domingo, 3 de fevereiro de 2013

Coluna 150 - publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 3JAN2013

Valério, você afirmou: “Podem Confiar!” Você mesmo disse: “Governarei para todos e com todos!” Assim desejamos.


Carta para Valério – Inicia-se o governo Valério Trebien. A partir de agora é prá valer. Terminou o confortável e até romântico tempo de espera; tempo em que era bastante esboçar um propósito: “farei assim, deverá ser assim, pretendo que aconteça isto e aquilo...” Agora está chegado o tempo, o brete foi aberto, a campana soou. Os aliados e a oposição cravam o olho. Os movimentos, as atitudes, as palavras, as ações e as omissões passam a ter consequências, pois que saídas do mandatário.
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O que quero, como agudense, do governo Valério? (havia escrito o que querem os agudenses, mas corrigi, pois não sei se todos querem a mesma coisa).
Que seu governo seja decente – Faça com que o governo espelhe e inspire retidão e coerência. Que seu sim seja sim e seu não seja não. Chafurda a imagem do “Meu torrão, meu torrão mais amigo” se houver descompasso entre aquilo que dizemos e proclamamos de nossa terra daquilo que de fato somos e praticamos.
Que seu governo seja amável – O munícipe e quem mais acessar o governo, seja contribuinte ou pedinte, com ou sem razão na proposta, deve notar que está sendo atendido com afeto, com atenção e carinho. Que todos os servidores – os eleitos (na essência os únicos escolhidos pelo povo) tanto quanto os que fazem girar a engrenagem nos cargos efetivos ou designados, respeitem a pessoa, suas circunstâncias e sua individualidade, não no estrito limite comportamental, mas que seja efetivo na diligente, correta e pronta prestação do serviço esperado e possível. No relacionar-se e no cumprir com sua tarefa, que ali haja amabilidade. Afinal, em um regime de liberdade, ninguém é obrigado a estar onde está. Mas se aceita ali estar, deve ali fazer o seu melhor.
Que seu governo conjugue o verbo dialogar – O povo tem muito a dizer e muito quer ouvir. Sem que a autoridade e a responsabilidade final sejam subtraídas, ouvir e falar faz muito bem. O mais excelente meio de ressonância da população é o Legislativo. Os legisladores eleitos (com maior ou menor mérito, isto não importa mais) são os legítimos representantes da população e o que disserem com responsabilidade e seriedade, deve ser levado em conta. O governo pode e deve contar também com os muitos organismos coletivos, chamados Conselhos Municipais. As Audiências Públicas são igualmente formidáveis oportunidades de conversação. Mandadas instalar por ditado de lei ou por iniciativa própria do governante, esta reunião se presta para informar e colher informações. O governo deve aprender a gostar de fazer e a acatar o que for decidido nestas ainda hoje raras reuniões. E, por favor, os ouvidos devem estar abertos a todos. Muito cuidado com o canto da sereia da bajulação. Esta abordagem é perniciosa, pois pode inibir os sentidos de sentir a realidade.
Que o “eu” dê lugar ao “nós” – Repetindo o que já escrevi antes “sem que a autoridade e a responsabilidade final sejam subtraídas”, ser inclusivo será sempre melhor. O “nós” no lugar do “eu” corresponsabiliza, motiva, integra, inclui.
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Valério, você afirmou: “Podem Confiar!” Você mesmo disse: “Governarei para todos e com todos!” Assim desejamos. Torcemos por seu sucesso na jornada.

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Na medida certa devem ser dosadas a razão e a paixão. Para aqueles que neste janeiro assumem tarefas de governo refletir, transcrevo um extrato do que disse o Profeta, quando perguntado sobre a Razão e a Paixão: “Vossa razão e vossa paixão são o leme e as velas da vossa alma navegadora. Se as vossas velas ou o vosso leme estiverem quebrados, podereis apenas ser sacudidos e sem rumo, ou até mesmo ficar presos em uma calmaria no mar interior. Pois a razão, governando sozinha, é uma força que confina; e a paixão, sem cuidado, é uma chama que queima até se destruir. Portanto, deixai que vossa alma exalte vossa razão até a altura da paixão, para que ela possa cantar; e que vossa paixão seja dirigida pela razão, para que vossa paixão possa viver a sua própria ressurreição diária, e como a fênix, ressurja de suas próprias cinzas.” 
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Ouvi, Li ou Vi –
Ouvi, nas palavras ditas em suas últimas declarações, que AriAA cogita em buscar um sexto mandato como Prefeito. Quando? Com a força política que tem, quando quiser.
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Paz e Bem.

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