quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Coluna 139 - publicada no jornal Correio Agudense - edição de 17OUT2012

O ato de teclar a urna eletrônica – momento em que o eleitor está frente a frente consigo mesmo – é antecedida de motivações bem diversas


PONTO DE OBSERVAÇÃO – Se você quer ver uma floresta tem que se afastar dela, senão você verá apenas algumas árvores que não são o conjunto. Para tirar uma foto panorâmica é necessário tomar certa distância da cena, para que a lente capte com profundidade o que se quer retratar. O afastamento necessário é a atitude mais sensata para a análise da eleição municipal deste ano. Penso ser necessário deixar correr o carretel do tempo, para que a apreciação seja descontaminada da campanha e do resultado. Por ter estado tão de perto envolvido corro, ainda, o risco da parcialidade. Todavia, isto não quer significar que me deseje alinhar com os mornos, situados no prudente meio. Não quero ser engolido!
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No entanto uma observação já pode ser partilhada, pois o que percebi não mudará de cor com o desfiar dos dias. Os tipos de votos que uma eleição produz. O ato de teclar a urna eletrônica – momento em que o eleitor está frente a frente consigo mesmo (estará sereno ou encabulado nesta confissão cívica?) – é antecedida de motivações bem diversas. Existe o voto consciente, dado ao natural, por convicção pessoal ou afinidade. O cidadão vota por que conhece o candidato, sabe em que este acredita e confia nele. Existe o voto do efeito manada, dado por convencimento midiático. O cidadão vota no candidato mesmo sem o conhecer bem, levado por influência de fatores externos – mídia, discurso, onipresença durante a campanha, identificação de um ideal (oh, como eu gostaria de ser igual) ou empatia. Por final, mas não necessariamente nesta ordem, aparece o voto que se confunde com mercadoria. Não se consegue perceber se a mercadoria é o voto ou o que é pedido/ganho em troca. Toma lá o voto, vem prá cá... a promessa, a benesse, o favor, a conta paga, o produto oferecido. Brita, tijolo, dinheiro para a conta de água e luz, a cerveja, o dinheiro como simples e explícita propina. O eleitor (por ignorância ou sem-vergonhice)faz de seu voto uma mercadoria negociada no balcão eleitoral, em troca de outra mercadoria ou serviço. Estes são, sem esgotar a relação, alguns dos fatores que definem o resultado das urnas. E depois? Bem, o depois ainda não chegou.
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Neste sábado, Sons do Coração, no Centro Desportivo Municipal. Musical da Orquestra de sopro Eintracht, promoção do Icbaa, realização do Centro Cultural Eintracht, de Campo Bom, patrocínio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e Dickow & Cia. Espetáculo para mais de 2.500 pessoas. Leve cadeira ou almofada.
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Li, ouvi ou vi...
Ouvi e Li: “Acho estranho e muito grave que alguém diga, com toda a tranquilidade, que houve Caixa 2. Caixa 2 é crime, é uma agressão à sociedade brasileira”- Ministra Carmem Lúcia, do STF, ao prolatar seu voto no julgamento do mensalão.
Li: “Existirá um Brasil AM/DM – antes e depois do mensalão.” “Um dos atos de ofício do servidor é ser ético e moral”. Lênio Streck, Doutor em Direito e Procurador de Justiça, agudense, filho da Dona Vanda Streck, ao opinar, na grande imprensa, sobre o julgamento do mensalão..
Li: “Se pensarmos a longo prazo, a Igreja no mundo ocidental não tem futuro sem uma renovação da família. Quem tem filhos tem futuro. Os pais com muitos filhos aparecem nas estatísticas como as pessoas mais felizes da sociedade. O matrimônio e a família devem ser reconhecidos hoje como uma vocação. É aqui que acontece a evangelização. Os fieis seguem, indo contra a corrente da sociedade, o caminho do seguimento de Cristo. Por este motivo, devem receber todo o apoio possível na preparação do matrimônio. O Sacramento do Matrimônio é muito valioso. O fracasso do matrimônio tem muitas vezes consequências trágicas. Devemos perguntar-nos claramente quais são as condições em que se realiza este Sacramento. A família permanece o fundamento para a aprendizagem da fé. A família compreende a própria casa como casa de Deus. Os filhos percorrem com os pais um longo caminho na aprendizagem da fé.” Pe. Heinrich Walter, Superior Geral dos Padres de Schöenstatt, na décima Congregação Geral do Sínodo dos Bispos, em Roma, dia 13 de outubro, defendendo a instituição familiar.
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Paz e Bem!

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