segunda-feira, 25 de julho de 2011

Coluna 76 - Publicada no jornal Correio Agudense - Edição de 13JUL2011

O Brasil, nosso torrão e nossa vida não tem mais lugar para com quem não tiver disposição de um mínimo de edificação intelectual, espiritual, comportamental e também técnica

CONHECER PARA AMAR – “Jamais nos cansaremos de repetir: é preciso elevar nosso nível intelectual e espiritual, aprofundar nossos conhecimentos, principalmente os que dizem respeito ao meio em que vivemos, ao torrão natal, à cidade que nos alberga. Conheçamos seus segredos, a tradição e as lendas que engalanaram suas ruas, as vidas e feitos dos que lhes emprestaram seus nomes, a história das casas onde moramos, muitas das quais foram berço de grandes homens ou cenário dos episódios imorredouros que são o orgulho de nossa região. Conheçamos isso tudo porque assim, mergulhando um pouco em nosso povo e em nossa cidade, amaremos ainda mais nossa Pátria e nossos compatriotas.” Este texto não é um arroubo de inspiração pessoal. Transcrevo-o da obra Pantaleón e as Visitadoras, do escritor peruano Mario Vargas Llosa, onde é o comentário de abertura do programa de rádio A voz do Sinchi, que conta as novidades de Iquitos para toda a Amazônia peruana. Chamou-me a atenção e conclui que deveria partilhá-lo. O argumento do personagem, o jornalista Germán Láudano Rosales, é consistente, convenhamos. É preciso elevar nosso nível intelectual e espiritual... mergulhando um pouco em nosso povo... amaremos ainda mais nossa Pátria. Este deveria ser nosso propósito. O Brasil, nosso torrão e nossa vida não tem mais lugar – e em pouco sequer terá tolerância – para com quem não tiver disposição de um mínimo de edificação intelectual, espiritual, comportamental e também técnica. Deus foi tão generoso, dotando a cada um com potencial e talento que, qual uma vela, não devem ser escondidos, deixados debaixo da mesa, onde não alumiam nada e ninguém. 
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CONQUISTAS para Agudo sempre são festejadas. Junto com o protocolo que faz nosso hospital ser referência regional em otorrino, mais outra conquista poderá ser anunciada. Dia 30 de junho o Prefeito Ari AA, o ex-prefeito Ari CJ e o Presidente da Acisa tiveram audiência na Junta Comercial do Rio Grande do Sul. O resultado do encontro deixou os agudenses entusiasmados com a perspectiva de poder anunciar, em pouco, a instalação, em Agudo, de um serviço público com jurisdição regional. Os argumentos são consistentes. Vamos esperar.
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Mais uma construção ganhará a paisagem do centro da cidade. É de tal perfil que o empreendedor terá que mudar de mala e cuia, pois nem a casa onde mora ficará de pé. Alegra muito ver o entusiasmo da família. A metade do andar térreo já tem locatário. Onde hoje estacionam carros deverá ser instalado um cofre. Chega... sem mais pistas. Esperemos, logo, logo, saberemos.
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Na coluna da semana passada, temendo pecar pelo exagero, quando aludi às baixas temperaturas que fazia, troquei, no último minuto, a expressão ‘glacial’ por ‘frio danado’. Qual minha surpresa, na quarta – mesmo dia em que circulou o CA – os jornais da capital empregaram justamente este adjetivo para referir a temperatura no sul do Brasil. Toma! Quando o zelo se associa a pudores exagerados e ao medo se perde oportunidades de ser original. Agora dizer que o frio era de tal adjetivo perdeu a graça.
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Certa vez, nesta mesma coluna lamentei, parecendo birra de criança mimada, não mais poder voar de Varig, um sonho de todo gaúcho. Pois na quarta-feira da semana passada finalmente fiz minha primeira viagem de avião. Sabem o que aconteceu?  Na sexta-feira a empresa foi vendida! Tenho sina com empresa aérea?
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O Deputado Federal gaúcho Alceu Moreira é conhecido pela capacidade verbal. Ele argumenta com muita facilidade. Em 2007, durante os festejos dos 150 anos da Colônia Santo Ângelo, fez dois discursos exuberantes sobre a germanidade e a imigração, mostrando ecletismo e domar o tema, ou tê-lo estudado. Agora, em Brasília, como presidente da Frente Parlamentar Pré-sal fez valer sua verve em defesa da partilha dos royalties para todos, acabando com a definição de estado produtor e não produtor de petróleo. Disse: “O petróleo é extraído e está no mar (sic). Por um acaso o Rio de Janeiro é produtor de peixe?” Boa síntese para compreender que o petróleo é de todos os brasileiros.
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Paz e Bem.

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