sábado, 2 de junho de 2012

Coluna 120 - Publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 30MAI2012

Estou indeciso não por querer ficar em cima do muro, mas simplesmente por não saber quem serão os candidatos!

ELEIÇÕES – Se eu fosse abduzido por um operador de pesquisa eleitoral e me fosse feita a (improvável) pergunta: você já definiu seu voto para as eleições de outubro em Agudo (?) minha resposta aumentaria o índice dos indecisos. E estou indeciso – como a maioria da população agudense – não por querer ficar em cima do muro, mas simplesmente por não saber quem serão os candidatos!
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A pergunta é improvável, pois as empresas de pesquisa, para atingir o propósito de quem as contrata, valem-se de discos onde, em igualdade de posição ante os olhos do pesquisado, são inscritos nomes de pessoas que quem contratou entende que poderiam, ou que não poderiam, ou que deveriam pensar em tal ou que nunca deveriam ter se assanhado em pretender ser prefeito um dia. Recebido o resultado em off passam à ação, lustrando as virtudes ou amplificando as limitações e as vicissitudes de quem o povo indicou como “alguém capaz ocupar o gabinete do tabuão amarelo” (o bem cuidado soalho do Gabinete do Prefeito).
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Com a liberdade e legitimidade de observador da política apresento, se não os candidatos, ao menos aqueles que aparentemente sejam os interlocutores que se reúnem, se reúnem, se reúnem e... marcam uma nova reunião. Iniciando pelos partidos da coligação que governa Agudo há oito anos: o PMDB e o PDT. Pelo PMDB o Presidente é Rafael Anunciação. Percebe-se que tem como companhia o líder partidário Ademir Kesseler e algum vereador da bancada (não todos). Junto e à frente o timoneiro do partido e da coligação, o Prefeito Ari AA. No PDT a conversa se estreita entre os Unfer e mais poucos. Sildo Unfer, presidente dos trabalhistas, Paulo Unfer, Presidente da Câmara e personagem de maior expressão da sigla e Zeni Unfer, articulada Secretária de Educação resolvem as situações. Pelo PP, um dos partidos de oposição, devem assentar à mesa de negociação os dois vereadores da bancada, Rui Milbradt como presidente do partido e Vilson Dias como voz que deve ser ouvida, por sua presença nos muitos certames eleitorais, onde sempre teve sucesso. Quem mais? Terá algum histórico do antigo PDS? O PSDB dá asas aos tucanos Hasso Harras Bräunig, presidente do partido, Naedy Wrasse, maior trunfo da grei e, penso que também esteja no grupo, o vereador João de Deus. O DEM fala pelo presidente, vereador Dário Geis, acompanhado de Lauro Reinoldo Reetz, que reina incólume na sigla. Mais alguém? Penso que não, pois os dois falam por todos! O Partido dos Trabalhadores, que vive e quer vida, comparece ao carreteiro das 21h00 (pois chá das cinco não combina com política) com Valdemir Vezaro (Tuté), Erno Raddatz e, quem sabe, os novos cristãos do partido, Airton Leonardo Wilhelm e Nelson Fick. O Partido Socialista Brasileiro, criado por Dori Paul, é orquestrado por ela mesma, que é, em resumo, a dona do partido. Com certeza ela é acompanhada por mais alguém socialista de sua confiança. O PPS não tem vez nesta meio onde se anda de botas, pois o bote pode ser fatal.
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Identificados os principais alquimistas da eleição, passo a conjecturar candidaturas que, pelo que se ouve, pautam boa parte dos debates, onde são medidas milimetricamente. Têm candidatos quase declarados o PP e o PSDB. Os Progressistas cogitam disputar o pleito com chapa puro sangue, sem coligação. Podem estar definindo Rui Milbradt e Nico Stefenon, respectivamente para prefeito e vice. Os Tucanos tem Naedy Wrasse para prefeito (ou será prefeita?) e buscam vice em um partido com afinidade eleitoral (afinidade programática não pesa muito). Pode ser do DEM, onde Lauro Reetz ou Dário Geis aparecem; pode ser do PDT – já se ouviu que Paulo Unfer até poderia aceitar; pode ser do PMDB, dos governistas Valério Trebien interessa. O PMDB estaria negociando com o PT e com o PDT. Nas tratativas a candidatura a prefeito poderia ser de qualquer dos três partidos, com alguma vantagem para o PT, já que do PDT o desejado candidato Mario Lüdtke descartou peremptoriamente qualquer ilusão do partido e o vereador Paulo Unfer também não admite ser cabeça de chapa. Sobra alguém no partido para concorrer ao cargo máximo? No PMDB, embora declarações públicas de que o partido não tem candidato, ganha expressão o Secretário de Obras e vereador Moisés Kilian (Foguinho). A propósito do Foguinho diz-se que teria sido convidado “por fora” por Lauro Reetz para uma dobradinha, com cada um cuidando de uma das lavouras (do Centro Administrativo e da Secretaria de Obras).
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É. O imbróglio está grande. Com esta confusão é melhor aguardar até as abóboras serem descarregadas da carroça, no período das Convenções Municipais, de 10 a 30 de junho.
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Li, ouvi ou vi...
Li que por opção pessoal William Werlang encerra, nesta edição, um período de valiosa contribuição à história e à cultura agudenses. Perde-se mais uma referência na já combalida e anêmica expressão pública da cultura em Agudo.
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Esperando uma generosa e animadora chuva, desejo a todos Paz e Bem!

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