terça-feira, 2 de agosto de 2011

Coluna 79 - publicada no jornal Correio Agudense - edição de 3AGO2011

Nenhum dos dois clubes seria capaz de implementar sozinho seus projetos. Contaram com o apoio, o incentivo e a crítica da comunidade

SOZINHO NÃO SOU NINGUÉM; AGRADEÇO A VOCÊ TAMBÉM. VOCÊ QUE ME INCENTIVOU, VOCÊ QUE ME CRITICOU! Este trecho da canção “A meu pai agradeço” escrita por Pelé (sim, Edson Arantes tem os créditos da letra) e interpretada por Moacyr Franco, baliza a abordagem que faço do atual momento dos dois Clubes de Serviço de Agudo – o Lions e o Rotary. Acompanhando as atividades destas estruturas de trabalho desinteressado em favor da comunidade, atuando em uma delas e sentindo o entusiasmo com que nelas se assume o ser/agir/fazer/servir, sinto que este espaço será útil para propagar ainda melhor e mais as já conhecidas ações que rotarianos e leões agudenses assumem, em benefício desta terra e de sua gente.
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Registra a história de Agudo ter o Lions Clube sido fundamental na arregimentação da comunidade para a consecução do atual prédio do Hospital Agudo. É possível imaginar como foi árduo para a sociedade civil assumir um empreendimento desta magnitude, lá na década de 60/70 do século passado, com as limitações e carências da época. Agudo inteiro ajudou, é verdade. No entanto, a capitania das ações e as grandes responsabilidades foram assumidas por membros do Lions Clube – então também ainda clube de juba pequena, pois que fundado em 1967.
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No início dos anos 80, também do século XX,  os anais de Agudo acusam o trabalho do Rotary para Agudo ter a primeira ambulância. Representando a Rádio Agudo, onde trabalhava, participei do lançamento da campanha e, entrevistando os seguidores de Paul Harris daqui, conheci o significado real do entusiasmo por  uma causa nobre. Agudo não mais podia prescindir de uma ambulância. Hoje isto parece risível. Mas trinta anos atrás isso foi uma odisséia. Para Agudo uma realidade, para a região ainda uma miragem. Agudo ajudou, mas foi dos rotarianos o desprendimento e o empenho. A propósito desta campanha, confesso uma magnífica gafe. Nilo Fernandes Pötter, rotariano sem medida, com brilho no olhar apresentava a todos a flamante Caravan branca, zero km, equipada. Repórter metido não me contive em apontar um defeito que encontrara – a palavra ambulância estava grafada invertida, disse. O Nilo, pacientemente (e olhe que paciência não era sua característica mais marcante) estacionou seu carro à frente e pediu que eu lesse a escrita pelo retrovisor. Aprendi ligeiro que primeiro devo estudar para só depois se meter a opinar.
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De volta ao presente, menciono a gestão da Associação Beneficente Amor Perfeito, mantenedora do Abrigo Transitório Amor Perfeito e o projeto Bombeiros Voluntários, onde Lions e Rotary mostram grandiosidade de propósito e visão utilitária. Na administração do Abrigo Amor Perfeito membros do Lions Clube se doam e partilham com rotarianos as tarefas de tornar viável à que uma estrutura com aparente frieza estrutural, se assemelhe a um lar para acolher crianças e jovens que carecem, sobretudo, de acalanto e afeto e do comer e vestir, quando suas famílias não lhes podem suprir estas carências básicas. Os Bombeiros Voluntários é iniciativa concebida e implementada no Rotary – onde em anos passados, também nasceu a campanha para o primeiro carro de combate a incêndio de Agudo. Este grupo oferece um mínimo de tranquilidade à população que vivia a angústia de se saber inerte ante um sinistro, onde a ação planejada, pronta e eficiente pode salvar vidas e patrimônio.
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Postos estes argumentos, entendo já estar compreendido o porquê daquele trecho de música no início da coluna. Nenhum dos dois clubes seria capaz de implementar sozinho seus projetos. Em todas as iniciativas contaram com o apoio, o incentivo e a crítica da comunidade. Você, que me estimula com sua leitura, se foi abordado ajudou, tenho certeza. Agudo apoiou, o Poder Público foi e é parceiro de primeira grandeza; a população incentivou, chamou à reflexão e, convicta do mérito, ombreou tarefas e granjeou recursos.
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Em Agudo isto é possível, graças a Deus e ao povo deste Torrão.
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Paz e Bem.

Coluna 78 - publicada no jornal Correio Agudense - edição de 27JUL2011

Agudo haverá de ter um bom cidadão, sem mérito de gênero, para governá-lo. .. e ele já está em Agudo.

