quinta-feira, 18 de março de 2010

COLUNA PUBLICADA NO JORNAL CORREIO AGUDENSE - EDIÇÃO DE 10MAR2010 (6)

QUARESMA – O tempo de especial da Quaresma pode ser, para os cristãos, um oásis em meio ao caos. Melhor dos tempos para sentir se estamos vivendo ou sobrevivendo. Como batizados nos importa lembrar que Jesus Cristo derramou seu sangue para estabelecer uma nova aliança de amor pleno. Leonardo, cantor nativista recentemente falecido, foi artista com invulgar sensibilidade. Dele são os versos da bela canção O Homem do pala branco, que traduz, em linguagem poética gaúcha, o recado do Evangelho, e que pode nos ajudar a pensar a quarentena deste ano de 2010.[O homem do pala branco está chegando, olhando pro seu rebanho, estendendo a mão. Juntando ovelhas perdidas pelas estradas; e está pedindo morada em seu coração. Não é preciso ninguém lhe dizer quem é; É só ter no coração muito amor e fé. Sua mãe chama Maria, seu simbolismo uma cruz, e o pala branco que usa é uma cascata de luz. (…) Eu não sou um pregador, não sou padre, nem pastor. Sou apenas um autor, que canta a sua verdade. (…) Ele vai voltar de novo, para o seio do seu povo, como fez tempos atrás, não para cobrar seu amor, mas para curar nossa dor, e devolver nossa paz.]
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Referi ao cantor Leonardo como poeta sensível. Agora digo de seus versos como elo de atávicas lembranças. De 1979 até 1981 Céu, Sol, Sul, Terra e Cor foi cortina musical do Aurora Pampeana, que entrou no ar antes mesmo de a Rádio Agudo ser inaugurada, e continua até hoje sendo companhia no despertar da região. Otelo Correia era seu apresentador e eu madrugava como operador de mesa. A música recém havia sido lançada e não imaginava que um dia viesse a se constituir em um hino que é a melhor mídia do Rio Grande que amamos. [Eu quero andar nas coxilhas sentindo as flechilhas das ervas do chão. (…) Fazer versos, cantando as belezas desta natureza sem par e mostrar para quem quiser ver um lugar para viver sem chorar. É o meu Rio Grande do Sul, Céu, Sol, Sul, Terra e Cor, onde tudo que se planta cresce e o que mais floresce é o amor.] Morreu o cantor; ficaram suas canções.
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Percebo que existem cada vez mais situações de primeira vez. Em gerações passadas eram restritas ao primeiro beijo, o primeiro salário, o primeiro namoro e mais algumas poucas estréias. Hoje, além destas, tem a primeira consulta ao urologista ou ao ginecologista, o primeiro (para muitos) casamento, a primeira (para tantos) separação, e... o batizado no ambiente virtual. Pois nesta semana tive mais uma primeira vez em minha vida: debutei no mundo virtual, criando meu blog na Internet. Uau, eu que até dias atrás pronunciava iogurte para designar Orkut tenho, agora, meu blog. Está bem, sei que já estou superado, pois blog todo mundo já tem, Mas eu não tinha ainda, e agora tenho (grande coisa).
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Tudo passou. Agora sim existo, também, no mundo cibernético. Graças ao estimado o William Werlang que me incentivou e me deu o be-a-ba, foi cadastrado pauloaugustowilhelm.blogspot.com., onde estão postadas as colunas que publico no Correio Agudense e, na medida em que amadureço o ideário, ganharão lugar outras publicações.
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Sensacional ferramenta de interação pessoal, o blog propicia que aquele que se sentir motivado, possa emendar, contrapor ou complementar os temas aqui propostos.
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MINHA CIDADE – No centro de minha cidade tem uma ferida; tem uma ferida no centro de minha cidade cidade.
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MINHA CIDADE – No centro de minha cidade tem uma bela árvore; tem uma bela árvore no centro de minha cidade.
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A PONTE – Estamos, hoje, 64 dias ou 1536 horas sem a ponte na RST-287.
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Terei grande prazer em publicar opiniões de qualquer quilate. Os endereços constam na assinatura.
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Paz e Bem.

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