terça-feira, 31 de agosto de 2010

Coluna publicada no jornal CorreioAgudense - edição de 01SET2010

LONGE VÁ... TEMOR SERVIL – Em 1992 recebi do Prefeito Pedro Müller uma honrosa missão: como Secretário da Administração de seu governo me credenciou para fazer o discurso da Semana da Pátria, na solenidade oficial da Praça da Emancipação. Lembro nitidamente da cena. Me senti um piá ao lado de Pedro Müller, Aldo Berger e outros personagens da vida pública de Agudo e diante da população que acompanhou o desfile cívico. O senso de responsabilidade me fez pequeno; a confiança e o momento me fizeram grande. Trajando à caráter gaúcho, com pala de seda emprestado pelo Cidadão Agudense Jaime Brum Carlos – pois o desfile foi na Semana Farroupilha, já que havia chovido no dia 7, dissertei inspirado em texto de Confucio: “Os antigos, querendo fazer refulgir no mundo a virtude luminosa, começaram por estabelecer um bom governo em seus Estados; querendo que seus Estados tivessem um bom governo, começaram colocando em ordem suas próprias famílias; querendo que houvesse ordem em seus lares, começaram por disciplinar-se a si mesmos; como desejavam autodisciplinar-se, começaram retificando seus corações; e, como queriam retificar seus corações, tornaram sinceros seus pensamentos; querendo tornar sinceros seus pensamentos, começaram por ampliar ao máximo seus conhecimentos (...)” Bons governos, ordem na família, autodisciplina, retidão no sentir, pensamentos sinceros, conhecimento: estes foram, no século IV a.c., foram em 1992, são hoje e serão sempre uma linha mestra para que tenhamos uma pátria sadia. “Brava gente brasileira! Longe vá... temor servil: Ou ficar a pátria livre Ou morrer pelo Brasil.”
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QUEM SERÁ? A campanha política deste ano já faz alçarem-se os prognósticos para o pleito municipal de 2012. E surge uma pergunta que não vai mais calar: Quem, depois de jurar cumprimento à Lei Orgânica, receberá a chave do paço municipal, no Novo Ano de 2013?
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FUTEBOL – Não comentei a façanha colorada, para não cair na tentação do ufanismo. Dela cuidaram os profissionais de esportes e, neste jornal, também o periodista, Dr. Daniel Berthold. Não abordei a chegada do Portaluppi ao Grêmio, em quem acredito pelo que sabe e pelo que motivará no tricolor gaúcho, ainda que os resultados estejam aquém do que ele mesmo espera. O que me chama a atenção no momento é a derrocada do Juventude, que já foi a terceira força do futebol gaúcho no cenário nacional, superando, por vezes, até a dupla Gre-Nal. O alviverde da serra foi rebaixado da séria A para a B em 2008; rebaixado para a série C em 2009 e agora, em 2010, está na lanterna, prestes a cair para a série D. Dentro em pouco estará disputando campeonato com a garotada do Avenida. Como explicar? Como recuperar o conceito e a estima do time e da torcida? Que tarefa... e que sina!
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HOMENAGEM PESPETUADA EM CONCRETO E AÇO – Começa a tramitar nesta semana na Assembleia Legislativa do Estado o Projeto de Lei Estadual que denominará a nova ponte sobre o Rio Jacuí, na RST-287, como Travessia Hilberto Boeck. A proposição tem a essência da justificativa com a qual os vereadores agudenses apresentaram o pedido, em março. A tramitação pode ser acompanhada no portal do parlamento gaúcho.
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MÃO DE OBRA E CONHECIMENTO AGUDENSES FOR EXPORT – De Agudo para Sandino, na Nicarágua. Leandro Adair Gonçalves, Michel Germino Serafin e Valdenir Nied, todos agudenses, foram convidados a trabalhar na implantação de uma planta industrial de calçados na Nicarágua. Empregados da indústria Schmidt Irmãos Calçados Ltda., unidade de Agudo, foram trabalhar na unidade fabril do mesmo grupo e ramo, já em funcionamento naquele país centro-americano. A fábrica de Agudo tem duas linhas (esteiras) de produção; a de Sandino tem 14.
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A PONTE – Estamos, hoje, 239 dias sem a ponte na RSC-287.
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Paz e Bem.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Coluna publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 25AGO2010

