quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Coluna 43 - Publicada no Jornal Correio Agudense - Edição de 24NOV2010

Dobra-se esquinas sem sinalizar; poucos motoristas e pedestres observam as fixas de segurança

VERÃO E SEGURANÇA – O trânsito é, também, uma questão de segurança pública. Os claros, quentes e longos dias de primavera/verão induzem ao aumento da velocidade em todas as vias e meios. Os motoristas aceleram; os pedestres, esbaforidos, apuram o passo na busca do abrigo de uma sobra. Observa-se, principalmente nas vias urbanas, que regras básicas de bom senso e o cumprimento da legislação vigente são neglicenciados sem cerimônia. Dobra-se esquinas sem sinalizar, poucos motoristas – e também poucos pedestres – observam as faixas de segurança, onde estas existem e são visíveis. As ultrapassagens são feitas com requinte de exibição; as curvas parecem retas. Tudo concorre para situações de risco e acidentes.
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O verão também é a estação em que a equação bebida/drogas + volante apresenta os resultados mais estúpidos. Morre-se e mata-se sob efeito de álcool ou chapado.
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A sociedade pode mudar isto com mecanismos rígidos e educação, muita educação. Educando os usuários das pistas – sejam motoristas, tratoristas, motociclistas, ciclistas ou pedestres – teremos, em médio prazo, uma nova cultura e comportamento no trânsito.
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ESCUTA O RIO – “Escuta o rio, escuta o rio; Antes da sede derradeira, escuta o rio…(...) Antes da última fronteira, escuta o rio… (…) O rio foi condenado sem defesa, desamparado vai em agonia. O rio sempre ofertou o pão na mesa. Quem foi que fez jorrar tanta sangria? A mão que lhe feriu tinha certeza, por mais que se fizesse em demasia, Por mais que mais ferisse a terra nua, o rio que já foi Deus não morreria. “ Escuta o Rio, letra, música e interpretação dos irmãos Vinícius e Tuny Brum venceu a Tertúlia Nativista de Santa Maria. Acertaram em cheio. A musicalidade suave, quase introspectiva e a voz marcante, característica da cepa Brum, convenceu o juri que lhe concedeu o (cobiçado) Troféu Minuano. Se credencia a virar música-hino para quem rema nas causas ambientais, principalmente às ligadas aos mananciais de água.. Vai ser sucesso por muito tempo.
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O MAGISTRADO COM OLHOS PARA O SOCIAL – O recém empossado Juiz titular da Comarca de Agudo, Tiago Tweedie Luiz, tem olhos para o social. Apoiado por seus auxiliares de gabinete e com a parceria do Ministério Público deseja dar um natal mais humano às crianças e adolescentes abrigados no Lar Transitório Amor-Perfeito. Para tanto buscará apoio na comunidade, convidando empresários, autoridades e cidadãos interessados a realizar o sonho de natal, expresso em bem redigidas cartas escritas por quase vinte meninas e meninos que lá moram. Na entrega fará a todos ver que o magistrado é muito gente, que se sensibiliza com o coração, o sentimento e o natural desejo de ganhar carinho e presente, inato a todas crianças e jovens, mas que para algumas é uma quimera. A Promotora Daniela tem o brilho dos olhos do filhote Pedro a inspirar; já o togado Tiago, que casou neste mês, não tendo ainda rebento, tem como referência o horizonte humano e a realidade, muitas vezes crua.
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ADVENTO – João Batista pregou na região do Jordão: “Preparai os caminhos do Senhor, tornai retas suas veredas (…) E toda carne verá a salvação de Deus”, prenunciando a chegada do messias aguardado, o Cristo, Deus feito gente, divino e humano. A Igreja cristã renova sua liturgia para anunciar este nascimento. Nela a advertência João Batista é revivida no Advento. Os caminhos do Senhor devem ser preparados com mais amor, mais respeito, mais dignidade, mais justiça e mais fraternidade.
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A PONTE – Estamos, hoje, 322 dias sem a ponte da RST-287, entre Agudo e Restinga Sêca.
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Paz e Bem

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Coluna 42 - Publicada no Jornal Correio Agudense - Edição de 17NOV2010

A sociedade toda deve cooperar, alinhando condutas que fazem bem e promovem a paz.

