domingo, 2 de janeiro de 2011

Coluna 48 - Publicada no Jornal Correio Agudense - Edição de 29DEZ2010

Olhemos a cena aberta de 2010, onde cada um foi ator de sua vida. O que fizemos?

FIM DE ANO – Dois mil e dez termina – ufa, até que enfim. Dois mil e onze começa – maravilha! Avaliações e balanços são feitos para que pessoas, entidades e governos meçam suas realizações, potenciais e limitações. Em todos os planos de observação a comparação dos propósitos com os feitos mostra um período fértil, mediano ou desperdiçado. Terá sido fértil quando houve avanços, se caminhou um quilometro a mais, se alcançou mais do que se buscou. A média significa que se cumpriu o carnê, nem mais, nem menos. Bateu-se o ponto dos dias, aplaudiu-se a caravana passar mas não houve decisão de embarcar. O desperdício do ano é a revelação de que a dádiva divina dos doze meses passou e se ficou parado na praça dando milho aos pombos, na versão do poeta. Deixou-se levar pela vida, manipulado por controle remoto.
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Na dimensão terrena uma só oportunidade é dada para encenar o teatro da vida. Não existe ensaio. Uma só vez o pano do palco se abre para que o mundo assista os muitos atos da peça, dividida em tantos anos, invernos e primaveras, quantos for dado a cada um viver. O desempenho de cada um terá sido ditado por fatores como idade, experiência, responsabilidade, atividade, ousadia e estímulo pessoal.
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Olhemos a cena aberta de 2010, onde cada um foi ator de sua vida. O que fizemos? Assumimos as responsabilidades que o ano nos apresentou? Damos conta do recado? Qual resposta podemos ouvir ante a pergunta – minha existência valeu a pena para mim, para minha família, minha comunidade e minha terra?
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Quem teve a função de liderança ou governo dedicou-se com esmero e seriedade no ato de gerir vidas e estruturas? Houve sensibilidade para ouvir, discernimento para decidir, humildade para recuar, confiança e fé para avançar?
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As ações, os pensamentos e a inspiração de cada um fizeram as coisas ficarem melhores em 2010?
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Em Agudo qualquer balanço de 2010 remeterá a perdas. Nos pratos da balança pesarão os efeitos do trágico janeiro com suas perdas humanas e econômicas. Não há como fugir desta verificação. No entanto, a inexorabilidade deste fato, que não pôde ser remediado, serviu para que na comunidade se desenvolvesse um medido e útil estoicismo, sentimento que teve importância na medida em que capacitou ao enfrentamento das adversidades e ajudou na reação serena e eficaz, sem sucumbir às afloradas emoções.
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O ano de 2010 leva consigo muitas realizações. A maior eleição do Brasil e a sensação de ver eleita uma mulher para a Presidência da República. O genial feito tecnológico e humanitário do governo chileno, ao manter vivos e resgatar os 33 mineiros confinados à 700 metros de profundidade, são apenas dois exemplos.
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De outra parte, também houveram mazelas. Os escândalos de corrupção e a impunidade que ainda grassa no meio, foram lamentáveis e é, de muitas, lamentável constatação.
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Para 2011 (em numerologia dá 4, um número par, com o significado que isto venha a ter) as mesmas receitas – fé, determinação, decisão e foco nas metas prometidas. Para ajudar, duas citações que ajudam no combate da procrastinação – cupim comportamental que corrói as melhores intensões.
Horace Mann escreveu: “Foram perdidas, ontem, em algum momento entre o nascer e o pôr-do-sol, duas horas douradas, cada qual com sessenta minutos de diamantes. Nenhuma recompensa foi oferecida, pois elas se foram para sempre”.
Santo Agostinho – Deus prometeu perdão pelo seu arrependimento, mas Ele não prometeu o amanhã pela sua protelação.
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Feliz 2011 e... que estejamos juntos na peleja!
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Paz e Bem

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