terça-feira, 3 de abril de 2012

Coluna 112 - publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 4ABR2012

O que fez acontecer este salto quantitativo no Hospital de Agudo foi, sem dúvida, a revitalização da entidade, que substituiu a anacrônica gestão honorífica por uma administração profissionalizada, remunerada e com atenção exclusiva

HOSPITAL COM SAÚDE é quase um trocadilho e se aplica à Associação Hospital Agudo, a partir da interpretação do balanço mostrado na Assembleia Geral Ordinária, instalada na segunda-feira, dia 2. Os números do exercício de 2011, mostram que a associação é financeiramente superavitária, algo incomum em hospitais, como se pode perceber pela grita geral destes. Com uma arrecadação de 3,009 milhões de reais, o hospital encerrou o ano com resultado financeiro de 332 mil reais em caixa; em 2010 foram 81mil e em 2009 tinham sido 39 mil, porém, ambos resultados negativos. O resultado financeiro – a soma dos recursos financeiros, das subvenções e dos convênios – mostra a robustez da entidade, alcançando 584 mil reais, contra 18 mil negativos em 2010 e 54 mil negativos em 2009.
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O que fez acontecer este salto quantitativo no Hospital Agudo foi, sem dúvida, a revitalização da entidade, que substituiu a anacrônica gestão honorífica – com todos os méritos que este modelo rendeu no passado – por uma administração profissionalizada, remunerada e com atenção exclusiva. Hoje há quem dorme e acorda pensando na gestão do hospital por ofício. O sistema de administração por provedor vigorou por décadas. Muitos agudenses se doaram com esforço e abnegação, elegendo esta tarefa como uma messe que deviam cumprir em sua cruzada pelo mundo. Mas a dinâmica de estruturas de porte como o Hospital Agudo já estão a exigir acuidade e pleno domínio dos meandros e particularidades da administração deste tipo de empresa, onde a realidade faz defrontar com situações como: 1 – está de portas abertas nas 24 horas do dia e em todos os dias do ano e todos os anos da década; 2 – tem que se entender com as cláusulas e idiossincrasias dos Planos de Saúde; 3 – administrar a sensível relação com os profissionais da saúde másteres – os médicos – em uma cúmplice relação de não emprego e onde é tênue a linha que define quem precisa mais de quem; 4 – como associação filantrópica, tem que prestar, no mínimo, 60% de seu atendimento ao sistema SUS, altamente deficitário – o que o SUS paga mal paga o custo de hotelaria (cama, comida e banho), ficando o tratamento para ser absorvido pelo caixa do hospital; 5 – as rígidas (quase draconianas) condições impostas pela ANVISA para as instalações físicas e a logística; 6 – a doença de quem acode à casa e o cuidado para que haja pronto, rápido e eficaz restabelecimento da condição de saúde.
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Quando algo vai bem, tende a melhorar (uma das Leis de Murphy, porém às avessas)! Estando sanada a Associação Hospital Agudo, adquiriu o status de sediar um centro de referência em otorrinolaringologia, o único da região centro do estado, que atende a população de 43 municípios, incluindo Santa Maria. A repercussão da instalação deste serviço hospitalar de média complexidade em Agudo já se faz notar em toda cidade, onde lojas e serviços são mais visitados. Este fluxo tende a aumentar, pois muitos pacientes da otorrino, percebendo a qualidade dos préstimos, voltam para outros procedimentos de tratamento ou profiláticos.
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Onde algo se faz, algo sempre acaba faltando. Ao Hospital de Agudo falta anestesista e mais obstetras. Clamores e chamamentos estão sendo feitos não só no Rio Grande, mas país a fora, tentando atrair médicos destas especialidades que se proponham a prestar estes serviços vitais para o Hospital de Agudo e morando em Agudo. A procura não é de hoje; já vem de anos, sem sucesso, ainda.

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Li, ouvi ou vi...
Vi – Eu vi um Ônibus de uso exclusivo para Transporte Escolar no Cemitério Municipal de Agudo, no domingo, dia 25. Mais gente viu. Felizmente o mesmo não pertencia à Prefeitura de Agudo (ao que consta pertencia ao Município de Cerro Branco). A Secretaria Municipal de Educação zela que os três veículos de sua frota sejam resguardados do uso indevido. Bom que não era agudense; mal que era um veículo com destinação específica, usado para fins diversos.

Ouvi“Nunca antes na história deste Hospital, houve resultados como este!” – Contador e consultor Ari Carlinhos Jaeger, parafraseando o ex-presidente Lula, na apresentação do Balanço da Associação Hospital Agudo.
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Que a Páscoa seja de mais contemplação, mais humanidade, mais oração, mais olhar para dentro de si mesmo e para o semelhante e menos preocupação com cardápio, com presentes e com roteiros de feriadão. O Cristo deve ressuscitar de novo para todos! Paz e Bem!

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