quinta-feira, 27 de maio de 2010

COLUNA PUBLICADA NO JORNAL CORREIO AGUDENSE - EDIÇÃO DE 19MAI2010

AS FOLHAS CAEM – O outono já colore a paisagem. Os cinamomos e os plátanos se desnudam. Suas folhas, em bailado, se acomodam no chão, onde vão cumprir novo ciclo. As folhas que caem não são folhas mortas; elas vivem, como energia, na seiva que alimenta tronco, galho, flor, fruto e, lá mais adiante, voltam para perfazer a mesma jornada, ano a ano... sempre foi assim.
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O Outono é inspirador. Jaime Brum Carlos, poeta, agudense honorário, fraseou: [(…) É no outono que as aves se achicam, que as flores morrem, que as folhas secam, que a paisagem entristece. Mas é também no outono que despontam os mais belos arco-íris, nos veranicos de maio. (…) Talvez seja por isso: pelo seu jeito quieto e reservado e ao mesmo tempo terno e perdulário, que o outono encerre em si a estampa do gaúcho. Afinal, não é à toa que o outono tem a cor do ouro-velho].
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PREVIDÊNCIA PÚBLICA (1) – A previdência pública está na minha ordem do dia já fazem dez anos. Desde quando instituído o Regime Próprio de Previdência no Município de Agudo integro o Conselho de Administração desta Unidade Gestora do orçamento municipal. Foram, neste tempo, dois os Prefeitos, Lauro Reetz e Ari Anunciação. A Reetz coube a implementação, o que fez com sábia delegação ao então Secretário Hasso Bräunig e equipe. Já Ari Anunciação teve a tarefa de promover a atualização da legislação, moldando-a aos ditos da reforma da previdência, na Constituição. Com ambos as relações do Conselho de Administração foram pautadas no respeito e na cooperação, balizadas na estrita observância da Lei. Não podia nem pode ser diferente. Disto todos tivemos, sempre, plena consciência.
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Participei, na semana passada, do VIII Seminário Sul-Brasileiro de Previdência Pública, em Novo Hamburgo. Mais de 500 previdenciaristas de seis estados brasileiros discutiram a realidade previdenciária dos municípios e dos municipários. É o mais acreditado evento de previdência pública municipal do sul do país. Pequenos e grandes municípios abordam, com o Ministério da Previdência, os temas que preocupam a quem cuida de viabilizar a renda dos servidores e de seus familiares, quando estes pararem de trabalhar.
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Duas são as preocupações maiores: o cumprimento das muitas regras instituídas pelo Ministério da Previdência e pelo Conselho Monetário Nacional e a questão atuarial. O cumprimento de leis e normas é imperioso; elas são necessárias para dar uniformidade de tratamento ao tema em um Brasil tão grande e diverso. Dá trabalho, exige muito. São vários os agentes públicos municipais envolvidos no preenchimento destes requisitos. Ao gestor e ao Prefeito cabe emprestar o CPF para responder pela correção e lisura. Já a questão atuarial preocupa, pois implica em fatores que, muitas vezes, independem da vontade a até da ação dos agentes.
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A apreciação atuarial pode ser comparada a vigilância da chuva em um pluviômetro. Ele mede a chuva e, na medida em que os milímetros se acumulam, o alerta se instala. E não adianta tapar a boca do medidor; não obstante, a chuva cairá. A realidade atuarial demonstra que as pessoas vivem mais e com mais qualidade. Assim, ficarão mais tempo aposentadas. Dentro em pouco haverão tantos aposentados quantos servidores trabalhando. Quem pagará a conta? Os servidores públicos podem colocar as barbas de molho, pois é inevitável que as regras de aposentadoria e pensão sejam alteradas. A ciência da atuária apresenta esta realidade e não vai adiantar tapar a boca do medidor. É realidade pura. Volto ao tema.
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IVETTE MARIA – A terceira Primeira Dama de Agudo, Professora Ivette Maria Müller, semeia sempre. Em seu tempo de magistério plantou sementes de atletismo e de consciência livre, quando havia restrições de toda ordem. Depois, como primeira dama, no segundo mandato de Pedro Müller iniciou pessoas no artesanato, criando a feira que é, hoje, a Volksfest; motivou a organização das mulheres e das pessoas da terceira idade. O resultado todos conhecemos. Agora, sua sensibilidade está a serviço da arte. Em 2009 principiou talentos na arte do pincel; agora motiva os inspirados da pena. Pintura e letras – expressões culturais que se somam para o crescimento cultural de Agudo. Dona Ivette, a senhora não para. Nossa Senhora Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstadt lhe inspira e a senhora é luz que ilumina mentes, corações e ambientes!
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A PONTE – Estamos, hoje, 134 sem a ponte na RSC-287.
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Paz e Bem.

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