PESQUISAS ELEITORAIS – Ainda precisa eleição? Se as pesquisas indicam quem deverá vencer, então, lancem-se os candidatos e, passados 14 dias, faça-se uma pesquisa e deu. O melhor classificado é declarado vencedor. O país poupa tempo e dinheiro.
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Está bem, não estou sendo coerente. A proposta é esquisita sob o ponto de vista da institucionalidade do processo eleitoral, que deve ser preservado, sempre. Acontece que tomei coragem de abordar este tema que me inquieta de há muito. Em conversa doméstica, dias atrás, concluímos que as pesquisas estão tirando a espontaneidade das campanhas eleitorais. Mas... um casal conversa um monte de coisas – até bobagem sai. No entanto, para minha surpresa, a enxurrada de pesquisas e de projeções chamou a atenção de mais gente e até cacifados cronistas da grande imprensa foram despertados. Opa! O assunto vale a pena.
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Flávio Tavares escreveu em sua crônica semanal em ZH, que a profusão das pesquisas leva a eleição a ser indireta. Aponta ainda uma desvantagem sobre o processo oficial de eleições indiretas, que vigorou até 1985: naquele tempo, quando o Congresso elegia o Presidente, sabíamos que os “eleitores” seriam os Deputados e Senadores que os brasileiros haviam eleito. Hoje, com o instituto das pesquisas, quem são os entrevistados? Quem são estes que assumem a titularidade do veredito – tamanha é a relevância dos levantamentos estatísticos? Tavares diz, desconsolado: nem sequer sabemos quem nos representa. Gente desconhecida que vota antecipadamente por nós, que nos representa sem nos representar. E, assim, nos comanda.
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Na semana passada foi divulgado um levantamento para o Governo do Estado: 35%, 24% e 10%, para os três melhor situados. Somando dá 69%. Em raciocínio matemático ainda 31% não saberiam em quem votar. Quantos foram entrevistados? Apenas 800 pessoas. Destarte, somente 552 declararam em quem votarão. Convenhamos, é um universo muito pequeno este. Mas e quem liga para esta informação? O que está valendo é o gráfico. E, com certeza, uma boa parcela dos eleitores se agarram na linha ascendente das projeções.
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Pergunto: Quem ganhará a eleição? Opção 1 – O candidato; Opção 2 – O partido; Opção 3 – A plataforma de governo; Opção 4 – O marqueteiro; Opção 5 – O padrinho. Opção 6 – nenhuma das anteriores; Opção 7 – Não sabe. Viram? Até eu já estou propondo uma pesquisa.
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OPORTUNO E NECESSÁRIO: Assisto às sessões da Câmara Municipal, por circunstâncias funcionais. Assim, ouço o que dizem Suas Senhorias (percebam que não se usa mais Excelência, a não ser para Chefe de Poder). Dois temas repercutiram e, por bater com o que pretendia abordar, não me faço ventríloquo e vou a eles. A oportunidade de o Município renovar o pavimento asfáltico na Rua Voluntários da Pátria, entre a rótula da Euclides Kliemann e a Avenida Concórdia é de não perder. O Município devia fazer um esforço para viabilizar isto. Penso que todos os usuários da via assim pensam. Coincidência: nas duas vezes em que o trabalho da empresa que está fazendo a recuperação da 348 chegou junto à rótula, o Prefeito Municipal em exercício é o Presidente da Câmara, Paulo Unfer. Assim foi em março – assim é agora!
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Sabe-se de papel passado que o DAER não reconhece jurisdição sobre aquele trecho da via urbana. Cabe, portanto, à Prefeitura articular. A oportunidade está aí. Quando a empresa retirar as máquinas será tarde, ou muito mais caro. Este é um dos assuntos
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O segundo: a Praça Padre Francisco Schuster (ao lado da Mariz de São Bonifácio) clama por investimento. A situação de miséria rendeu até Tribuna Livre na sessão da segunda última. A defasagem deste espaço público de lazer e entretenimento familiar e infantil, que sabemos ser histórica e notória, chegou ao limite, com o lixo se acumulando os brinquedos quebrados que mais são arapucas do que aparelhos de brincar e, para piorar, os sanitários públicos em petição de miséria.
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Risível uma posição ouvida: quem sabe o governo investe uns 10 mil para dar uma tapeada na praça. Que baita boa vontade, não?!
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A PONTE – Estamos, hoje, 230 dias sem a ponte na RSC-287.
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Paz e Bem.