VERÃO E SEGURANÇA – Quem tem que cuidar da segurança pública? A sociedade e quem por ela é investido nas funções que o Estado criou com este propósito. O verão vem aí e é, por estatística, fator de aumento de atos lesivos ao sossego, ao patrimônio e à vida. Sinais já são percebidos em Agudo. Tiros trocados em propriedade particular ante iminente agressão patrimonial, um automóvel furtado de dentro do pátio, no centro da cidade, conflitos por causa do som alto na Praça da Emancipação. Não se precisa listar muito para perceber o que mais se pode esperar. Quais manchetes queremos para Agudo nesta estação? A responsabilidade maior é das polícias civil e militar, sem dúvida. E estas não fogem do compromisso. Todavia, a sociedade toda deve cooperar, alinhando condutas que fazem bem e promovem a paz. Evitar excessos de toda ordem, coibir e denunciar ilicitudes, alertar suspeitas, são atitudes que podem abortar crimes e contravenções que maculam nossa imagem e diminuem muito a qualidade de vida de quem aqui vive ou visita o Torrão Amigo.
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A instalação de câmaras de monitoramento em pontos estratégicos da cidade permitiria acompanhamento do fluxo de veículos e pessoas. Incomodaria, talvez, quem entende ser o Grosse Bruder – para manter a originalidade do estrangeirismo, mas em alemão – uma violação de privacidade, mas seria uma ferramenta capaz de fazer a polícia estar em mais de um lugar do mesmo tempo. Sei que já houveram diálogos para tal. No entanto a novidade ainda encontra resistências. No entanto virá... dia mais dia menos virá.
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VERÃO – Ante a chegada de cada estação de calor se avolumam os alertas para o uso de protetor solar. Antes um produto da cosmética de praia, o creme que filtra os raios UVB, vem sendo componente necessário para quem trabalha à sol aberto. As empresas e o poder público deverão oferecer creme com fator FPS no kit de uso recomendado ou, até obrigatório por empregados e servidores. Nos balaios onde se leva o café para a roça (ainda se faz isto?), junto com café, pão, schimier e linguiça, deverá estar um pote com o produto. O comércio deve encontrar formas de despertar para o consumo de bloqueadores solares para criar o (salutar) hábito de consumo e uso. Nas promoções de venda de final de ano ele deve ser uma vedete. Tudo isto se justifica, em nome da saúde das pessoas. Não negligenciemos deste mínimo cuidado com nosso corpo.
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PÓDIO – Assistindo a final do mundial de Vôlei, domingo, imaginei uma cena bem interessante. É agosto de 2016. Terminou a Olimpíada do Rio de Janeiro! O Brasil foi o quarto na classificação geral de medalhas, superado por Estados Unidos, Japão e China. Tudo deu certo, muito certo! A linha vermelha não foi tomada de assalto. Os locais de provas foram eficientes e em sua construção não houve superfaturamento; tudo, tudo muito bem. É sexta-feira, tardinha... 17h00. Um carro improvisado como Carro de Bombeiros, está na rótula da 287 com a Rodovia do Imigrante e nele um ouro olímpico nascido em Agudo! Na grande carreata, aplausos, show, pirotécnico, bozinaço. No Centro Desportivo Municipal cumprimentos, flashes, entrevistas, lágrimas de felicidade. Agudo tem, em seu panteão (cruzes, que palavra mais arcaica), um/a atleta ouro olímpico/a a inspirar uma geração inteira de jovens para o conceito men sana in corpore sano.
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O Carro de Bombeiros já vi desfilar mais de uma vez, e aplaudi. Todos aplaudimos.
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UMA HOMENAGEM JUSTA PARA UM ÍCONE- Em 2011 o Reverendo Pastor Richard Rudolf Brauer completaria cem anos. O centenário de nascimento do grande líder da Igreja evangélica de confissão luterana de Agudo será comemorado com a dimensão exata do homenageado. O Instituto Cultural Brasileiro Alemão de Agudo, entidade que o Pastor Brauer fez fundar e a quem dedicou muita energia e preces, obteve, da família, autorização para prestar-lhe o reconhecimento. Será em março. A data natalícia é 16. A programação será preparada com respeito e dignidade.
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A PONTE – Estamos, hoje, 315 dias sem a ponte da RST-287, entre Agudo e Restinga Sêca.
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Paz e Bem

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Coluna 41 - Publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 10NOV2010



Como homem, como mulher (…) em tudo precisamos nos reinventar. Realmente o mundo mudou!

