segunda-feira, 21 de março de 2011

Coluna 59 - Publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 16MAR2011

 
A sociedade de Agudo pratica, hoje, um magnânimo gesto: atribuir ao Pastor Brauer,(...) o reconhecimento de que é digno pelos méritos que são sobrados.

GANHAR – No dicionário temos muitas acepções do que seja ganhar. Pode ser resultado de sair-se vitorioso em uma disputa; às vezes se ganha a aposta de galinhada na mesa de canastra. É também o ato de auferir, lucrar. Um bom negócio, onde houve lucro, representou ganho. Uma safra bem sucedida da semente ao faturamento, resulta em ganho. O trabalho é recompensado com o ganho do assalariado – muito ou pouco, mas ganho. O gesto do filantropo traz como ganho a alegria de servir, de ver a felicidade no outro. Pode representar ganho, também, o apoderamento, bem que este despótico, mas... ganho. Ganha-se no embate afetivo, consagrando a conquista da outra metade, por sedução, paixão e amor. Ao deboche ou ofensa pode-se também ganhar um tapa na cara. Na magnitude do ser mulher, ela ganha o filho, na perpetuação da espécie.

Também aparece a definição de que ganhar é o ato de receber algo por merecimento. Este ganhar prescinde de atuação de duas partes: a que dá – por que dá, quando dá, o que dá – e a que recebe: o que fez para merecer ganhar.

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MERECER – O glossário é claro ao descrever que merecer é ser digno de algo; é estar, por qualidades ou conduta, no direito de obter algo. Merecer é ter direito, por relevantes serviços prestados, à gratidão, ao reconhecimento.

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Na vida é assim? Quem ganha merece ou quem merece ganha? No jogo da economia, na cotação das deliberações pessoais ou da sociedade o ganho tem a exata medida do merecimento? Nesta avaliação cada um identificará situações que confirmam e situações que desmentem a sentença do merecer e ganhar e do ganhar e merecer.

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Por que faço esta dissertação sobre ganhar e merecer neste 16 de março? Desejo chamar a atenção para o fato que Agudo vive hoje e que tem um ato concreto de parte da comunidade. O Centenário de nascimento do Pastor Richard Rudolf Brauer. Hoje, à 100 anos passados nascia, na Alemanha, este digno senhor, que jovem pôs-se a serviço do reino de Deus, fazendo sua seara a terra agudense.

Ele hoje ganha um Memorial em sua honra. A partir de hoje ele está no panteão dos grandes personagens da história da humanidade (sim, Agudo é uma fração da humanidade) que tem sua imagem eternizada em uma estátua.

Por que a ele hoje se rendem tais homenagens? Por que ele hoje é alvo de tamanha atenção? Por que ele merece.

A sociedade de Agudo pratica, hoje, um magnânimo gesto: atribuir ao Pastor Brauer, em atitude póstera, o direito de receber, em demonstração de gratidão, o reconhecimento de que é digno pelos méritos que são sobrados.

Devo simplificar? O Pastor Brauer ganha, hoje, preces, placas e reconhecimento, por que merece. Simplesmente.

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Gravado em aço ler-se-á: “Sua vida foi um hino de louvor ao Criador. Pregou o amor e a paz; rezou Pai Nosso, pediu Pão Nosso. O homem – criatura divinal, a família – inspiração do amor a comunidade – mãos e mentes unidas para frazer e crer: pilares, fortalezas e razão de sua missão.” “Sein leben war ein Loblied für den Schöpfer. Er predigte über die Liebe und den Frieden der Menschen. Er betete das Vaterunser zum Dank Gottes für unser Täglich Brot. Der Mensch – eine göttliche Kreatur, die Familie – das geschenk von der Liebe Gottes, die Gemeinde – Hände und Verständniss vereinigt für tun und glauben: Säule, Kraft und Sinn Pfarrer Brauers Mission.”

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Nada mais precisa ser dito.

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Paz e Bem.

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