domingo, 2 de maio de 2010

COLUNA PUBLICADA NO JORNAL CORREIO AGUDENSE - EDIÇÃO DE 28ABR2010

SAÚDE, UM DIREITO (I) – Como cidadãos brasileiros temos os mesmos direitos e devemos cumprir as mesmas obrigações. Correto. A Constituição assegura, por exemplo, ser direito de todos e dever do Estado, a prestação da saúde, em todos os níveis.Com alguma facilidade podemos afirmar que o Sistema Único de Saúde – SUS, é dos maiores planos de saúde do mundo, com mais de 190 milhões de usuários potenciais. Sequer os Estados Unidos tem um programa de saúde tão abrangente. Muito bem, vamos admitir que esta universalidade assegurada na Constituição é uma quimera. Sabemos que nas grandes cidades a população não tem postos de atendimento suficientes; que em muitas pequenas cidades há falta de médicos; que o número de leitos nos hospitais públicos e conveniados não comporta a procura. Enfim, há problemas. Mas existe um sistema de saúde e é muitíssimo melhor do que o que o Brasil dispunha há duas décadas passadas. Convenhamos.
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As campanhas de prevenção, com vacinação em massa e com monitoramento de fatores causadores e vetores transmissores de doenças, nos asseguram mais bem-estar, pois ficamos menos doentes e nossos familiares – por quem devemos zelar – também.
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Os programas de prevenção à saúde da mulher já estão incorporadas na vida destas. Chegada a puberdade, as mães passam a recomendar às filhas cuidados, que passam a ser rotina. Agora chegou a vez dos homens. O Ministério da Saúde lançou, recentemente o programa de saúde do homem, em pungente mídia nacional. É aquele vídeo em que as pessoas estão a olhar fotos de famílias e de grupos de amigos, e destas fotos são apagados os homens e, em outro, uma criança balança sozinha na praça, pois o pai não mais está ali para embalar. Pois bem. As estatísticas não mentem – os homens morrem muito cedo. Péssimos hábitos alimentares, displicência com o corpo e com a mente, sedentarismo, alcoolemia, tabagismo e sexualidade promíscua podem desdobrar em doenças crônicas que limitam a capacidade de trabalho, afetam a qualidade de vida e, em muitos casos, matam. Dentro em pouco serão os pais que, ao perceber a barba rala crescer nos guris, em conversa bem franca, os levarão ao médico. Isto, depois de, é claro, atentarem para si mesmos.
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Este tema não se esgota jamais. Na proposta da universalidade do acesso à saúde, devemos considerar o papel dos agentes de promoção das ações. É relevante abordar a participação dos Municípios, que investem fartos recursos de seus orçamentos para realizar as ações do primeiro degrau da estrutura de saúde pública. São as unidades básicas de saúde, administradas pelos Municípios, as portas de entrada do Sistema Único de Saúde. É do Município, igualmente, a responsabilidade de conduzir o cidadão paciente para os centros de maior estrutura. No caso de Agudo se estabelece um fluxo intenso para Santa Maria e Porto Alegre.
Continuo na próxima semana.
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A DEUSA DO JACUÍ - Nos primeiros dias de funcionamento da Deusa do Jacuí – a balsa que faz a travessa no Rio Jacuí, em Cerro Chato, a imprensa regional e estadual deu conta de terem sido transportados mais de quatro mil veículos, entre automóveis, ônibus e caminhões. Para mim um grande exagero. Das 18h00 de sábado, quando abriu oficialmente, até a meia noite de domingo foram 30 horas. Isto daria uma média de 133 veículos/hora (um jornal de Santa Maria informou terem sido 167 por hora)..
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Exageros à parte, a Deusa do Jacuí é um equipamento de grande porte, seguro e rápido. Os pontos de estrangulamento, que ajudam a aumentar as filas, são os dois acessos, estreitos e com leito instável. Do lado de Agudo valeu a experiência do longo período de manutenção do desvio em Várzea do Agudo, que deu prática ao pessoal da Prefeitura. Já do lado de Restinga Sêca, onde o trecho é mais longo e a estrada era de pouco trânsito, o problema é maior. Na prática veremos, em poucos dias, se a balsa foi uma solução ou se a ERS-348 continuará sendo a alternativa preferida. No sábado, às 18h50 e às 02h00 de domingo a Deusa me conduziu, encurtando em exatos 20 km a distância para Santa Maria.
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A PONTE – Estamos, hoje, 113 dias ou 2712 horas sem a ponte na RSC-287.
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Paz e Bem.

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