Coluna publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 18AGO2010

AÇÃO PREVENTIVA – No início desta semana o Presidente da Câmara retribuiu a vista do Delegado de Polícia, Eduardo Flores Machado, e convidou-me à acompanhá-lo. Amável, o Delegado Eduardo reúne peculiar experiência policial. Agudo pode contar com este digno servidor que, com justeza e perfeição, fará a Polícia Civil ser presença no dia a dia da comunidade. Mostrou-nos uma extensa pauta de ações que serão implementadas, todas elas de caráter preventivo e com o propósito de assegurar, ao menos no que for da alçada da Civil, que tenhamos um verão com tranquilidade e uma comunidade organizada e com disciplina – fatores de bem-estar, segurança e desenvolvimento.
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O Chefe da Polícia Civil de Agudo proclamou ser meta de sua gestão a implacável observância da lei no que tange a comercialização e consumo de bebidas alcoólicas por menores. Sabemos que o consumo de bebidas com álcool pode, com facilidade descambar para o consumo de drogas, para a prática de crimes ou contravenções; que é um dos grandes responsáveis pelo flagelo no trânsito; que destrói caráteres, adoece as pessoas, a família e a sociedade inteira.
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Manifestamos, na audiência, a preocupação com a violência em eventos – fato que por mais de uma vez já abordei nesta coluna. Como dirigente de uma entidade associativa, me custa muito admitir que em Agudo seja arriscado programar evento de lazer e entretenimento, por receio de arruaça e ameaça à integridade das pessoas e do patrimônio. Demonstrando sensibilidade, o Delegado disse ser esta também uma situação que deverá merecer atenção. No entanto, a Polícia Civil só age se devidamente acionada. Se ninguém denunciar, disse, pouco ou nada podemos fazer. Com a palavra as pessoas que querem Agudo em paz e harmonia.
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De parte da BM, não tenho tido contato com o Capitão Noé. Todavia, é perceptível a presença ostensiva da polícia militar, ainda melhor agora com o reforço de novos policiais que assumiram durante este ano. Agudo está melhor no quesito segurança... e é preciso!
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UM BRASILEIRO, DOIS BRASILEIROS, TRÊS BRASILEIROS ... – Recém iniciado, o censo já permite ao IBGE concluir que o padrão familiar mudou no Brasil e mudará o Brasil. Segundo declarou o Presidente do IBGE, Eduardo Nunes (ag. Reuters) não será necessário chegar a 31 de outubro para afirmar que o número médio de moradores por domicílio já está diminuindo de 4 moradores por domicílio em 2000, para algo em torno de 3,2 neste ano. Esta constatação demonstra que a população do país está envelhecendo e que o crescimento é quase vegetativo, o que deverá apresentar considerável reflexo no orçamento dos 5.565 municípios do Brasil, pois o Tribunal de Contas da União – órgão que receberá as informações totalizadas pelo órgão de pesquisa, definirá novos parâmetros de distribuição dos recursos federais.
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A previdência também será afetada. Esperemos. Sim, digo esperemos, pois todos poderemos sentir os reflexos de mais uma reforma previdenciária, que terá seu desencadeamento apurado, caso a tendência do comportamento etário e de ocupação da população brasileira se confirme nos patamares que o censo está mostrando.
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UMA HOMENAGEM DE FOGO – A Chama Crioula da Semana Farroupilha deverá ser acesa junto à obra de construção da nova ponte sobre o Rio Jacuí, na ERS-348, em Cerro Chato. Será uma forma de homenagear as cinco vítimas da tragédia de janeiro. Uma pungente homenagem... de tirar o chapéu, literalmente.
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O DECANO DA DIOCESE – A Diocese de Santa Maria, à qual Agudo pertenceu até 1993, completou cem anos no domingo. O decano de seu clero é o agudense Padre Nélson Friedrich, de 91 anos. Empossado como Pároco de Jaguari em 1957 de lá nunca mais saiu, mesmo depois de passar ao missão paroquial à seu sucessor, em 2005. Nascido em Rincão do Pinhal, o Pe. Friedrich esteve em Agudo em agosto de 1996, quando presidiu a Missa de São Bonifácio, com muita emoção e alegria. Que Deus o acompanhe e lhe dê saúde e energia para, quem sabe, voltar ao pago natal mais uma vez. O convite poderá ser feito.
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A PONTE – Estamos, hoje, 223 dias sem a ponte na RSC-287.
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Paz e Bem.

