domingo, 19 de fevereiro de 2012

Coluna 105- publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 15FEV2012

A vida é uma escola estamos nela para aprender. Problemas são apenas parte do currículo, que aparecem e se desvanecem, mas as lições que aprendemos perduram para a vida inteira

FAÇA-SE FELIZ E SINTA-SE COM SORTE – Lissi Bender Azambuja, santacruzense, Antropóloga Cultural e Professora do Departamento de Letras da UNISC, em recente comentário veiculado no programa a AHAI – A Hora Alemã Intercomunitária, produzido por Silvio Aloysio Rockenbach, versou sobre coisas que deixam as pessoas felizes. Defendeu que felicidade é um estado de espírito que deve ser cultivado pela própria pessoa, alimentando sentimentos que os pequenos detalhes do dia a dia despertam. O chimarrão em uma manhã fresca, a contemplação da natureza, a convivência entre as pessoas, um contemplativo silêncio, a existência do sacrossanto trabalho à dignificar a existência, uma bela canção ou a melodia preferida, a leitura que forma, informa e inspira. Em todas essas ações o protagonista maior é a pessoa. Nenhum fator externo contribui e nem o mau humor será capaz de esmaecer o sentir-se feliz que está intrínseco em tais percepções.
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O comentário da professora Lissi é apresentado em alemão e, nesse idioma ser feliz é traduzido como Glücklich sein. E, em versão literal, glücklich é estar com sorte. Assim, podemos alargar o horizonte do que seja felicidade, atribuindo a esta situação também uma porção de sorte. Sinta-se feliz e com sorte em poder viver as pequenas coisas da vida.
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Gosto do que fala a Professora Lissi Azambuja, tanto pelo conteúdo como pela qualidade de seu alemão. Ouço-a direto da Internet. É um bom exercício mental e com largo ganho cultural, que recomendo. O portal é WWW.brasilalemanha.com.br, link AHAI.
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Como temos amanhã o feriado de aniversário do Município e logo em seguida o Carnaval, proponho que colhamos estes dias para momentos pequenos que nos façam sentir felicidade e sorte. Como ferramenta, apresento um conjunto de ações e atitudes que poderão despertar para o ser feliz e ter sorte nestes e em todos os dias de 2012. Bebamos muita água; Façamos nosso café da manhã ser de rei, nosso almoço ser de príncipe e nosso jantar de pedinte; Comamos o que nasce nas árvores e plantas e menos comida produzida em fábricas; Vivamos com três E’s: Energia, Entusiasmo e Empatia; Arranjemos tempo para orar; Joguemos mais jogos (faz bem para a mente e é bom entretenimento); Leiamos mais livros do que no ano passado; Durante o dia sentemo-nos em silencio pelo menos 10, durmamos 7 horas, façamos caminhadas de 10 a 30 e, caminhando, sorriamos; Não comparemos nossa vida com a dos outros – não fazemos idéia de como é a caminhada deles; Não alimentemos pensamentos negativos, nem nos preocupemos em demasiado com coisas que estão fora de nosso controle; Não nos excedamos. Mantenhamo-nos dentro dos limites; Não sejamos demasiado sérios; Não desperdicemos energia em fofocas; Sonhemos mais; Não percamos tempo com inveja. Temos tudo o que necessitamos; Não odiemos – a vida é muito curta para isto; Façamos as pazes com nosso passado para não estragar o presente; Tenhamos consciência de que a vida é uma escola e que estamos nela para aprender. Problemas são apenas parte do currículo, que aparecem e se desvanecem como uma aula de matemática, mas as lições que aprendemos perduram para a vida inteira; Sorriamos mais e demos mais gargalhadas; Não queiramos ganhar todas as discussões. Aceitemos também as discordâncias; Demos algo de bom aos outros, diariamente; Não nos preocupemos demasiado com o que os outros pensam de nós. Sobre este sentimento não temos controle; Saibamos que nosso trabalho não tomará conta de nós quanto estivermos doentes. Quem fará isto será a família e os amigos. Portanto, alimentemos nossas relações.  
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Feriado e Carnaval. Tempo bom para assumir uma melhor condição de vida.
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Sem mais, em meio ao turbilhão da vida, lhes desejo... Paz e Bem!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Coluna 104- publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 8FEV2012

