quinta-feira, 18 de março de 2010

COLUNA PUBLICADA NO JORNAL CORREIO AGUDENSE - EDIÇÃO DE 18FEV2010 (3)

Ontem, 17 de fevereiro, foi Quarta-feira de cinzas. Terminou, formalmente, o Carnaval. No entanto, mais do que isto, marcou o início do tempo quaresmal.
Quaresma – quarenta dias. Tempo especial de reflexão, de oração e de penitência, em preparação espiritual para a Páscoa.
Embora as Igrejas a celebrem com intensidades diferentes – a Católica, por exemplo, institui o jejum e a abstinência na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira e a imposição das cinzas – é verdade que para todos os cristãos a quaresma é tempo singular.
No Brasil foi lançada a 47ª Campanha da Fraternidade com o tema Economia e Vida.
A Campanha da Fraternidade, instituída pela Igreja Católica brasileira em 1964, destina-se a orientar um olhar especial sobre a realidade social, econômica, política e cultural brasileira.
Buscando maior abrangência, a CF deste ano é, novamente, ecumênica, como já o foram as de 2000 (tema: Dignidade Humana e paz) e 2005 (Tema: Solidariedade e Paz).
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Retirado do Evangelho (Mt 6,24), o lema da campanha deste ano – Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro é citada pelo evangelista Mateus na introdução do Capítulo no qual Jesus Cristo cuida de alertar sobre as preocupações exageradas, dentro da magnifica pedagogia do Sermão da Montanha.
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É objetivo geral da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010 “Colaborar na promoção de uma economia a serviço da vida, fundamentada no ideal da cultura da paz, a partir do esforço conjunto das Igrejas Cristãs e de pessoas de boa vontade, para que todos contribuam na construção do bem comum em vista de uma sociedade sem exclusão”. Com ela o CONIC – Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, apresenta ao Brasil e aos brasileiros o desafio de encontrar respostas às perguntas: 1 – Como a fé cristã pode inspirar uma economia que seja dirigida para a satisfação das necessidades humanas e para a construção do Bem Comum? 2 – Em que medida existe responsabilidade das pessoas em relação à economia e como isso afeta a vida das pessoas e do meio ambiente? 3 – Que aspectos de conversão pessoal e de mudança estrutural poderiam ser considerados para que, de fato, a economia esteja a serviço da vida, promovendo o bem comum? e 4 – Como fazer para que essas preocupações não sejam transitórias, mas se tornem, de fato, balizamento moral permanente?
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Em Agudo as principais Igrejas cristãs (Católica, Luterana e Congregacional) tem procurado caminhar juntas estes quarenta dias. As celebrações que acontecem – não são muitas, é verdade – são a expressão do esforço dos líderes espirituais e dos rebanhos de fieis, em comungar ideais.
Ontem à noite os cristãos que se sentiram motivados se reuniram na Matriz de São Bonifácio, onde Pároco Católico, frei João Germano Sulzbach, o Pastor Henrique Scherer, da Igreja Evangélica Luterana e o Pastor Edson Datsch, da Igreja Evangélica Congregacional, refletiram, oraram e, juntos, mostraram o sinal da humildade marcando com cinza a cabeça dos presentes, enquanto convidavam a uma nova conversão [Convertei-vos e crede no Evangelho].
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Quaresma – tempo necessário
Campanha da Fraternidade – Momento para comprometimento
Economia e Vida - Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro – é o ponto de toque que somos convidados a atentar.
É possível que alguém pense que o próximo feriado será, apenas, na sexta-feira santa. Mas até lá a oportunidade de aprofundamento pessoal e na fé é real. Uma tomada de consciência sobre Economia e Vida poderá fazer melhor a vida de todos.
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Volto ao tema.
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Paz e Bem.

Um comentário:

  1. Ola Paulo Parabéns pelo belissimo artigo. Um Abrãço.

    Pastor Edson Datsch

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CARPE DIEM!!!