Coluna Publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 11AGO2010

PLANO DIRETOR – Agudo terá, ainda neste ano, um novo Plano Diretor. Digo ser novo, pois Aldo Berger já pretendeu definir como deveria se dar a ocupação dos espaços urbanos, isto há praticamente cinquenta anos atrás. Remanesce daquele planejamento o esquadrinhamento das quadras, a largura das ruas, a definição da área que viria a abrigar os espaços públicos, a disposição da Praça Getúlio Vargas, a denominação impessoal da via principal – a Avenida Concórdia – entre outras diretrizes. Podemos concluir que os primeiros Prefeitos e as primeiras legislaturas da Câmara pensaram um Agudo com uma cidade organizada. Maturidade na época, orgulho ainda hoje.
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A proposta do novo Plano Diretor contempla o desenvolvimento urbano em todas suas matizes. Define o que é considerado área central, o que nela será permitido e o que será vetado. Propõe as áreas de ocupação mista, os espaços residenciais, define a altura máxima para os arranha-céus, e assim vai.
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Determinar a que as cidades brasileiras devam ter a evolução espacial, a infra-estrutura mínima, e os padrões de convivência humana regulados é demonstração inequívoca de que o Brasil se alinha, neste aspecto, às nações desenvolvidas.
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A nova estrutura urbana de Agudo será traduzida em um Projeto de Lei, que tramitará, ao que tudo indica, ainda neste ano, na Câmara Municipal. Os edis deverão realizar tantas audiências públicas quantas forem necessárias para que a sociedade conheça o que se está propondo e possa interferir no aperfeiçoamento do projeto. Ninguém é melhor do que todos juntos! Sem afastar os princípios técnicos e científicos e sem inibir os freios necessários, os agudenses tem o direito de intervir na construção de um Plano Diretor tanto quanto ideal para Agudo presente e futuro.
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Definir o fluxo, tráfego e trânsito na cidade é um dos aspectos a ser estudado e observado neste estudo. Escrevi na coluna de 1º de fevereiro, que haverá uma nova ponte sobre o Arroio Hermes. A definição sobre onde será também deve passar pela concepção do crescimento urbano de Agudo. Volto ao tema por entender que Agudo deva atentar para a abertura da Avenida Euclides Kliemann, no trecho compreendido entre a Marechal Floriano e a Germano Hentschke, ligando o Hospital com a rótula da Rodovia do Imigrante, passando pelo Arroio Hermes. Assim a nova ponte deveria ser ali construída. Racionalmente ter-se-ia mais uma via de abastecimento urbano, como alternativa à Concórdia, por onde hoje se transita para o centro. Com a Euclides Kliemann aberta de Leste a Oeste, Agudo teria uma nova configuração urbana, expandindo a cidade para o Sul, justamente na parte central.
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Também entendo que o Poder Público deva cuidar de preservar um espaço de uso comum na região Sudoeste, entre as Ruas Hugo Karl Bräunig, Duque de Caxias e as Avenidas Concórdia e Euclides Kliemann. Em pouco tempo aquela região estará densamente povoada e se perceberá que não sobrou lugar para uma praça, um espaço verde, nada. Ainda há tempo. Ainda. Qualidade de vida compreende espaços para a socialização das pessoas.
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VIOLÊNCIA – Mais um evento social acabou em pancadaria, no sábado. Desta vez foi na Sociedade General Osório. Ouvi lamentos de ser este praticamente o último reduto que foi seguro para frequentar bailes. Foi, não é mais! Onde vamos parar?
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TURISMO COM DINHEIRO PÚBLICO – O tema da semana na imprensa gaúcha é a farra de alguns vereadores, de algumas câmaras, que fizeram turismo com dinheiro público. O assunto não se esgota em poucas linhas. Como servidor de uma Câmara Municipal sinto vergonha de que tal aconteça e torço para haja, de fato, condenações. O portal da Câmara de Agudo – www.camaraagudo.rs.gov.br mostra, no link Transparência, quanto gasta o Legislativo agudense em diárias. Vale a pena conferir.
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ASSEMBLEIA DO ICBAA – Nesta quinta-feira, dia 12, às 20h00 quem tem ou já teve vínculo social com o ICBAA - Instituto Cultural Brasileiro Alemão de Agudo é esperado na Assembleia Geral Extraordinária, que terá como Ordem do Dia a definição de seu quadro associativo. Um apelo adicional. Quem for é convidado a levar Notas Fiscais para o ICBAA cadastrar no programa da Nota Solidária, do Governo do Estado, já que esta está sendo, praticamente, a única fonte de renda própria da entidade.
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A PONTE – Estamos, hoje, 216 dias sem a ponte na RSC-287.
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Paz e Bem.

