo “mensalão”, segundo quem a solicitou, objetiva evitar juízo de valor pejorativo. Penso que isto não vá influenciar em nada a compreensão da população, até porque não somos ingênuos.
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Paz e bem!

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