terça-feira, 9 de outubro de 2012

Coluna 138 - publicada no jornalo Correio Agudense - edição de 10OUT2012

Se na Câmara Municipal, o resultado está sendo administrado na mente e não na bílis, por que então eu haveria de avivar ânimos?


ELEIÇÕES – Antes de mais outra palavra uma confissão: não escrevi esta coluna três semanas passadas, como declarei em 4 de setembro. Desculpem. Procrastinei levado pelo ritmo da campanha política. Ela ganhou forma em 771 palavras na noite de segunda-feira. Pretendia fazer uma carta ao Prefeito eleito. Depois desisti; ele não leria do mesmo, ao menos não nesta semana. Assim guardo o tema para uma futura ocasião.
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Se consegui frustrar alguém com este desvio de rota decerto a decepção é menor do que a que sentiu quem acompanhou a sessão da Câmara Municipal na segunda-feira, um dia depois das eleições. Agora, com o fim da campanha e a retomada da transmissão no portal da Câmara e na Rádio Agudo, os agudenses esperavam que os preferidos e os preteridos nas urnas trocassem “elogiosas” considerações. O que ouviram? Agradecimentos, elogios, afagos e cumprimentos. Diz-se que o combinado não teria sido este. Mas foi o que aconteceu!
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Se na Câmara Municipal, onde as forças partidárias se deparam frente a frente e onde muitos dos candidatos da eleição de domingo têm assento, foi perceptível que o resultado está sendo administrado na mente e não na bílis, por que então eu haveria de dedicar linhas para avivar ânimos?
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Mas a carta será escrita sim. O Prefeito não perde por esperar. Se vai ler? Como posso saber?
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Encartado nesta edição do CA o panfleto de divulgação do show da Orquestra de Sopro Eintracht, que acontece no sábado que vem, dia 20, no Centro Desportivo Municipal. Este folheto deve motivar a comunidade para participar. Assistindo ao show de 23 de setembro de 2007 me espanto – que espetáculo! Cinco anos depois ainda me encanta a qualidade feita com quantidade, ou, se queremos inverter, tal quantidade de músicos fazendo arte musical com tamanha qualidade.
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No show deste ano trinta músicos e dez técnicos e operadores de luzes e som darão muito de si para estrear, em Agudo, a comédia musical “Sons do coração”! Depois este espetáculo será apresentado no Teatro São Pedro, na capital (o mais nobre e seleto palco da arte no Rio Grande do Sul) e no Teatro da Feevale, em Novo Hamburgo (o maior e mais moderno teatro do Estado). Que privilégio o nosso – receber a inauguração de um espetáculo de arte musical do Eintracht, do qual fará parte Hique Gomes, o violonista Kraunus Sang. Ele com seu colega o Maestro Pletskaya, ambos fugidos da fictícia Sbórnia do Sul, fazem, desde 1984, o show Tangos & Tragédias, que lota todas as plateias por onde passa. E Hique Gomes estará em  Agudo! Imperdível!!!
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Li, ouvi ou vi...
Vi, constrangido, Agudo entrar no rol dos municípios gaúchos dignos de receber reforço policial pelo risco que ofereciam as eleições municipais. A imprensa estadual nos relacionou, com mais outras 110 comunidades gaúchas, como um município merecedor de atenção especial, reforço do efetivo da BM e presença ostensiva de atentos e armados agentes da Polícia Federal. Que grande fiasco! Agudo, que se ufana de tantas virtudes – uma delas é de ser politizado (com o significado que se queira dar ao termo) – ser enquadrado como terra de perigo e de iminente desordem, carecendo de policiais para assegurar a mim e a você o direito de votar com segurança. Convenhamos, foi um vexame! Havia ou houve risco? A carreata de cada coligação não aconteceu em simultâneo? Os que pregavam que Agudo Pode Ainda Mais e os que promoviam um Agudo Transparente tiveram algum problema nesta manifestação que é, na essência, carregada de manifestações apaixonadas e expansivas? Houve sequer uma contrariedade entre os passeantes, que se encontraram no centro da cidade? E esta expressão de respeito e sadia disputa não foi um atestado de que a campanha transcorria em bons termos? Mas e por que as autoridades da segurança entenderam que Agudo apresentava risco? Como eleitor e ativo participante da campanha só encontro uma razão que possa ter motivado esta atitude: a ridícula boataria que foi plantada em Agudo nos últimos dias da campanha. Quem tinha que cuidar da integridade do pleito e dos eleitores teve a impressão de Agudo ser uma terra sem lei, de gente sem caráter e onde imperava o vale tudo. Boatos e versões. Quem os cria e dissipa? Quem não tem outra coisa para fazer. Quem acredita? Quem não separa joio do trigo. E quem escreve sobre isto? Quem se indigna pela irresponsabilidade de quem não se importa com o conceito de sua e nossa terra.
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Paz e Bem!

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