Coluna pubicada no jornal Correio Agudense - Edição de 04AGO2010

UM AGUDENSE, DOIS AGUDENSES, TRÊS AGUDENSES ... – Começou o Censo Demográfico 2010, do IBGE. Seremos todos contados. Um país que conhece a si mesmo só tem a ganhar, diz o IBGE em notícia divulgada na segunda-feira. O Brasil está mais escolarizado; o mundo digital é uma realidade para cada vez mais brasileiros; a população está envelhecendo, vivendo melhor e ganhando mais; a estrutura familiar está mudada e a mulher está ainda mais inserida no mercado de trabalho. Estas constatações são latentes, esperando a confirmação que virá da resposta aos questionários aplicados pelos 191.972 recenseadores treinados para a tarefa, que deverá estar concluída em 31 de outubro.
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Qual será o retrato de Agudo a partir do censo? Qual terá sido o impacto do êxodo rural na última década? A população rural será, ainda, majoritária em quanto? E, dentre os moradores do interior, qual será o contingente de gente que tem atividades diversas da agrícola, como, no caso, comércio, indústria, serviços; e os que apenas moram no interior? Somando, esta população chegará a 5% da população rural? Como se deve computar estas pessoas – são rurais por domicílio, mas sua atividade não é ligada à terra. Como será a composição etária dos agudenses? Também aqui há mais mulheres do que homens? Noves fora, teremos mais habitantes do que Restinga Sêca, com quem rivalizamos pelo número de almas – ora eles estão à frente, ora a estatística aponta mais agudenses do que conterrâneos de Iberê Camargo.
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O resultado do censo é esperado, também, pela fazenda municipal, pois a composição do Fundo de Participação dos Municípios – FPM, leva em conta este dado. Agudo já sentiu o reflexo disto em 2008. Naquele ano a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apontou redução da população, com o que houve o rebaixamento do índice. A diminuição foi menos sentida no orçamento pois houveram aportes de recursos alavancados em Brasília. No curso natural da receita municipal, Agudo teria se ressentido, sim. Torçamos pois, que nossa população tenha crescido, e que tenham melhorado, também, os índices de escolaridade, a renda per capita, a infraestrutura urbana e rural e que os domicílios estejam mais bem equipados quanto a qualidade da habitação e abastecimento básico. Tudo isto resulta em qualidade de vida. E.. qualidade de vida trás felicidade! Queremos ser agudenses e felizes, estou certo?
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Se o IBGE disponibilizar dados por região dos municípios, os agudenses poderão, finalmente, tirar a teima sobre a disposição da população em seu território, seus fluxos de migração interna e o crescimento desta nas diversas regiões. Tenho peculiar expectativa sobre o comportamento do gráfico da população do Sul de Agudo, uma vez que lá está projetado um majestoso investimento em educação, com a construção do novo complexo da escola Alberto Pasqualini, em Rincão do Pinhal. Por estar localizada bem próxima à uma escola estadual que mantém ensino básico completo, e às custas do tesouro do Estado, este investimento estará plenamente justificado se a população naquela região indicar crescimento presente e projeção futura maior ainda. No Conselho Municipal de Educação, já mais de uma vez abordei este tema. Veremos agora.
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O SEMINÁRIO FICA – Esta decidido. A Província Franciscana do Rio Grande do Sul, dos freis da Ordem Franciscana Menor, vai manter sua propriedade no Canto Católico, aqui em Agudo. O Seminário, que integra a paisagem daquele bucólico recanto, será reativado, agora como residência e centro de retiro da equipe missionária franciscana. Depois de temporada de trabalho Brasil afora, os freis missionários se recolherão ao Canto Católico para reposição das energias e renovação. É uma boníssima notícia para Agudo. O lugar já aguçava a curiosidade e a ganância, o Frei João Ignácio Müller, Ministro Provincial, que o diga. O Seminário fica, como referência de um tempo que existiu, e que deve ficar vivo na memória.
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A PONTE – Estamos, hoje, 209 dias sem a ponte na RSC-287.
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Paz e Bem.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

