terça-feira, 29 de junho de 2010

COLUNA PUBLICADA NO JORNAL CORREIO AGUDENSE - EDIÇÃO DE 30JUN2010

ELEIÇÕES – Hoje termina o prazo para os partidos realizarem as convenções que definirão as candidaturas no pleito de outubro. Saberemos, enfim, quem serão os candidatos e como se comporão os partidos nos pleitos para a Presidência da República e para os Governos dos Estados.
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Levando em conta que apenas uma reduzida parcela de eleitores decida o voto por princípio partidário – sequer alguns dirigentes partidários se balizam por este critério, é permitido concluir que o brasileiro está suscetível à pesquisas, aos Planos de Governo, às propostas de trabalho, à abordagem corpo a corpo. Influirão, também, a propaganda, o tempo de rádio e TV, a internet, entre outras ferramentas de convencimento. Também tem peso considerável a tendência do Prefeito, dos Vereadores bem como daqueles que foram candidatos nas últimas eleições municipais.
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Lanço hoje, ainda nem começada a campanha, um raciocínio sobre a possível inclinação dos políticos agudenses. Faço-o enquadrando-os no partido a que pertencem e como este partido se posiciona na eleição. Considero, também a posição em eleições passadas e manifestações públicas feitas em favor de uma, outra ou outra proposta.
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Antes porém, penso ser necessário considerar os dois cenários eleitorais – o nacional e o estadual. No pleito nacional levo em conta as candidaturas do PT (Dilma Rousseff e seu provável vice Michel Temer, do PMDB) e do PSDB (José Serra com o vice sendo decidido somente hoje, podendo ser chocado no próprio ninho tucano ou repetir a dobradinha com o DEM). No pleito estadual meço três candidaturas: Yeda Crucius com o vice Berfran Rosado (PSDB-PPS) e Ana Amélia Lemos (PP) para o Senado; Tarso Genro com o vice Beto Grill (PT-PSB) e Paulo Paim (PT) ao Senado; e Fogaça com o vice Pompeu de Mattos (PMDB-PDT) com Rigotto (PMDB) para o Senado. Nas três candidaturas deverão haver ainda concorrentes para a segunda cadeira ao Senado, mas sem peso para influir os resultados.
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A serem confirmadas estas candidaturas, é possível observar a seguinte tendência dos políticos agudenses para o primeiro turno. O Prefeito Ari Anunciação deverá apoiar Dilma, pois votou em Lula na última eleição e seu PMDB deverá ser vice. No estado terá difícil escolha: apoia Fogaça do PMDB ou retribui a Yeda o apoio que seu governo vem tendo. Para o Senado deverá votar Rigotto e Paim. O Presidente da Câmara, Paulo Unfer, do PDT, pende para Dilma, pois em campanhas anteriores votou Lula e o trabalhismo puxa esta linha de atuação de governo. Para o Governo do Estado será fiel ao partido – traço dos trabalhistas, e apoiará Fogaça que tem Pompeu, de seu partido, na chapa. Para o Senado penso que votará em Paim, pois se identifica com muitas das causas do senador que busca a reeleição e em Rigotto. Dos Vereadores do PMDB, Alan Müller, Itamar Puntel, Moisés Kilian e Stefhan Stopp e Valério Trebien é possível esperar que alguns acompanhem a tendência do prefeito; já outros, dada sua característica, deverão votar Serra. Para o Piratini acredito que, mesmo reconhecendo méritos em Yeda, manter-se-ão fiéis ao partido, votando, todos, em Fogaça. Para o Senado cravarão 15 de Rigotto e, agradando Yeda, poderão votar Ana Amélia no segundo voto. Os dois vereadores do PP, Rui Milbradt e Vilson Dias deverão votar Serra, pela identificação ideológica (isto ainda existe?) e por que seu partido deverá embarcar na campanha tucana. Para o Rio Grande ambos já rasgaram voto em favor de Yeda, atribuindo-lhe méritos especiais e, considerando, também, que Ana Amélia Lemos é a candidata da coligação para o Senado. O segundo voto deverá ser de Rigotto. João de Deus é puro sangue ou, melhor ainda, puro tucano. Sendo neo-político com mandato, não tem compromissos anteriores e demonstra fidelidade figadal. Vota Serra e Yeda e quem mais ela indicar. Para o Senado votará Rigotto, pois transita bem com o Prefeito Ari e Paim, por afinidade de parte de seu eleitorado com as realizações e as causas defendidas pelo senador gaúcho. Dário Geis, do DEM, tende a votar em Serra, confirmando este voto se seu partido conseguir ser vice, situação que deverá definir-se apenas na última hora. Para o Estado deverá fazer escolha de caráter pessoal, pois seu DEM teve difícil relação com o PSDB de Yeda e não está formalmente alinhado com nenhuma candidatura. Voto indefinido entre Fogaça e Yeda, podendo pender para o PMDB, pois seu cunhado, vice-prefeito de Cachoeira do Sul será candidato a Deputado Estadual pelo partido. Para o Senado Vota Ana Amélia e Rigotto. Lauro Reetz, Prefeito duas vezes e candidato na última eleição, vota em Serra, em Yeda, em Ana Amélia e Rigotto. Estes votos tem base em sua história política.
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No segundo turno, que sabidamente terá o PT nas duas eleições, este receberá alguns votos na eleição nacional; já no Rio Grande ninguém deverá apoiá-lo.
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A PONTE – Estamos, hoje, 174 dias sem a ponte na RSC-287.
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Paz e Bem.

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