Uso nivelar tudo pelo dinheiro por ser este, para tantos, o fator decisivo em uma eleição

UMA ELEIÇÃO POR CENTO E VINTE MIL – Quando um inconteste líder político de Agudo é questionado sobre as eleições de outubro, na esperança de que revele ingredientes da receita de sua bem sucedida carreira política, responde, sem meia palavra: para ser candidato tem que ter 120 mil no bolso. Quem tem e estiver disposto a investir pode ser candidato; caso contrário não sustenta a campanha. Proposta e partido pouco interessam – tem que ter 120 mil. Nome e histórico de vida são irrelevantes – tem que ter 120 mil para torrar. O que já fez e o que se propõe a fazer quem lembra ou quer saber (?) – tem que querer ou poder gastar 120 maços de Garoupas!
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Motivado a escrever sobre as eleições de 7 de outubro permito-me tomar como premissa verdadeira para esse pleito a necessidade de se ter 120 mil reais para investir. Não jogo a toalha para a importância da capacidade individual, da estrutura partidária, da tradição do nome, do programa de governo que venha a ser pautado; não me dou por vencido do poder do marketing, para a empatia, a capacidade de relacionamento, o currículo e para outros tantos quesitos que são (ou deveriam ser) levados em conta na cotação de quem se apresenta como candidato majoritário. Uso nivelar tudo pelo dinheiro por ser este, para tantos, o fator decisivo em uma eleição.
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Quem é que já morando em Agudo (1) (cá estou eu insistindo em afirmar que quem será empossado Prefeito no Ano-Novo de 2013 já habita o Torrão Amigo, mas é lógico até por questão legal de domicílio) é filiado a um partido político (2), tem disposição de concorrer ao cargo (3), tem 120 mil disponíveis (4) e se propõe a investir esta grana no empreendimento Eleições 2012 S. A. (5)? Quem?
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Candidatos pé de chinelo – fiquem em casa, não desperdicem seu tempo. O que vocês pensam e se propõem a fazer como gestores públicos pode até ter nexo, ser importante, pode até dar certo mas ... lamento, você já perdeu antes mesmo da largada. Será melhor que saia da frente e deixe o cardume de Garoupas passar!
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Em coluna passada abordei a mudança que ocorrerá no Museu Histórico Pastor Rudolf Brauer, onde o Professor Werlang já não mais atende e a futura designada deverá assumir depois das férias do magistério municipal. Hoje anoto mais uma estrutura que sentirá um solavanco nos próximos dias, por conta da decisão de seu dirigente, que resolveu tomar novos ares. O Atlético Clube Avenida ficará acéfalo, pois seu Presidente, Darlan Sérgio Schiefelbein, produziu um consenso familiar e ele mais a Carla e o Augusto carregam mala, cuia e a cachorrada de estimação (não sei se tem) e mudam-se para Teutônia ainda em fevereiro. Além de deixar o cargo de Presidente, quase treinador, conselheiro, cozinheiro, um pouco pai/mãe da gurizada, roupeiro, despertador, apaziguador, psicólogo e até meio médico, pedreiro e um tanto engenheiro Darlan Sérgio levará consigo o entusiasmo que lhe é marca registrada. Não há, hoje, no meio esportivo de Agudo (e haverá na região toda?) alguém com o entusiasmo e a dedicação integral que ele devocionou ao Avenida? Limitado apenas ao correto e ao decente, ele e seu parceiro Mainardi fizeram bela a trajetória do time da baixada nos últimos anos. Seu empenho não encontrou barreira. Em momento algum me foi difícil sentir, mesmo não gravitando no meio esportivo, a alegria e a emoção das conquistas e as lições dos reveses dos meninos. O magrela, grande homem, expressava com o olhar o que o coração sentia.
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Retira-se para outra etapa da vida. Percebeu ser chegado o momento de olhar o mundo por outro ângulo. Aqui ficando não se desvencilharia jamais do fardo de ser liderança desportiva. Teutônia é perto ... e lá tem a Lagoa da Harmonia, que todos deviam conhecer. Mais um motivo.
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Sem mais, no meio do turbilhão da vida, lhes desejo... Paz e Bem!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Coluna 103- publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 1FEV2012

A cada um cabe decidir se em 2012 viverá 366 dias ou se viverá 366 vezes o mesmo dia.