COLUNA PUBLICADA NO JORNAL CORREIO AGUDENSE - EDIÇÃO DE 28JUL2010

DUAS VAGAS PARA DOIS (OU UM) VOTO – Nas eleições deste ano haverá a renovação de duas das três vagas que cabem a cada Estado, no Senado Federal. Com isso, os eleitores deverão votar em dois candidatos. No entanto, no Rio Grande, ainda que a regra seja esta, não será bem assim. As principais coligações estão trabalhando abertamente que os eleitores votem em apenas um senador, anulando ou fazendo ser branco o segundo voto. Esta atitude dá bem a medida do nível da disputa nas eleições de outubro.
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Os caciques da campanha defendem esta anormal proposta alegando que o segundo voto pode alavancar a campanha da candidatura de outra coligação. Sob o ponto de vista estritamente eleitoral – e é esta a análise dos partidos – esta estratégia pode ser justificada. Imagine-se todos os eleitores da coligação Fogaça-Pompeu votando em Rigotto e, também, em Ana Amélia. Esta, que receberá, logicamente, o primeiro voto dos eleitores da coligação Yeda-Berfran, somaria para si todos os segundos votos de quem votou Rigotto. Em assim sendo virtualmente faria mais votos do que o gringo de Caxias. Quem estaria eleito? A jornalista Ana Amélia. A recíproca é igualmente verdadeira. Com Paim, da candidatura Tarso-Beto Grill, pode dar-se a mesma coisa. O eleitor votará Paim e só. Caso contrário, o segundo voto estaria somando para Rigotto ou para Ana Amélia.
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O que afirmo ouvi de candidatos de suas das três principais coligações – fiz conjectura apenas do candidato Paim.
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Mas o eleitor é soberano. É dele a indelegável prerrogativa de votar a renovação do senado em dois terços. Será que ele vai abrir mão de votar quais dois Senadores deseja ver em Brasília, representando o Rio Grande nos próximos oito anos, quatro deles em companhia de Pedro Simon? Aguardemos.
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Ainda as eleições: está anunciado que a partir das eleições de 2018 os brasileiros votarão em urnas com leitura biométrica. A partir daquela eleição o sistema registrará, além do número do Título Eleitoral, também a leitura da digital de um dedo da mão previamente cadastrado. Tudo para aumentar a segurança. Este sistema já foi testado nas eleições de 2008, será ampliado em 2010 e deverá ser universalizado em 2018.
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ELEVARTE – A I Coletiva de Arte de Agudo, do Grupo ElevArte, foi um espaço oásis dentro da Expovolks, na Volksfest 2010. As telas das pintoras Alda Schultz, Ivette Maria Müller, Marilene Altmayer e Sirlei Pozzer, surpreenderam. Admiração, encantamento e emoção foram as reações mais percebidas, tanto pela qualidade do Chimarrão poético que abriu a mostra como à contemplação dos quadros e poesias. Fórmula de envolvimento muito acertada. Ao ver e ler se fazia uma salutar viagem no plano da quimera. Espaço e local muito apropriados. A Mostra se afirmou e está confirmada na programação. Embora meu nome conste como membro do Grupo ElevArte, minha produção literária ainda é mental (será uma forma de justificar uma ponta de procrastinação?)
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DESTA VEZ NÃO FOI NA CURVA – A Curva do Cotovelo não contribuiu com a estatística de acidentes de visitantes da Volksfest, como ocorreu em anos passados. A nova sinalização surtiu efeito. Mas ainda assim lamentamos que Diogo Paul tenha tido sua vida abreviada, morrendo tragicamente na BR-158, em Júlio de Castilho. Choraram os pais Dori e Darci e o mano; lamentou toda a comunidade. A chacina no trânsito... até quando?
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A PONTE – Estamos, hoje, 202 dias sem a ponte na RSC-287.
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Paz e Bem.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

