quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Coluna 49 - Publicada no Jornal Correio Agudense - Edição de 05JAN2011

Em qualquer ambiente em que agimos sem alegria, estamos fazendo mal as coisas.
A ARTE DE SOFRER INUTILMENTE – Para esta primeira semana da janeiro, quando a memória nos remete, inexoravelmente, à primeira semana de 2010, mas que, neste 2011 se apresenta mais favorável, sintetizo o texto A arte de sofrer inutilmente, do escritor, conferencista e professor argentino Enrique Mariscal. É de agradável leitura e ajuda a encarar com mais autenticidade e singeleza o turbilhão desta nova década que se inaugurou.
“Que o humor não nos abandone neste trânsito de milênios. Que a auto-ironia, a brincadeira espontânea com a gente mesmo, abunde nas nossas relações presentes e futuras, eliminando a solenidade com a qual escondemos as pequenas ou grande inseguranças pessoais, que sempre incomodam.
Que o poder da simplicidade e do amor nos libere da baixa energia do desalento, do negativismo e da suspeita, tão frequentes como vãs. (...)
A semente deve morrer para dar seu fruto: o bosque. (…)
Posso somar ou subtrair momentos à minha vida. Isso repousa numa simples atitude mental e emotiva. (…)
Não é a quantidade de alimento que o organismo ingere o que alimenta, mas os nutrientes selecionados, que o corpo absorve através do intestino e dos processos próprios do metabolismo.
Não é suficiente a definição clássica de “sou eu e minha circunstância”, mas “sou eu, minha circunstância e a qualidade da resposta que dou em cada situação...”. (…)
Em qualquer ambiente em que agimos sem alegria, estamos fazendo mal as coisas. (…)
É possível uma postura mental positiva, segura, que transforma as derrotas em vitórias, e as limitações em possibilidades criativas, tão indispensáveis quanto raras. (...)
Não queremos sofrer mais, procuramos na vida segurança total, permanência no conhecido, tememos envelhecer e... por medo de sofrer calamidades futuras, ilusórias, pagamos no presente, à vista, com sofrimento real, mas inútil, tragédias que estão instaladas em nossa imaginação.
Ver o dragão na tela não implica que ele exista na realidade.
Somente uma mente fortalecida pode obter respostas simples, harmoniosas e superadoras dos conflitos.
Para isso é fundamental: sentido espiritual de vida, valores de elevação, integridade e simplicidade.
Ainda neste milênio (…) pouquíssimos cultivarão a arte de sofrer inutilmente. Teremos à nossa disposição generosas opções de vida mais pródiga, digna, altruísta e essencialmente alegre.
Dispomos de um milênio para construir o mundo humano que merecemos. A qualidade poderosa dos nossos desejos e as respostas mais criativas e solidárias que nos permitamos assumir serão sempre fundamentais.
Não se dá de presente um Paraíso a alguém que não tenha ousado construir um, mesmo que seja apenas com seus sonhos.”
Valeu a pena ler? Quando tive acesso a esta reflexão, ela me pareceu diferente e melhor de muitas que circulam ante nossos olhos e ouvidos. Fez bem para mim. Tomara que faça bem a você que me lisonjeia com minutos semanais de atenção.
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UM ANO PASSOU: Hoje faz um ano do cume da sequência e intensidade de enchentes do verão passado. O fato emblemático ocorreu às 09h05min, quando caiu a ponte da RST-287. Olhando ao redor cada um de nós deve suspirar fundo e dizer – ufa, nunca mais!
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Paz e Bem

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