terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Coluna 104- publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 8FEV2012

Uso nivelar tudo pelo dinheiro por ser este, para tantos, o fator decisivo em uma eleição

UMA ELEIÇÃO POR CENTO E VINTE MIL – Quando um inconteste líder político de Agudo é questionado sobre as eleições de outubro, na esperança de que revele ingredientes da receita de sua bem sucedida carreira política, responde, sem meia palavra: para ser candidato tem que ter 120 mil no bolso. Quem tem e estiver disposto a investir pode ser candidato; caso contrário não sustenta a campanha. Proposta e partido pouco interessam – tem que ter 120 mil. Nome e histórico de vida são irrelevantes – tem que ter 120 mil para torrar. O que já fez e o que se propõe a fazer quem lembra ou quer saber (?) – tem que querer ou poder gastar 120 maços de Garoupas!
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Motivado a escrever sobre as eleições de 7 de outubro permito-me tomar como premissa verdadeira para esse pleito a necessidade de se ter 120 mil reais para investir. Não jogo a toalha para a importância da capacidade individual, da estrutura partidária, da tradição do nome, do programa de governo que venha a ser pautado; não me dou por vencido do poder do marketing, para a empatia, a capacidade de relacionamento, o currículo e para outros tantos quesitos que são (ou deveriam ser) levados em conta na cotação de quem se apresenta como candidato majoritário. Uso nivelar tudo pelo dinheiro por ser este, para tantos, o fator decisivo em uma eleição.
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Quem é que já morando em Agudo (1) (cá estou eu insistindo em afirmar que quem será empossado Prefeito no Ano-Novo de 2013 já habita o Torrão Amigo, mas é lógico até por questão legal de domicílio) é filiado a um partido político (2), tem disposição de concorrer ao cargo (3), tem 120 mil disponíveis (4) e se propõe a investir esta grana no empreendimento Eleições 2012 S. A. (5)? Quem?
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Candidatos pé de chinelo – fiquem em casa, não desperdicem seu tempo. O que vocês pensam e se propõem a fazer como gestores públicos pode até ter nexo, ser importante, pode até dar certo mas ... lamento, você já perdeu antes mesmo da largada. Será melhor que saia da frente e deixe o cardume de Garoupas passar!
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Em coluna passada abordei a mudança que ocorrerá no Museu Histórico Pastor Rudolf Brauer, onde o Professor Werlang já não mais atende e a futura designada deverá assumir depois das férias do magistério municipal. Hoje anoto mais uma estrutura que sentirá um solavanco nos próximos dias, por conta da decisão de seu dirigente, que resolveu tomar novos ares. O Atlético Clube Avenida ficará acéfalo, pois seu Presidente, Darlan Sérgio Schiefelbein, produziu um consenso familiar e ele mais a Carla e o Augusto carregam mala, cuia e a cachorrada de estimação (não sei se tem) e mudam-se para Teutônia ainda em fevereiro. Além de deixar o cargo de Presidente, quase treinador, conselheiro, cozinheiro, um pouco pai/mãe da gurizada, roupeiro, despertador, apaziguador, psicólogo e até meio médico, pedreiro e um tanto engenheiro Darlan Sérgio levará consigo o entusiasmo que lhe é marca registrada. Não há, hoje, no meio esportivo de Agudo (e haverá na região toda?) alguém com o entusiasmo e a dedicação integral que ele devocionou ao Avenida? Limitado apenas ao correto e ao decente, ele e seu parceiro Mainardi fizeram bela a trajetória do time da baixada nos últimos anos. Seu empenho não encontrou barreira. Em momento algum me foi difícil sentir, mesmo não gravitando no meio esportivo, a alegria e a emoção das conquistas e as lições dos reveses dos meninos. O magrela, grande homem, expressava com o olhar o que o coração sentia.
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Retira-se para outra etapa da vida. Percebeu ser chegado o momento de olhar o mundo por outro ângulo. Aqui ficando não se desvencilharia jamais do fardo de ser liderança desportiva. Teutônia é perto ... e lá tem a Lagoa da Harmonia, que todos deviam conhecer. Mais um motivo.
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Sem mais, no meio do turbilhão da vida, lhes desejo... Paz e Bem!

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