COMO MUDOU... E FOI NECESSÁRIO – Aconteceu até o domingo passado, a Semana do Automóvel de São Paulo. O fato de ter sido a edição jubilar – completou 50 anos – despertou a mídia, que lhe destinou grandes espaços. Muita sofisticação e glamour, muitas belas modelos para sorrirem e fazerem muxoxos, fazem desta feira ser a maior da latino-américa. Confesso que nunca entendi o papel das mulheres pousando ao lado dos carros, servindo como isca visual para atrair os peixes ao volante. Depois a grita é grande...
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Chama a atenção a tecnologia empregada na montagem e nos equipamentos de bordo do item que é uma das paixões nacionais – sua majestade o automóvel. Um engenheiro mecânico, detalhando um dos lançamentos, afirmou: muitas inovações que hoje são realidade há vinte anos atrás não passavam de ficção científica. Freei; acionei o neutro (no meu imaginário estou usando um carro com câmbio automático), com uma leve pressão no volante desliguei o som para refletir e … concordei com ele. O automóvel mudou, e como. De tradicional restam que ele tem motor, caixa, quatro pneus, tração, carroceria, etc, etc.... Mas, na comparação destes componentes com seus idênticos da década de 70/80 percebemos o salto qualitativo que se deu na indústria automotiva.
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A mudança foi desenhada pelo mercado, é verdade. A concorrência, a abertura das fronteiras, a ascensão econômica dos povos e o desenvolvimento como tal foram motivações determinantes. Para fazer o comprador gostar mais de A do que de B vale quase tudo. No entanto, devemos admitir que a evolução foi fundamentada, também, na preocupação da engenharia com fatores como segurança, proteção do meio ambiente, finitude de fontes combustíveis fósseis, redução dos espaços urbanos. Logo, a evolução não se deu apenas para vender mais. Deveu-se, também, à necessária atenção para a sustentabilidade e manutenção da vida no planeta. Neste pensar o Brasil se escala no time das nações maduras e inovadoras. A descoberta do álcool – hoje batizado de metanol – nos deu lugar cativo nesta seleção. Chegará ainda o dia em que poderemos prescindir do petróleo, pela soma de duas fontes energéticas abundantes e renováveis – o metanol e a energia elétrica, de geração solar, hidráulica e eólica.
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MUDAR É NECESSÁRIO – Qual a indústria do automóvel, também a sociedade e o homem devem realinhar-se. Mantendo a essência, que deve ser imutável, devemos produzir a reengenharia das estruturas que nos dão suporte, para não cairmos no anacronismo. Quantas ações em nosso redor ainda estão equipadas com platinado, bobina e carburador? Algumas só dão arranque na manivela. Poluem, fumegam, andam só com duas marchas: uma, bem lenta, para frente e, com facilidade escapa a caixa para a ré. Ocupam grandes espaços com excessos de lataria sem serventia nenhuma, sustentada em convicções teimosas e retrógradas, vaidade e egoísmo.
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É urgente a atualização de paradigmas e a própria quebra destes. Afinal, da descoberta da máquina de debulhar milho para cá tanta coisa já mudou. É necessário e premente que admitamos que a engrenagem da vida gira com mais rapidez, e que nesta ciranda devemos dançar em novo ritmo. Os governantes precisam dialogar; quem tem mandato deve ter consciência de que recebeu uma procuração coletiva e não uma escritura de propriedade. A família deve nutrir-se material, espiritual e emocionalmente para conceber que o mundo no qual os seres que gera viverão é um novo mundo com novo tempo, que passa rápido. Como pai, como mãe, como aluno, como professor, como médico, como paciente, como advogado, como religioso, como cristão, como gremista, como colorado, como homem, como mulher; na condição de quem ama e na de quem é amado – em tudo precisamos nos reinventar. O mundo realmente mudou.
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A PONTE – Estamos, hoje, 308 dias sem a ponte da RST-287, entre Agudo e Restinga Sêca.
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Paz e Bem

