domingo, 1 de julho de 2012

Coluna 122 - publicada no jornal Correio Agudense - Edição de

Conjugar desenvolvimento com preservação do meio ambiente é a lição de casa que governos e povos terão que estudar.


RIO+20 – Começa hoje, 13 de junho, a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável. Denominada de Rio+20, por acontecer vinte anos após a Eco-92, também no Rio, quando o Brasil vivia a era Collor, a conferência terá como trunfo maior a discussão sobre a sustentabilidade. Conjugar desenvolvimento com preservação do meio ambiente – designado como crescimento verde –, é a lição de casa que governos e povos terão que estudar.
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Dentre as pautas, haverá ênfase para as experiências e descobertas de fontes renováveis de energia, que deverão complementar e um dia substituir a atual matriz energética do mundo, baseada nas fontes fósseis – petróleo e carvão – ambas finitas e muito poluentes.
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A novidade do evento será a presença da China, que estreia em debates e negociações deste padrão. O país do mandarim comparece à Rio+20 como sendo a segunda economia do mundo e com um capital ativo e passivo (tomando a linguagem contábil, designando como ativo o que tem de bom e passivo o que é de menos bom) exponencial. Como tudo na China tem medidas superlativas, dada à dimensão do país e à sua grande população, seus dados são relevantes no contexto mundial. A principal fonte de energia daquele país, sendo responsável por 72,4% do total produzido, é o carvão – minério que polui e degrada o ar e demanda enorme quantidade de água em seu processo de conversão energética. Outro efeito da queima do carvão é a emissão de – 80% de todo o CO2 emanado vem daí. Todavia, se este é um passivo que conscientemente o governo chinês admite, o país mostra, do outro lado do pano, a diversificação de fontes de energia. Plantas eólicas e solares e pequenas hidroelétricas já são responsáveis por 133,5 GW, valor que supera toda a capacidade energética instalada no Brasil, que gira em torno de 114,14 GW.
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Por que é importante fazer referência à Rio+20, se existem outros tantos temas elegíveis – as eleições, por exemplo? Vamos às razões: para marcar no currículo desta coluna o acontecimento que se haverá de ser inscrito na história; também por ser um evento nascido no Brasil e que ao país retorna com enorme expectativa de sucesso (mais de 170 nações e 108 chefes de estado são aguardados) enquanto a Rio+10, realizada em Johannesburgo (África do Sul), em 2002, foi retundo fracasso; também pelas credenciais do organismo que a chancela, a ONU; também por debater um tema que nos interessa a todos – o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. Por que mencionar a China? Por ser a China a segunda economia do mundo, com crescimento de 10% ao ano nas últimas três décadas, e (felizmente) ter se decidido em debater com as demais nações as questões lhe causam embaraços e acusações. Para o Brasil a China é importante, pois aquele país é o maior comprador de nossa soja – alavancando nossa balança comercial. Sim, em troca, temos que engolir muitos produtos Made in China, que aqui chegam com preços vis, afetando severamente muitos segmentos de nossa indústria. Mas isto é outra questão.
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Estejamos atentos à Rio+20. Afinal, junto com a novela das 18h00, das 19h00, das 21h00 e daqui a alguns dias também das 23h00, este acontecimento, de interesse mundial terá ampla cobertura da imprensa. Dizer que não importa será imitar o avestruz, que enfia a cabeça na areia para nada ver e ouvir. Pode-se até não atentar, mas um dia as gerações de amanhã poderão cobrar – o que você fez?
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Será que Barak Obama virá? Apostas??
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Li, ouvi ou vi...
Ouvi que pelo menos três dos atuais vereadores não concorrerão à reeleição. Dário Geis por estar saindo do cenário parlamentar, Rui Milbradt e Paulo Unfer por disputarem o pleito majoritário. Sim, a política é dinâmica: quem em um dia diz que não é candidato, no outro sorri para a foto da campanha.
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Paz e Bem!

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