ENTUSIASMO E HUMOR – O mau humor faz mal para a saúde do indivíduo. Mas faz muito mais mal ainda para o ambiente de convívio. Dias atrás circulei na cidade de manhã bem cedinho como, aliás, faço ordinariamente já há mais de 35 anos. Mas, estando de férias, o itinerário não foi o habitual e as pessoas com quem me encontrei também não foram as de sempre. Percebi um outro Agudo. Cruzes! Quanto mau humor! Quanta gente iniciando o dia com uma nuvem preta sobre a cabeça. Caminhar rápido, olhar cabisbaixo, o Bom Dia apenas balbuciado, pró forma; pouco ou nenhum sorriso. Para não ser contagiado me refugiei no carro a escutar rádio enquanto esperava que abrisse as portas o empreendimento que procurava. No dial também nada de muito interessante para quem não foi destinatário de abraço ou recado pessoal. Não adiantou. A meu lado estacionou um carro e dele saíram duas pessoas, sócias de um bom e bonito negócio da cidade. Bom Dia, saudei-as. Responderam: Bom Dia. Mas imaginem um cumprimento sem graça, grave, suspeito até com ainda mau hálito. De férias (?), perguntou a mais próxima. Sim, assenti. Privilegiado, ouvi como resposta. Mas eu trabalho e, por esta razão, como você, adquiri o direito a dias de descanso, como você também poderia e deveria se permitir, discursei. É, mas não é fácil (a clássica resposta de quem olha para a vida com a lente da desilusão). Eu tenho que cuidar da firma, me respondeu. Vocês são duas pessoas. Façam rodízio e, cada uma, toma alguns dias para si, argumentei. Não fui feliz, pois já atravessavam a rua, abriram as portas da loja e na vitrine expuseram a amargura de “ter que cuidar da firma”.
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O diálogo sintetizado não é ficção para manter a atenção, tendo se dado em bem movimentado ponto central da cidade. Menciono-o para ilustrar o quanto me chamou a atenção o nível de disposição com que muitas pessoas começam seu dia.
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É natural as pessoas serem acometidas de preocupações que desafiam e que franzem a testa, fazendo sisudo o semblante. Ninguém precisa começar o dia com cara de bobo alegre, sem causa, confundindo otimismo com inconsequência. No entanto e apesar das vicissitudes que o dia a dia pode oferecer, começar o dia com entusiasmo, reconhecendo que todos estamos no mesmo barco e que este só vai para frente se remarmos em cadência, isto faz a diferença.
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Nada custa um sorriso, um Bom Dia expresso também com o olhar. Fica mais leve viver com entusiasmo e com a consciência de que de cada um depende o êxito de sua jornada e da jornada coletiva da comunidade.
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A propósito ouvi na segunda-feira à noite, o Professor, Antropólogo e palestrante Luiz Marins a lição de que a cada um cabe decidir se em 2012 viverá 366 dias ou se viverá 366 vezes o mesmo dia.

Das levezas de verão, onde ainda sobrar sombra ou se travesseiro e leitura combinarem, faz muito bem para o crescimento pessoal ler O 8º hábito – da Eficácia à Grandeza, de Stephen Covey, autor da renomada obra Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes. No livro o autor dá ferramentas de desenvolvimento da pessoa integral (corpo, mente, coração e espírito), despertando-a para atender o que menciona serem as quatro necessidades básicas (viver, prender, amar e deixar um legado), desafiando quatro inteligências ou capacidades (físicas, mental, emocional e espiritual) e suas manifestações mais elevadas (disciplina, visão, paixão e consciência). Com calma e nas mais de 300 páginas tudo é didaticamente apresentado. Leitura que exige atenção e certa concentração, o livro abre um grande horizonte, com entusiasmo.
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Amanhã à noite mais uma celebração de Nossa Senhora dos Navegantes, da Paróquia São José, de Dona Francisca. A caminhada luminosa deverá atrair muitas pessoas e um só pedido à Nossa Senhora dos Navegantes e Mãe do Redentor – que mande água em forma de chuva, para aplacar a terrível seca que vive o Rio Grande do Sul. Lá estarei para rezar, para ter momento de contemplação espiritual, buscar a bênção de São Brás e, também, para conferir se houve evolução na organização e na estrutura, deficiências notadas nas edições anteriores.
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Sem mais, no meio do turbilhão da vida, lhes desejo... Paz e Bem!