quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Coluna 50 - Publicada no Jornal Correio Agudense - Edição de 12JAN2011

É excelente o chefe que sai vencedor sem nunca ter entrado no campo de batalha.

A ARTE DA GUERRA – Se Sun Tzu realmente existiu não se sabe ao certo. Pode ser lenda o texto que lhe é atribuído. A Arte da Guerra é das obras eleitas dentre as que deveríamos ler antes de morrer. O texto remonta à época dos Estados Guerreiros da China, dois mil e quinhentos anos atrás. Sun Tzu traçou princípios de estratégia bélica para um imaginário general. O Rei Wu fê-lo seu súdito; queria que a inteligência e astúcia demonstradas na receita de guerrear fossem colocadas à serviço de seu reino. Sun Tzu, pleno de si, asseverou: “Lembra-te que defendes não interesses pessoais, mas os de teu país. Tuas virtudes e teus vícios, tuas qualidade e teus defeitos influem igualmente no ânimo daqueles que representas. Teus menores erros têm sempre nefastas consequências. Geralmente, os grandes são irreparáveis e funestos. É difícil sustentar um reino que terás levado à beira da ruína. Depois de destruí-lo, é impossível reerguê-lo. Tampouco se ressuscitam os mortos.”
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A atualização da linguagem bélica da milenar composição e sua interpretação na geografia dos combates modernos, travados no campo de batalha dos negócios, da política, das relações de povos e pessoas e mais muitos motivos de confrontos, faz pensar. Quantos reis de hoje devem ser advertidos de que os interesses que defendem são os do país e não os seus; lembrados que suas virtudes e vícios, qualidades e defeitos influem na disposição de ajudar; que os erros trazem consequências que devem ser medidas.
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A Arte da Guerra: todos temos lutas das quais gostaríamos de sair vencedores. Sun Tzu diz: “O primeiro combate é interno. Se você não conhecer a si mesmo e ao seu adversário, obterá sempre derrotas. E acrescenta: Não é bom o comandante que obtém sem vitórias em cem combates. É excelente o chefe que sai vencedor sem nunca ter entrado no campo de batalha.” É de refletir. Bom exercício mental para esquecer do calor deste verão úmido.
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A Arte da Guerra – uma rica opção de presente.
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VIAJAR ARMADO – No Fantástico de domingo o Brasil pôde acompanhar um repórter embarcar em oito aeroportos nacionais portando um objeto metálico que imitava, na forma, um potente fuzil. Já na segunda-feira o Ministro Jobim e as autoridades aeroportuárias se explicavam e se reuniam para admitir que o sistema é falho.
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Isso me faz lembrar de um episódio ocorrido em 1998. Meu cunhado, alemão, ganhou de amigos, um belo conjunto de faca e chaira, em caprichada bainha. Deu o maior bolo no aeroporto. Nos despedimos no portão de embarque e nada de o avião decolar. Fomos saber, no outro dia, que Herr Dreiling tinha sido detido, pois portava arma em sua bolsa de mão. E como explicar, em alemão, que faca de gaúcho é … para cortar carne, e não para atentar à vida de ninguém. Argumentos de parte a parte, veio o entendimento. O presente agudense viajou na cabine do comandante de Porto Alegre até Frankfurt. No destino o regalo foi-lhe entregue, devidamente embalado e lacrado. Não soube que tivessem assado carne na longa travessia do Atlântico. Penso que não, pois o cheiro teria sido notado. Não é querido Beto Jordani?
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Faca não pode. E fuzil? Bem, fuzil... também não, ora!!
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ADVERTÊNCIA NA SACRISTIA – Consta que na sacristia da Igreja de San Miguel Arcanjo, de Buenos Aires, está estampada a seguinte advertência: “Olhe que Deus está olhando para você, olhe que ele está olhando, olhe que você vai morrer e não sabe quando...” Que tal esta frase em brilhante e bem grande outdoor, no centro da cidade? Olhe que Deus está olhando para você...
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Paz e Bem

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