domingo, 1 de julho de 2012

Coluna 123 - publicada no jornal Correio Agudense - edição de 20JUN2012

Por que Agudo viveu seus primeiros cinquenta anos confiando sua condução administrativa a tão poucas pessoas?

AGUDO+54 – Copio a fórmula de denominação dada à Conferência da ONU que se realiza nesta semana no Rio de Janeiro (Rio+20) para remeter a 2013, quando Agudo terá 54 anos de existência. Em 1º de janeiro será empossado o 14º Prefeito e instalada a 14ª Legislatura da Câmara Municipal.
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Agudo elegeu poucos Prefeitos. Somente sete pessoas cumpriram os quatorze mandatos. Aldo Berger, Hildor Max Losekann, Pedro Osório de Oliveira Schorn e Ari Carlinhos Jaeger, cada um com um mandato; Pedro Álvaro Müller e Lauro Reinoldo Reetz, com dois mandatos e Ari Alves da Anunciação com cinco mandatos. Nesta contagem deve-se considerar o fato de Ari Alves da Anunciação e Ari Carlinhos Jaeger terem repartido um mandato, com 15 meses para AAA e 33 para ACJ (quando AAA renunciou para a primeira candidatura à Deputado Estadual, em 1994).
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Existe grande probabilidade de que uma oitava pessoa venha a ser empossada no comando do Executivo. Aldo Berger e Pedro Schorn são falecidos; Ari Jaeger, Hildor Losekann e Pedro Müller fora da política  local (ainda que Pedro Müller, hoje filiado ao PSB agudense, milite e articule ativamente nos bastidores); Ari Anunciação já reeleito, entrega o cargo. Sobra a possibilidade de Lauro Reetz que, se candidato, se eleito e se empossado manteria a Galeria de Prefeitos, no gabinete, com ainda as mesmas sete feições.
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Por que Agudo viveu seus primeiros cinquenta anos confiando sua condução administrativa a tão poucas pessoas? Será pelo perfil conservador do povo, que prefere confiar em propostas conhecidas a arriscar o novo? Será pela pouca vocação dos partidos em apostar e projetar novos líderes? Será pelo fato de os políticos legitimados pelo povo concentrarem a política, submetendo partidos e eleitores? A antropologia política um dia dirá.
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Na conta do folclore da política se conta que botânicos teriam identificado uma possível causa: a causa desta concentração seria atribuída ao fato de na flora agudense proliferar o Ingazeiro. Como debaixo do Ingazeiro dificilmente uma planta vinga, por falta de lugar ao sol, acontece de ela ficar solita.
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Tenho ainda a coluna da semana que vem para palpitar sobre eleição antes das convenções partidárias. Abordarei a eleição para a Câmara Municipal.
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LARGO ALDO BERGER – O pátio ajardinado em frente ao Centro Administrativo – denominado Largo Aldo Berger, vai, finalmente, receber a melhoria de há muito aguardada e prometida. O Projeto saiu da prancheta do Arquiteto Rodeber Augusto Neuhauss e foi enquadrado pelos engenheiros Gilberto Domingos Buriol e Aldo Ito Paul. Embora não tenha sido visto por ninguém que não aqueles que, no governo, devem manuseá-lo, sabe-se que se executado conforme projetado, alterará o leiaute do espaço, relocando passeios e canteiros.
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É uma obra necessária. O pavimento, instalado em 1991, está degradado, deixando à mostra malfeitos remendos. As árvores cresceram e já se constituem em um bosque que sombreia o espaço. O fluxo de pessoas aumenta e todos merecem respeito.
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Sabe-se que um governo deve olhar seu orçamento e eleger a prioridade das prioridades, pois dinheiro para tudo não há.  Tomada a decisão, deve-se cumprir o rito burocrático dos processos licitatórios. Chegou a vez do Largo Aldo Berger. Os pregões para a aquisição do material e para a contratação da empresa que executará a obra serão nesta semana. Se tudo correr bem, após a Volksfest-2012 Agudo conviverá por algum tempo com obras em frente ao Paço Municipal.
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Uma ideia ganha corpo quando se aborda o tema na comunidade (também dentro do Centro Administrativo Municipal existem adeptos): retirem-se os carros do Largo Aldo Berger, privilegiando o  paisagismo e o ser humano enquanto pedestre. Não mais seriam necessárias correntes a embretar os passantes e manietar as árvores, e se ganharia em qualidade de circulação e conservação.
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Li, ouvi ou vi...
Ouvi de dirigentes partidários nunca ter havido, em Agudo, período pré-eleitoral tão complexo e com tantos fatos de bastidores como o deste ano. Reuniões que se contam nos dedos das duas mãos estão sendo teste para os titubeantes. Quem sobreviver sai fortalecido para a campanha, dizem. É, não há o que não haja, parafraseando Túlio Milmann, da grande imprensa gaúcha.
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Aguardando, como Título de Eleitor na mão, lhes desejo Paz e Bem!

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