domingo, 2 de janeiro de 2011

Coluna 47 - Publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 22DEZ2010

As igrejas com linha evangélica fiel aos preceitos do amor, da justiça e da fraternidade cristãs, para as quais a fé não é mercadoria, devem ser apoiadas.






ENTÃO É NATAL ... e como estamos? É da essência que tomemos datas referência para avaliações, revisões e tomada de propósitos. Como estamos neste Natal? Nosso coração-manjedoura está pronto para receber Aquele que é lembrado quando menino, mas que vive no meio de nós podendo ser reconhecido no rosto do outro e, também, quando contemplamos a nós mesmos, nossas atitudes, nossos pensamentos, nossas convicções? Nós, cristãos, fazemos a data ter significado? Ela vale para ser ou para parecer; para compras ou para preces? O Natal nos faz viver a plenitude da luz – que deu origem à que se comemore no nascimento de Jesus em 25 de dezembro – ou sucumbimos ao consumo, saciando o corpo e a mente e deixando faminto o coração e o espírito? Se na avaliação que fazemos, temos mais a comemorar e menos a penitenciar, então... Bom Natal! Ele nascerá para todos e para cada um de nós!
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Referi na coluna passada, que publicaria mais uma cena natalina pintada com a boca. O artista é Jerzy Omelczuk. A candura da cena e a riqueza dos detalhes encantam os olhos e ensina que a providência divina está presente na superação das limitações que a natureza pode apresentar.


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UM EVENTO DO BEM – Participei, domingo à noite, de uma celebração memorável. A Investidura do Pastor Nestor Paulo Friedrich, como Pastor Presidente da IECLB, no templo edificado na sede nacional da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, no centro de Porto Alegre. Representando o Instituto Cultural Brasileiro Alemão de Agudo, integrei comitiva integrada por luteranos de Agudo e Paraíso do Sul, dentre os quais três pastores. Surpreso fiquei já à chegada. Pensava encontrar um templo sóbrio, todo branco, atmosfera austera, pesados bancos, órgão de tubos, pessoas concentradas e solenes. Nada disso. O templo é contemporâneo, construído no início da década de 1970, para sediar evento mundial (que acabou sendo realizado na França por causa da repressão militar da época no Brasil). Uma decoração apropriada, de modo a embelezar o ambiente, sem chamar para si a atenção que era devida às pessoas. E o órgão de tubos? Ah, sim, lá estava, imponente. Vi-o, não sei se o ouvi. A austeridade estava apenas nos muitos cabelos brancos, moldados pela vida. A música – piano, bateria, guitarra e sopros – tocada por jovens. Tudo muito envolvente.
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Sobre o agudense Nestor Paulo Friedrich, agora Pastor Presidente. Cruzávamos o pátio da D. Pedro. Penso que também no Ginásio Estadual; passadas quatro décadas, encontro-o na maturidade de sua vida vocacional, pessoal e familiar. Em sua pregação foi suave e conciliador. É doutor em Bíblia, donde tira os ensinamentos para sua cátedra, sua missão e para sua Igreja.
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Nos cumprimentos, foi-lhe apresentado o convite para participar das comemorações do centenário de nascimento do Pastor Brauer, em 2011. Confirmou presença, como diferente não poderia ser. Afinal, os primeiros versículos os ouviu do grande líder religioso que será comemorado.

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Por que introduzi esta abordagem referindo a um evento do bem? Pois sou convicto que as igrejas reconhecidas, que tem estrutura hierárquica, linha evangélica fiel aos preceitos do amor, da justiça e da fraternidade cristãos, para as quais a fé não é mercadoria, devem ser fortalecidas e apoiadas. Elas pregam, inspiram, produzem e conduzem ao bem.
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Paz e Bem

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