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Coluna 40 - Publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 04NOV2010

Já tem um sim na praça para atravessar o Largo Aldo Berger

… E AS URNAS FALARAM – Registrar a eleição presidencial de 2010 é importante para a cronologia de publicações contínuas como é uma coluna semanal. Nesta percepção apresento a vitória de Dilma Rousseff na eleição para a Presidência da República, dia 31 de outubro passado. Favorita desde o primeiro momento, Dilma teve capacidade de manter imaculada sua imagem ao longo de toda campanha. Ganhou a eleição alavancada por fatores que não estão diretamente ligados à si própria nem à suas propostas. Foi fundamental o carisma de quem sucederá – Lula, os minuciosos processos de pesquisa eleitoral e um partido.
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Lula transferiu para Dilma todos os méritos de seu governo, sua popularidade, seu carisma pessoal, a aprovação de sua última gestão, a boa maré da economia brasileira que seu governo comandou, a inclusão no mercado de consumo de milhões de patrícios. Também a declarada e aberta campanha que, como Presidente da República, fez em favor de sua escolhida. Enfim, todos os ventos sopraram à favor.
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As pesquisas foram o termômetro dos indecisos. Apontaram, desde sempre, a aceitação ascendente da candidata Dilma. Nesta constatação muitos brasileiros que não querem perder voto – e estes se contam aos milhões – se decidiram por votar em quem virtualmente ganharia.
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O partido que cooperou com Dilma não foi o PT, grei que ela escolheu há tão somente 10 anos. Sem dúvida, o Partido dos Trabalhadores é o suporte e o organismo político por onde transita o pensamento ideológico do governo que Dilma fará. Mas a escolha do PMDB para vice foi providencial e decisiva. Em muitos rincões do país onde o PT é tímido ou sequer está ativo, peemedebistas se encarregaram de empunhar sua bandeira.
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Dilma Rousseff ganhou os brasileiros todos com seu pronunciamento da noite de domingo. Focado, sem firulas de linguagem e sem pirotecnia populista, Dilma – ou Ilma, como meu pai insiste em chamá-la, inspirou confiança e conhecimento da missão que terá pela frente. Aos que nela haviam votado, confirmou quem queriam ver eleito; aos que não lhe tributaram a urna inspirou uma sadia percepção de que o Brasil falará, nos próximos quatro anos, por alguém preparado para o poder. Ganhou a todos.
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Eu vi Dilma Rousseff em 1999, em Agudo. Convidado pelo então Presidente da Câmara, Ver. Beto Müller, acompanhei solenidade ligada à UHE Dona Francisca. Intrometido com os convidados para o acontecimento, acompanhei seu discurso bem de perto. Voz incisiva, olhar convicto e palavras de quem conhecia o assunto. Poderia alguém que a ouviu em Nova Boêmia, Agudo, há onze anos, dizer que ela viria a subir a Rampa do Planalto com a faixa Verde-Amarela? Sequer ela imaginava.
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DIÁLOGO DE CALÇADA – Dois ex-dirigentes de partido de Agudo se encontraram em uma das esquinas da Concórdia e travaram o seguinte diálogo – Pergunta: Disputarás a Prefeitura em 2012? Resposta: sim! Esta inesperada e convicta assertiva desarticulou o ex-dirigente e ainda militante. Portanto, já tem um sim na praça para atravessar o Largo Aldo Berger como mandatário, em janeiro de 2013.
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KLAVIERKONZERT IN ICBAA – Será domingo o Klavierkonzert in ICBAA. O Instituto Cultural Brasileiro Alemão de Agudo espera o apoio da comunidade para esta proposta de cultura e arte. Será às 21h00. Ainda restam convites.
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A PONTE – Estamos, hoje, 302 dias sem a ponte da RST-287, entre Agudo e Restinga Sêca.
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Paz e Bem