POLÍTICOS – Na coluna da semana passada citei cinco políticos – assim considerados, pelo menos, por serem filiados a um partido – que podem concorrer para prefeito em 2012. Avanço na listagem. VILSON DIAS – vereador que, ao final desta legislatura, será o parlamentar com mais mandatos e tempo de vereança. Adquiriu embocadura sobre gestão pública pelo convívio com o meio. Zeloso de sua carreira política e profissional, cuida de manter intacta a imagem perante o eleitor, na sempre bem fertilizada lavoura de votos – o rádio. Em eleições passadas já foi lembrado para o pleito majoritário. Preferiu assegurar-se na câmara, onde sabe ter desenvoltura de sobra. Em mais de um momento nos últimos anos comentou-se que poderia trocar seu PP pelo PMDB. A prova de que a ficha no PMDB pode até já estar preenchida está no fato de ter o Vereador Luxinho – assim é conhecido, embora não seja seu nome parlamentar – estar nomeado Líder de Governo do governo PMDB/PDT, superando, na preferência do Prefeito Ari AA ,os cinco vereadores da bancada governista. Embora tenha declinado da indicação, o prefeito não a retirou. Há quem diga que tudo não passa de jogo para manter o nome na mídia, pois que no PP estaria acertado que ele será vice seu colega de bancada em uma chapa puro sangue progressista. A janela da troca de partido para a eleição de 2012 fecha em outubro próximo. Portanto, aguardemos o passar dos dias e noites. IVO DARCILO JANN, militar da reserva e empresário da construção civil, já teve momentos de maior entusiasmo quando o assunto era eleição. Nas últimas duas corridas às urnas foi cogitado por mais de um partido. Não tenho certeza de que esteja filiado a um partido. Já foi do PDT. Seu temperamento forte impactaria na campanha, sem dúvida. Como gestor adota princípios da caserna. Deixou isto claro em recente discurso de lançamento de um empreendimento. Interlocutores próximos dizem que o Jann da Construtora não pensa mais em carreira pública, preferindo a atividade empresarial. LAURO REINOLDO REETZ, ex-vereador e ex-prefeito – o primeiro a reeleger-se (antes a lei vetava a possibilidade). Foi o que ganhou eleição com a maior e, também, com a menor diferença de votos. Da lavoura para a Câmara e, somando títulos de padrinho de entidade, patrocínios, fala fácil e identificada com o povo rural, fez-se chefe do Poder Executivo em 1996 e em 2000. Saiu do Centro Administrativo, atravessou a Theodoro Woldt (a talvez mais estreita rua da cidade) e se alojou no Sindicato Rural, que preside em sucessão de mandatos. É o literal dono de seu partido, o DEM, embora na última convenção o tivessem apeado do cargo de Presidente, o que ainda não se confirma. Foi candidato derrotado na última eleição, usando, como lastro, seus oito anos de mandato onde, segundo sua versão, tudo aconteceu – foi o Gênese de Agudo. Tem legitimidade para concorrer e, quem sabe, sonhe em novamente atravessar a ruela ao lado do Centro Administrativo. Pessoas próximas dizem que está recebendo propostas para concorrer à câmara, onde teria cadeira e tribuna asseguradas. DORI LAURA MÜLLER PAUL. Ela estaria articulando formar diretório de um novo partido, onde reuniria descontentes e evadidos de outros, e não atuantes, para se viabilizar politicamente aproveitando o patrimônio político acumulado nos muitos anos de militância. Foi a única mulher a concorrer a Prefeito em Agudo, lá em 1976, pelo MDB, quando três perderam para um. Concorrendo em sub-legenda, Dori Paul, Hasso Harras Bräunig e Armando Goltz foram derrotados por Pedro Schorn. A política partidária está em seu DNA. Arrumou boas polêmicas com os prefeitos, a favor e contrários, pois, como servidora pública sempre foi próxima do gabinete. Diz ainda ter juventude suficiente e já ter a maturidade necessária para discursar em causa própria, para aplauso e voto de um fiel eleitorado de então e de hoje.
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Ao longo dos últimos vinte anos mais nomes foram cogitados, alguns com mais viabilidade e motivação, outros com menores chances o que sequer admitam conjecturar. Reacendo a memória citando-os, por ordem alfabética, para não ferir suscetibilidades: Ademir Kesseler, Ari Carlinhos Jaeger, Hasso Harras Bräunig, Hilberto Heinz Schiefelbein, Moisés Killian (Vereador Foguinho)... Tem mais? É possível. Aliás, é provável. Pode não ser nenhum dos citados; pode ser mais de um a concorrer.
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A política é a atividade humana através da qual os cidadãos pretendem governar a ação do Estado em benefício da sociedade. O processo de tomada de posições para o alcance desses objetivos é orientado ideologicamente – daí o concurso via partido polítco. Agudo haverá de ter um bom cidadão, sem mérito de gênero, para governá-lo... e ele já está em Agudo.
  
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Paz e Bem.