COLUNA PUBLICADA NO JORNAL CORREIO AGUDENSE - EDIÇÃO DE 28JUL2010

DUAS VAGAS PARA DOIS (OU UM) VOTO – Nas eleições deste ano haverá a renovação de duas das três vagas que cabem a cada Estado, no Senado Federal. Com isso, os eleitores deverão votar em dois candidatos. No entanto, no Rio Grande, ainda que a regra seja esta, não será bem assim. As principais coligações estão trabalhando abertamente que os eleitores votem em apenas um senador, anulando ou fazendo ser branco o segundo voto. Esta atitude dá bem a medida do nível da disputa nas eleições de outubro.
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Os caciques da campanha defendem esta anormal proposta alegando que o segundo voto pode alavancar a campanha da candidatura de outra coligação. Sob o ponto de vista estritamente eleitoral – e é esta a análise dos partidos – esta estratégia pode ser justificada. Imagine-se todos os eleitores da coligação Fogaça-Pompeu votando em Rigotto e, também, em Ana Amélia. Esta, que receberá, logicamente, o primeiro voto dos eleitores da coligação Yeda-Berfran, somaria para si todos os segundos votos de quem votou Rigotto. Em assim sendo virtualmente faria mais votos do que o gringo de Caxias. Quem estaria eleito? A jornalista Ana Amélia. A recíproca é igualmente verdadeira. Com Paim, da candidatura Tarso-Beto Grill, pode dar-se a mesma coisa. O eleitor votará Paim e só. Caso contrário, o segundo voto estaria somando para Rigotto ou para Ana Amélia.
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O que afirmo ouvi de candidatos de suas das três principais coligações – fiz conjectura apenas do candidato Paim.
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Mas o eleitor é soberano. É dele a indelegável prerrogativa de votar a renovação do senado em dois terços. Será que ele vai abrir mão de votar quais dois Senadores deseja ver em Brasília, representando o Rio Grande nos próximos oito anos, quatro deles em companhia de Pedro Simon? Aguardemos.
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Ainda as eleições: está anunciado que a partir das eleições de 2018 os brasileiros votarão em urnas com leitura biométrica. A partir daquela eleição o sistema registrará, além do número do Título Eleitoral, também a leitura da digital de um dedo da mão previamente cadastrado. Tudo para aumentar a segurança. Este sistema já foi testado nas eleições de 2008, será ampliado em 2010 e deverá ser universalizado em 2018.
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ELEVARTE – A I Coletiva de Arte de Agudo, do Grupo ElevArte, foi um espaço oásis dentro da Expovolks, na Volksfest 2010. As telas das pintoras Alda Schultz, Ivette Maria Müller, Marilene Altmayer e Sirlei Pozzer, surpreenderam. Admiração, encantamento e emoção foram as reações mais percebidas, tanto pela qualidade do Chimarrão poético que abriu a mostra como à contemplação dos quadros e poesias. Fórmula de envolvimento muito acertada. Ao ver e ler se fazia uma salutar viagem no plano da quimera. Espaço e local muito apropriados. A Mostra se afirmou e está confirmada na programação. Embora meu nome conste como membro do Grupo ElevArte, minha produção literária ainda é mental (será uma forma de justificar uma ponta de procrastinação?)
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DESTA VEZ NÃO FOI NA CURVA – A Curva do Cotovelo não contribuiu com a estatística de acidentes de visitantes da Volksfest, como ocorreu em anos passados. A nova sinalização surtiu efeito. Mas ainda assim lamentamos que Diogo Paul tenha tido sua vida abreviada, morrendo tragicamente na BR-158, em Júlio de Castilho. Choraram os pais Dori e Darci e o mano; lamentou toda a comunidade. A chacina no trânsito... até quando?
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A PONTE – Estamos, hoje, 202 dias sem a ponte na RSC-287.
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Paz e Bem.